Please use this identifier to cite or link to this item:
https://hdl.handle.net/10316/48369
Title: | Qualidade de vida nos doentes com acalásia | Authors: | Bento, Henrique João de Miranda Lemos Donato | Orientador: | Romãozinho, José Manuel Souto, Paulo |
Keywords: | Gastrenterologia; Acalásia esofágica - prevenção e controlo | Issue Date: | Mar-2011 | Abstract: | Introdução: A acalásia é um raro distúrbio esofágico com impacto significativo na qualidade
de vida dos doentes.
Objectivos: Analisar uma amostra de novos casos de acalásia, avaliando a evolução do
quadro clínico e da qualidade de vida com o tratamento, bem como a relação entre remissão
clínica e qualidade de vida.
Metodologia: Numa amostra de novos casos de acalásia, foram analisados dados
demográficos, clínicos e a qualidade de vida, antes e após tratamento. Utilizaram-se a escala
sintomática de Eckardt, questionário de qualidade de vida específico para acalásia
(questionário de Urbach) e questionário SF-36.
Resultados: Dezoito doentes efectuaram tratamento, 33,3% eram homens, sendo a média de
idades de 46,5 anos (±18,42) e a mediana do tempo de atraso de diagnóstico 2,4 anos. Foram
classificados como acalásia vigorosa 33,3% dos casos. Previamente ao tratamento, 94,4% dos
doentes apresentavam disfagia frequente, 55,6% regurgitação frequente, 38,9% dor
retroesternal frequente, 33,3% perda ponderal importante. A mediana na escala de Eckardt era
6,5; no questionário de Urbach 57 e nas escalas do SF-36: 87,5 na função física; 100 no
desempenho físico; 46,5 na dor corporal; 46 na saúde geral; 40 na vitalidade; 50 na função
social; 67 no desempenho emocional; 40 na saúde mental. Após o tratamento, 38,9%
apresentavam disfagia frequente, 1 doente regurgitação frequente, 11,1% dor retroesternal
frequente, nenhum doente perda ponderal importante. A mediana na escala de Eckardt era 2;
no questionário de Urbach 33 e nas escalas do SF-36: 95 na função física; 100 no desempenho
físico; 73 na dor corporal; 58,5 na saúde geral; 67,5 na vitalidade; 81,5 na função social; 100
no desempenho emocional; 74 na saúde mental. Verificou-se uma melhoria significativa na
escala de Eckardt, no questionário de Urbach e nas escalas do SF-36 (p < 0,05), exceptuando,
neste último caso, o desempenho físico e emocional. A remissão clínica foi detectada em
61,1% dos doentes, com valor mediano no questionário de Urbach de 23, enquanto os que não
estavam em remissão apresentavam o valor de 52. Neste último grupo, não se observou
melhoria significativa da qualidade de vida com o tratamento.
Conclusões: O tratamento da acalásia tem impacto positivo tanto na sintomatologia como na
qualidade de vida dos doentes. Uma boa qualidade de vida é geralmente alcançada. A
qualidade de vida, avaliada pelo questionário de Urbach, correlaciona-se bem com a
gravidade sintomática. Introduction: Achalasia is a rare disorder of the esophagus with significant impact on the patients’ quality of life. Objectives: To examine a sample of new cases of achalasia, assessing changes in clinical presentation and quality of life with treatment, as well as the relation between clinical remission and quality of life. Methods: Demographic, clinical and quality of life factors were examined, before and after treatment, in a sample of new cases of achalasia. Eckardt symptom score, achalasia specific quality of life questionnaire (Urbach questionnaire) and SF-36 were used. Results: Eighteen patients received treatment, 33,3% of which were men. Mean age was 46,5 years (±18,42), median delay of diagnosis was 2,4 years. Vigorous achalasia was detected in 33,3% of cases. Before treatment, 94,4% of patients had frequent dysphagia, 55,6% frequent regurgitation, 38,9% frequent retrosternal pain and 33,3% significant weight loss. Median Eckardt score was 6,5; median Urbach questionnaire score was 57. Median scores in SF-36 scales were: physical function – 87,5; role-physical – 100; bodily pain – 46,5; general health – 46; vitality – 40; social function – 50; role-emotional – 67; mental health – 40. After treatment, 38,9% had frequent dysphagia, one patient had frequent regurgitation, 11,1% had frequent retrosternal pain. No patient had significant weight loss. Median Eckardt score was 2; median Urbach questionnaire score was 33. Median scores in SF-36 scales were: physical function – 95; role-physical – 100; bodily pain – 73; general health – 58,5; vitality – 67,5; social function – 81,5; role-emotional – 100; mental health – 74. A significant improvement was observed in the Eckardt score, the Urbach questionnaire score and in the SF-36 scales (p < 0,05). Exceptions in this last case were role-physical and role-emotional. Clinical remission was observed in 61,1% of patients, with a median Urbach score of 23. Patients not in remission had a median Urbach score of 52. These patients didn’t show improvement in quality of life with treatment. Conclusions: Treatment has a positive impact on both patients’ symptoms and quality of life. In general, a good quality of life is achieved. Quality of life, evaluated by the Urbach questionnaire, correlates well with symptom severity |
Description: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Gastrenterologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra | URI: | https://hdl.handle.net/10316/48369 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | UC - Dissertações de Mestrado FMUC Medicina - Teses de Mestrado |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Trabalho final - Qualidade de Vida nos Doentes com Acalásia.pdf | 403.41 kB | Adobe PDF | View/Open |
Page view(s)
347
checked on Apr 23, 2024
Download(s) 50
968
checked on Apr 23, 2024
Google ScholarTM
Check
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.