Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/622
Título: Espiritualidade e território: estudo geográfico de Fátima
Outros títulos: Spirituality and territory: a geographic study of Fátima
Autor: Santos, Maria da Graça Lopes da Silva Mouga Poças 
Orientador: Cravidão, Fernanda Maria Delgado
Palavras-chave: Geografia da religião-- Fátima; Geografia cultural-- Fátima; Turismo religioso -- Fátima; Fátima
Data: 14-Out-2005
Citação: SANTOS, Maria da Graça Lopes da Silva Mouga Poças - Espiritualidade e território: estudo geográfico de Fátima. Coimbra, 2004.
Resumo: Estudar a dimensão espacial inscrita nos fenómenos de natureza religiosa, tanto na esfera pessoal como na social, eis a finalidade assumida deste trabalho. Porque a realidade contemporânea é, neste domínio, consideravelmente multifacetada, não se restringe àqueles o objecto de estudo, antes se alarga o mesmo às manifestações de uma espiritualidade não estritamente religiosa. Porque se partilha uma concepção do espaço onde se acomodam percepções individuais, se amalgamam representações colectivas e se entrelaçam elos comunitários, parte-se da noção de território, enquanto construção social que carrega uma vertente material, mas também uma componente ideal e uma espessura temporal. Privilegiando uma óptica de geografia cultural e beneficiando dos contributos aduzidos à Geografia pelos geógrafos humanistas, este projecto de investigação situa-se, do ponto de vista disciplinar, no campo da geografia da religião. A problemática de estudo, neste âmbito, dirige-se especialmente à compreensão dos mecanismos de difusão no espaço de cultos e de culturas religiosas, da atracção exercida por santuários e lugares sagrados e do papel simbólico e identitário que tais lugares apresentam para certas comunidades. São focadas, de modo particular, as várias formas de mobilidade religiosa, isto é, as deslocações humanas no espaço terrestre cuja motivação possa ser considerada, essencialmente, como relevando do foro religioso ou espiritual, prosseguindo finalidades situadas também nesta esfera e tendo como destino lugares de grande intensidade do sagrado. Aqui, procura-se dilucidar até que ponto antigas práticas, como as peregrinações, ainda hoje levadas a cabo, podem assimilar-se, sem mais, às desencadeadas no quadro do turismo moderno, ou se ambas, embora compartindo facetas idênticas, devem continuar, em bom rigor, a distinguir-se, numa destrinça conceptual não isenta de consequências, no plano da actividade turística e no da eclesiástica. A legitimidade de tal diferenciação, que expressamente se assume, não prejudica a constatação do surgimento e do crescente incremento de práticas mobilitárias que combinam elementos de turismo e de peregrinação – o turismo religioso. À luz destas perspectivas, a tese ora resumida debruça-se sobre o exemplo de Fátima, a cidade-santuário portuguesa que, aliás, deu origem à pesquisa empreendida, da qual é o caso de estudo, a área-amostra e o principal inspirador das reflexões temáticas desenvolvidas ao longo do texto. Começando por situar Fátima do ponto de vista físico, urbano, demográfico, turístico e religioso, dão-se a conhecer novos ângulos das forças centrípetas e centrífugas geradas a partir deste santuário mariano e da rede religiosa global que potenciam, em termos de respectiva mensagem religiosa, bem como de um culto com rituais e iconografia específicos. Realçada é, também, a importância deste centro religioso enquanto referência para as comunidades de emigrantes portugueses e, em geral, para o mundo católico lusófono. Estas conclusões, aliadas a uma relativamente forte presença de estrangeiros (cerca de 20% dos cinco a seis milhões de visitantes anuais), permitem a sua classificação como santuário de projecção internacional. O conhecimento dos peregrinos e turistas da Cova da Iria foi conseguido através de um inquérito lançado durante um ano a 668 visitantes, que permitiu detectar a existência de uma certa heterogeneidade no seio destes e confirmar o papel decisivo protagonizado por este Santuário enquanto pólo aglutinador de formas tradicionais e modernas de religiosidade, o que levou a propor a sua qualificação, pela função que exerce para muitos, como igreja matriz de Portugal. Palavras-chave: geografia da religião; geografia cultural; território religioso; espiri-tualidade; peregrinação; turismo religioso; turismo cultural; espaço sagrado; lugar sagrado; santuário; cidade-santuário; atracção; difusão; Fátima
Descrição: Tese de doutoramento em Geografia (Geografia) apresentada à Fac. de Letras de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/622
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:FLUC Geografia - Teses de Doutoramento

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