Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/34248
Title: A disfunção olfactiva na forma primária progressiva da esclerose múltipla estudo preliminar
Authors: Abreu, Fátima Nélia Mendes de 
Orientador: Sousa, Lívia Maria de Abreu Freire Diogo de
Ribeiro, João Carlos Gomes Silva
Keywords: Disfunção olfactiva; Esclerose múltipla; Esclerose múltipla Primária Progressiva
Issue Date: Feb-2016
Abstract: Introdução e objectivos: A Esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crónica do sistema nervoso central caracterizada por um processo desmielinizante e variados graus de neurodegenerescência. A disfunção olfactiva tem sido reconhecida como um relevante marcador clínico precoce de várias doenças neurodegenerativas e documentada em alguns estudos na EM. O objectivo deste trabalho consistiu na avaliação da função olfactiva particularmente na forma de Esclerose múltipla primária progressiva (EMPP), visto tratar-se de um subtipo clínico menos frequente e menos abordado em outros estudos. Materiais e métodos: Estudo prospectivo caso - controlo composto por 35 doentes com diagnóstico de EM, emparelhados com 35 controlos saudáveis de acordo com a idade, género e hábitos tabágicos. A avaliação da acuidade olfactiva teve como base a aplicação do protocolo de Connecticut Chemosensory Clinical Research Center teste (CCCRC teste), que compreende um componente liminar e um componente de identificação de odores. Resultados: O grupo de doentes com EM demonstrou valores de limiar olfactivo significativamente superiores quando comparado ao grupo de controlo (p<0,001), apresentando hipósmia em 88,5% da amostra. Quanto à capacidade de identificação de odores, constatou-se uma deterioração desta função em 51,4% dos doentes, embora sem diferença estatística significativa com os controlos (p=0,21). A forma de EMPP mostrou uma afecção marcada da função olfactiva, evidenciando hipósmia em 88,8% e uma diminuição da capacidade de identificação de odores em 61,1% dos doentes, porém com valores equiparáveis com as formas de EMSR e EMSP. A duração da doença, a pontuação na escala de incapacidade Expanded Disability Status Scale (EDSS) e o número de surtos no último ano não demonstraram relação com os parâmetros olfactivos avaliados. Conclusões: O aumento do limiar olfactivo observado no nosso estudo é uma manifestação frequente da EM, presente em todos os subtipos clínicos de forma idêntica. Apesar das limitações deste estudo piloto, parece confirmar-se a tendência, já postulada por outros estudos, que a disfunção olfactiva é um marcador clínico não só de neuroinflamação mas também de neurodegenerescência com especial interesse na monitorização das formas progressivas da esclerose múltipla (EMPP e EMSP). Introduction and aims: Multiple sclerosis (MS) is a chronic inflammatory disease of the central nervous system characterized by demyelinating process and varying degrees of neurodegeneration. The olfactory dysfunction has been recognized as an early clinical marker of several neurodegenerative diseases and documented in a few studies in MS. The objective of this study was to evaluate the olfactory function in MS mainly in primary progressive multiple sclerosis (PPMS), given that it is a clinical subtype often less frequent and less addressed in others studies. Materials and methods: Prospective case – control study composed by 35 patients with diagnosis of MS, matched with 35 healthy controls according to age, gender and smoking habits. The olfactory acuity assessment was based on the application of the Clinical Research Center Connecticut chemosensory test protocol (CCCRC test), which comprises two components: odor threshold and identification tests. Results: The group of patients with MS demonstrated olfactory threshold values significantly higher when compared to the control group (p < 0.001), showing hyposmia in 88,5% of the sample. As for odor identification ability, there was a deterioration of this function in 51.4 % of patients, although no statistically significant difference from controls (p = 0.21). The form of PPMS showed a marked impairment of olfactory function, with hyposmia in 88.8 % and a decrease of odor identification ability in 61.1 % of patients, but equivalents to the forms of RRMS and SPMS. The duration of the disease, the Expanded Disability Status Scale (EDSS) and the number of relapses in the past year have not shown relationship with the evaluated olfactory parameters. Conclusion: The olfactory threshold dysfunction, in particular a deficit of the olfactory threshold is a frequent manifestation of MS, present in all clinical subtypes identically. Despite the limitations of this pilot study, seems to confirm, as postulated by others studies, that the smell dysfunction is a clinical marker, not only of neuroinflammation but also neurodegeneration with special interest in monitoring the progressive forms of the disease of Multiple sclerosis.
Description: Trabalho final do 6º ano médico com vista à atribuição do grau de mestre (área científica de neurologia) no âmbito do ciclo de estudos de Mestrado Integrado em Medicina.
URI: https://hdl.handle.net/10316/34248
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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