Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/80718
Title: Prematuridade e neurodesenvolvimento
Authors: Lourenço, Mário José Pereira 
Orientador: Canha, Jeni
Oliveira, Maria Dolores Faria
Keywords: Neonatologia; Pediatria
Issue Date: Feb-2012
Abstract: Introdução: Novas técnicas médicas levaram a um aumento da sobrevivência dos recém-nascidos muito prematuros e dos recém-nascidos de muito baixo peso. O risco de problemas do neurodesenvolvimento é maior nos recém-nascidos muito prematuros, com maior incidência de Paralisia Cerebral, Desordem da Coordenação do Desenvolvimento, lesões auditivas, lesões visuais, problemas cognitivos e comportamentais. Objetivo: O objetivo deste trabalho constituiu na recolha e sistematização de bibliografia actual de forma a perceber o efeito da prematuridade e de fatores de risco associados na incidência de problemas do neurodesenvolvimento ao longo da vida dos recém-nascidos muito prematuros e dos seus efeitos na Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde. Foram também comparados dados de Portugal com os da bibliografia internacional. Métodos: Foi executada uma pesquisa em bases de dados bibliográficas, nomeadamente Pubmed e Medline, selecionando-se os artigos de importância mais notória, assim como algumas obras de relevância reconhecida. Desenvolvimento: Os recém-nascidos muito prematuros têm maior incidência de problemas do neurodesenvolvimento, nomeadamente de Paralisia Cerebral, Desordem da Coordenação do Neurodesenvolvimento, lesões auditivas, lesões visuais, problemas cognitivos e comportamentais. Défice cognitivo, definido como um QI <70, é a sequela mais comum, sendo que os resultados cognitivos são piores em todos os estratos etários (idade pré-escolar, escolar, adolescência e idade adulta) quando comparados com os obtidos em recém-nascidos de termo. O desempenho cognitivo é influenciado por fatores biológicos que impedem o normal desenvolvimento cerebral e por fatores socioeconómicos. Apesar das sequelas da prematuridade ao nível do neurodesenvolvimento, não são encontradas diferenças significativas na idade adulta relativamente à Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde. O efeito de programas como o NIDCAP no neurodesenvolvimento ainda não foi totalmente esclarecido. Técnicas terapêuticas que combinam o ensino especializado precoce e a promoção da relação pais-crianças têm deixado boas indicações. Apesar da escassez de estudos publicados portugueses sobre o efeito da prematuridade no neurodesenvolvimento, os dados analisados mostram conformidade com os dados internacionais mais recentes. Conclusão: A prematuridade está associada a maior incidência de problemas do neurodesenvolvimento, em que a incidência varia inversamente com o aumento da Idade Gestacional. O diagnóstico precoce de problemas do neurodesenvolvimento é essencial para o correto tratamento e acompanhamento das crianças nascidas prematuras, minimizando sequelas futuras. São necessários mais estudos de follow-up a longo prazo, de forma a perceber a eficácia dos procedimentos não só nas maternidades, mas também dos programas atuais de seguimento destas crianças
Introduction: New medical techniques led to increased survival of very premature infants and very low birth weight infants. The risk of neurodevelopmental problems is higher in very premature infants, with higher incidence of Cerebral Palsy, hearing impairment, visual impairment, cognitive impairment and behavioral disorder. Objective: The aim of this review went through the collection and systematization of current bibliography in order to understand the effect of prematurity and associated risk factors, the incidence of neurodevelopmental problems throughout the life of very preterm infants and their effects on Health-Related Quality of Life. Portuguese data were also compared with international literature. Methods: A search was conducted in bibliographic databases, namely Pubmed and Medline, where the articles of noteworthy relevance were selected. Some acknowledged books were also consulted. Development: Very preterm infants have a higher incidence of neurodevelopmental problems, including Cerebral Palsy, Neurodevelopmental Disorder of Coordination, hearing impairment, visual impairment, cognitive impairment and behavioral disorder. Cognitive impairment, defined as an IQ <70 is the most common premature consequence, and the cognitive results obtained at all ages (preschool, school, adolescence and adulthood) are lower when compared with the results obtained in full-term infants. The cognitive performance is influenced by biological factors that don’t allow normal brain development and by socio-economic factors. Although the higher rate of neurodevelopmental impairments, there are not significant differences in the Health-Related Quality of Life measured in adulthood. Programs focused on development, like NIDCAP, showed a limited value in improving the prognosis of very premature babies. Therapeutic techniques that combine specialized education and the promotion of early parent-child relationship have made good appointments. Despite the paucity of portuguese published studies on the effect of prematurity in neurodevelopment, the data analyzed showed compliance with the latest international data. Conclusion: Preterm birth is associated with a higher incidence of neurodevelopmental problems. The incidence varies inversely with the increase of gestational age. The early diagnosis of neurodevelopmental problems is essential for the proper treatment and for monitoring premature infants, minimizing future impairments. Further studies of long term follow-up are needed in order to realize the effectiveness of procedures, not only in maternities, but also the current monitoring programs for these children
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Neonatologia, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/80718
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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