Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/36687
Title: Anafilaxia induzida pelo exercício
Authors: Pinho, Sérgio Miguel Amaral 
Orientador: Pereira, Celso
Regateiro, Frederico
Keywords: Anafilaxia; Exercício físico
Issue Date: Mar-2016
Abstract: A anafilaxia é uma reação alérgica, crítica e aguda de hipersensibilidade potencialmente letal que envolve diversos órgãos e sistemas, particularmente a pele, trato respiratório e gastrointestinal e sistema cardíaco. Existem inúmeros agentes etiológicos reconhecidos que poderão originar esta condição (fármacos, alimentos, picadas de insetos, entre outros), no entanto só mais recentemente o exercício físico foi identificado como fator potenciador, tendo por isso sido designada como anafilaxia induzida pelo exercício (AIE). A AIE é uma entidade clínica pouco frequente na qual a sintomatologia clínica grave ocorre após realização de atividade física que poderá variar de intensidade ligeira a vigorosa. O estabelecimento desta patologia muitas vezes necessita da exposição a determinados fatores desencadeantes nomeadamente: ingestão de alimentos e/ou fármacos antes da atividade física, inalação maciça de poléns em polínicos, picada de himenópetros, bem como condições extremas de temperatura e humidade, stress ou, até mesmo, variações hormonais. Tendo em conta os fatores mencionados anteriormente, podem ser definidos vários fenótipos de AIEs sendo que o mais reconhecido é a anafilaxia induzida pelo exercício dependente de alimentos (AIEDA). A sintomatologia mais comum está associada a prurido, urticária, flushing, tosse, sibilância ou outros sintomas respiratórios, bem como o envolvimento gastrointestinal (náuseas, cólicas abdominais e diarreia). Os sintomas poderão progredir, caso a atividade física se mantenha, para angioedema, edema laríngeo, hipotensão e colapso cardiovascular. O tratamento consiste na estabilização imediata da reação anafilática com adrenalina, posteriormente, um tratamento preventivo a longo prazo que envolve maioritariamente antihistamínicos e, se possível, imunoterapia específica, a única terapêutica que modifica a história natural da doença. Como tal, os indivíduos diagnosticados com esta patologia, devem fazer-se acompanhar de um autoinjector de adrenalina para administração em casos de emergência assim como adotar medidas que previnam novos eventos. São inúmeras as situações em que os agentes prestadores de cuidados de saúde subdiagnosticam esta patologia. Desta forma, pelo seu carácter agressivo e inesperado, a comunidade científica deverá ter consciência da sua existência e providenciar estratégias eficazes de gestão.
Anaphylaxis is an allergic, critical and acute life-threatening hypersensitivity reaction involving various organ systems, particularly the skin, respiratory and gastrointestinal tract and cardiac system. There are numerous substances known by the scientific community that may cause this condition (drugs, food, insect bites, among others), but only recently the exercise was identified as an enhancer, and it has therefore been designated as exercise-induced anaphylaxis (EIA). EIA is an infrequent disorder in which severe clinical symptoms occur after mild to strenuous physical activities. The development of this disorder often require exposure to certain triggering factors including: food intake and/or drugs before physical activity, massive inhalation of pollen in polinic patients, hymenoptera stings, as well as extreme conditions of temperature and humidity, stress or even hormonal variations. Taking into account the factors mentioned above, we have within EIAs group, several phenotypes which the best known is food dependent exercise-induced anaphylaxis (FDEIA). The most common symptomatology is associated with itching, hives, flushing, coughing, wheezing or other respiratory symptoms, as well as gastrointestinal involvement (nausea, abdominal cramps and diarrhea). If physical activity is maintained, symptoms may progress to angioedema, laryngeal edema, hypotension and cardiovascular collapse. Treatment of EIA consists in immediate stabilization of the anaphylactic reaction with adrenalin and, after that, a long term preventive treatment using mostly antihistaminics and, when possible, specific imunotherapy, the only therapeutic method that modifies the natural course of the disease. Therefore, individuals diagnosed with this clinical entity, must be accompanied of an epinephrine autoinjector for administration in emergencies as well as adopt measures to prevent new events. There are numerous situations which health care providers misdiagnose this pathology. Thus, by its aggressive and unexpected nature, the scientific community should be aware of its existence and provide effective strategies for managing these events.
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área cientifica de Imuno-Alergologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/36687
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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