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https://hdl.handle.net/10316/567
Title: | A Farmácia na Universidade de Coimbra (1772-1836): Ciência, ensino e produção de medicamentos no dispensatório farmacêutico | Authors: | Pita, João Rui Couto da Rocha | Keywords: | Tecnologia Farmacêutica | Issue Date: | 1995 | Citation: | PITA, João Rui Couto da Rocha - A Farmácia na Universidade de Coimbra (1772-1836): Ciência, ensino e produção de medicamentos no dispensatório farmacêutico. Coimbra : [s.n.], 1995. 628 p. | Abstract: | Em 1772 a Universidade de Coimbra sofreu uma das reformas mais marcantes de toda a sua história. O regime de estudos farmacêuticos instituído em 1772 vigorou até 1836. Com essa reforma de estudos pretendia-se instituir o espírito experimental na Universidade. Foram fundados, entre outros, estabelecimentos como o Dispensatório Farmacêutico, o Hospital Escolar, o Teatro Anatómico, o Laboratório Químico, o Gabinete de História Natural, o Gabinete de Física Experimental e o Jardim Botânico. Além destes estabelecimentos foram fundadas duas novas Faculdades: a de Matemática e a de Filosofia, que se juntaram às já existentes Faculdades de Cânones, de Leis, de Teologia e de Medicina. O Dispensatório Farmacêutico era a botica do Hospital Escolar. Era o local de produção de medicamentos e também era local de ensino farmacêutico para médicos e para boticários. O Dispensatório tinha interesse para os médicos pois nele eram ministradas as aulas práticas da disciplina do primeiro ano do curso de medicina; tinha, também, interesse para boticários porque era no Dispensatório que era ministrado o curso de boticários. O autor estudou a farmácia enquanto ciência, avaliou a produção científica dos lentes de farmácia da Universidade de Coimbra, debruçou-se sobre a problemática que envolveu a publicação da primeira farmacopeia oficial portuguesa (prevista pelos Estatutos de 1772) e analisou, muito particularmente, o curso de boticários. Do mesmo modo, o autor estudou 1.954 receitas médicas produzidas no Dispensatório Farmacêutico entre 1772 e 1836. O autor analisou, ainda, os aspectos mais relevantes da saúde pública em Portugal articulando este domínio com a actividade farmacêutica e com a formação de boticários. Da investigação realizada, o autor concluiu que a Universidade de Coimbra era, fundamentalmente um centro reprodutor de saber científico e não um centro produtor. Dos trabalhos de farmácia mais relevantes publicados por professores da Universidade de Coimbra sobressai o nome de Francisco Tavares que mostrou dominar o que de mais actual se fazia por toda a Europa. Sobressai, também, que foi a partir de 1772 que a Universidade de Coimbra instituiu dentro dos seus muros um espaço próprio para a formação de boticários - o Dispensatório Farmacêutico, embora o ensino para boticários fosse fundamentalmente prático. Outra inovação concedida pelos estudos farmacêuticos pombalinos foi a da introdução da química na formação dos boticários. O ensino da química para boticários era dado no Laboratório Químico fortemente influenciado pela química de Lavoisier. No que respeita à análise das receitas médicas, constatámos que havia uma sintonia entre o que era estipulado pela farmacopeia oficial portuguesa (1794), com forte influência da Farmacopeia de Edimburgo, e os medicamentos que foram produzidos. Neste particular, o autor faz salientar o interesse e o impacto que as drogas americanas tiveram no receituário médico, nomeadamente a quina. Como denominador comum de todo o estudo que foi realizado sobressai a situação de subalternidade profissional dos boticários relativamente aos médicos mas, em contrapartida, a valorização científica da farmácia no quadro geral das disciplinas médicas. | URI: | https://hdl.handle.net/10316/567 | Rights: | embargoedAccess |
Appears in Collections: | FFUC- Teses de Doutoramento |
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