Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/37098
Title: Estudos de adaptação e aplicação de uma Escala de Gravidade da Afasia de causa vascular
Authors: Silva, Miguel Neves Correia da 
Orientador: Santana, Maria Isabel Jacinto
Pereira, Miguel António Tabuas da Cunha
Keywords: Acidente vascular cerebral; Teste de cabeceira; Escala de gravidade; Prognóstico
Issue Date: Jan-2016
Abstract: Introdução: A Aphasia Rapid Test (ART) é uma escala de cabeceira desenhada para quantificar a gravidade da afasia, avaliando os quatro domínios principais da linguagem: fluência, compreensão, repetição e nomeação, bem como a disartria. Trata-se de uma ferramenta simples, rápida, acessível à aplicação por qualquer profissional de saúde, e sem necessidade de material de apoio específico. Objetivos: Adaptar a escala ART para a população portuguesa. Determinar as propriedades psicométricas e avaliar a sua capacidade para acompanhar a evolução e prever o prognóstico aos três meses. Métodos: Foram selecionados doentes com afasia vascular aguda, por lesão isquémica no hemisfério esquerdo. Efetuou-se a aplicação cronometrada da ART. Esta foi aplicada conjuntamente com o National Institutes of Health Stroke Scale, no primeiro e sétimo dias após o AVC e na consulta de follow-up realizada entre o 3.º e 6.º meses após o AVC, onde foram também aplicadas a escala de Rankin modificada e a Aphasia Handicap Scale. Ao sétimo dia, num subgrupo de doentes, fez-se uma aplicação da ART por dois avaliadores independentes para determinar a concordância inter-observadores. O estudo da validade concorrente fez-se através da utilização da Bateria de Avaliação de Afasia de Lisboa e da Aphasia Handicap Scale. Resultados: Foram avaliados 56 doentes. A duração média de administração da escala foi de 147 segundos e o instrumento mostrou ter boa consistência interna (α de Cronbach de 0.796) e haver concordância de resultados inter-observador (coeficiente de concordância de 0.985 e kw de 0.712). Quanto à validade concorrente, os resultados mostraram uma correlação entre a BAAL e a ART de -0.912. A ART em D1 mostrou correlações positivas fortes e estatisticamente significativas com NIHSS em D1, D7 e aos 3-6 meses e com a escala de Rankin modificada aos 3-6 meses confirmando a validade concorrente. A variação da ART entre D1 e D7 mostra diferença significativa entre os grupos com diferente evolução funcional. Tanto a ART em D1 como em D7 mostraram boa capacidade de predição prognóstica a longo prazo. Conclusões: A versão portuguesa da ART apresenta boas propriedades psicométricas confirmando-se como um teste de cabeceira útil na quantificação da gravidade da afasia associada ao AVC e na monitorização da sua evolução. Confirmámos ainda que o valor da ART é preditor da evolução a longo prazo, pelo que terá importância na definição de programas de reabilitação funcional. Introduction: The Aphasia Rapid Test (ART) is a bedside assessment test developed to rate aphasia severity by evaluating the four major components of language: fluency, comprehension, repetition and naming, as well as dysarthria. ART is a tool of simple and rapid use that can be reproduced by any healthcare professional and without the need of any specific material. Objectives: To adapt the ART scale for the Portuguese population. To determine its psychometric properties and to evaluate its capacity to monitor aphasia and predict its outcome after three months. Methods: We selected acute vascular aphasic patients, with left hemisphere ischemic stroke. We ascertained the median time of application of the test. We performed ART and National Institutes of Health Stroke Scale on the first and seventh days post-stroke and during the follow-up evaluation between the 3rd and 6th months post-stroke, in which we also performed the Modified Rankin Scale and the Aphasia Handicap Scale. To determine the inter-rater reliability, the scale was performed, in a subgroup of patients, on the seventh day by two independent evaluators. We used the Bateria de Avaliação de Afasias de Lisboa and the Aphasia Handicap Scale, to determine the scale’s external validity. Results: The study was conducted with a sample of 56 patients. ART’s median duration was 147 seconds and the tool showed good internal consistency (Cronbach’s α of 0.796) and inter-rater reliability (coefficient of concordance of 0.985 and kw of 0.712). As for external validity, the results showed a good correlation between BAAL and ART of -0.912. The D1 ART showed strong, positive and statistically significant correlations with D1, D7 and 3-6 months NIHSS and with the 3-6 months modified Rankin scale score, confirming its convergent validity. ART’s variation between D1 and D7 was statistically significantly different between different functional outcome groups. Both D1 and D7 ART proved good predictors of long-term poor outcome. Conclusions: The Portuguese version of the ART shows good psychometric properties confirming that it is a sensitive bedside test to quantify stroke- related aphasia severity and monitor its evolution. The ART score is an adequate predictor of long-term poor outcome. This may be of importance in the adaptation of functional rehabilitation programs.
Description: Trabalho final do 6º ano médico com vista à atribuição do grau de mestre (área científica de neurologia) no âmbito do ciclo de estudos de Mestrado Integrado em Medicina.
URI: https://hdl.handle.net/10316/37098
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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