Vitamina D e o Envelhecimento

Abstract

Introdução: A vitamina D é uma molécula produzida na pela através de radiação ultravioleta ou adquirida pela dieta, que precisa de duas reações de hidroxilação para adquirir a sua forma biologicamente ativa (a primeira reação ocorre no fígado e a segunda, no rim). Esta vitamina é famosa pela sua ação no metabolismo do cálcio: trata-se, porém, de uma “verdadeira hormona” esteroide que atua em recetores próprios (VDR). Ao longo das últimas décadas, tem sido relacionada e associada com vários sistemas, dos quais destaco o sistema imunitário e o cardiovascular. O processo fisiológico de envelhecimento por si só diminui a produção de vitamina D, colocando a população geriátrica numa situação de maior risco, não só para fraturas mas também para infeções e para doença cardiovascular. Além disso, a população idosa tem maior número de co morbilidades, das quais distingo a insuficiência renal, que podem agravar a sua propensão para um défice desta vitamina. Objetivo: Esta revisão relata, de uma forma concisa e precisa, a importância da vitamina D no processo fisiológico do envelhecimento. Este é um tema que vai ganhar cada vez mais relevância na sociedade atual por duas razões – o aumento da esperança média de vida (que aumenta a população idosa) e o estilo de vida ocidental. Ambas levam a um défice de vitamina D que irá ter um impacto negativo na população geriátrica.Métodos: Esta revisão foi realizada através da pesquisa de artigos indexados em bases de dados online (como o pubmed). Para além disso, foram usados dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Conclusões: O envelhecimento fisiológico não só aumenta o risco de deficiência de vitamina D, mas também as co morbilidades comuns destas faixas etárias conduzem igualmente a uma deficiência de vitamina D. Esta deficiência tem vários efeitos; o mais famoso é a disfunção do metabolismo do cálcio que leva à osteoporose. Para além deste efeito, esta molécula atua a nível cardiovascular, no sistema imunitário e tem relação com o carcinoma da próstata e colo-retal. Todos estes efeitos “extra”, normalmente, não relacionados com a prática clínica podem ser uma chave para aumentar tanto a qualidade, como a esperança média de vida da população da sociedade ocidental.

Introduction: Vitamin D is a substance that is created in the skin when it’s irradiated with ultraviolet B or acquired through the diet. It needs two hydroxylation reactions to transform to its active state (the first reaction happens in the liver and the second occurs in the kidney). This vitamin is famous for its action of the homeostasis of calcium however it actually is a “true steroid hormone” that has specific receptors (VDR). For the last few years, it is being associated with several systems, of which the immunity and cardiovascular have a prominent role. The physiological process of aging by itself reduces the production of vitamin D, putting the geriatric population in a particular high risk for not only fractures but also infections and cardiovascular diseases. Beyond that the aging population also has higher number of co-morbidities (of which I want to give a special note to renal insufficiency) that also increase the risk to vitamin D deficiency.Objective: This review shows the relevance in a concise and precise way of vitamin D in the physiological aging process. This topic will increase in significance in our society due to two reasons – the increase of life expectancy (which increases the aging population) and the western life style. Both lead to a deficiency of vitamin D which will negatively affect the future of the geriatric population.Methods: This review was made by searching articles indexed in a database (like pubmed). It was also used data from the Portuguese National Statistical Institute. Conclusions: The physiological aging not only increases the risk for vitamin D deficiency but also the common co-morbidities of said aging lead to a decrease of vitamin D levels. This deficiency has several effects; the most famous is the dysfunction of the calcium metabolism which leads to osteoporosis, beyond it, this molecule also influences the cardiovascular system, the immune system and has association with prostate and colon-rectal carcinoma. All of these “extra” effects, normally, not mentioned it clinical practice may be a key to increasing both quality and life expectancy of the western world population.