Exploring long term patterns of wildlife use In two Afroecuadorian communities of Northwestern Ecuador

Abstract

The use of natural resources by rural communities is one of the principal sources of food and income in rural areas. Subsistence hunting is a very common, dynamic and complex practice that depends on a diverse array of ecological, social, cultural and economic factors. Under current conditions, subsistence hunting is often unsustainable and can lead to depletion or local extirpation of wild species, having direct consequences on local communities and overarching impacts on ecological integrity. Despite its well-­‐documented importance and impacts, questions still remain concerning the way in which the use of wild animals as food changes in the complex social and ecological settings in which it occurs. In this thesis we use a case study of two Afroecuadorian communities from North-­‐western Ecuador to assess the long-­‐term (24 years) changes in the patterns of wildlife use and their potential relationship with the socio-­‐economic transformation experienced in the region.

The amount of collected biomass is quite small suggesting that wildlife is no longer a very important source of protein, however it can be important in the diet contributing to the diversification of the local diet.

Most of the hunting in these communities is opportunistic and the majority of events occur near the farms. The use of traditional trapping system is still present and provides an alternative source of protein while helping in the protection of crops. Increased dependence in external sources of food was found as well as an increase in the number of sources of external protein, showing that the use of fauna as a source of food is not as important as it was in the past. Economic activities in form of agriculture and mining are the major source of income on

A utilização de recursos naturais pelas comunidades rurais é uma das principais fontes de alimento e de rendimento em áreas rurais. A caça de subsistência é uma prática muito comum, dinâmica e complexa que depende de um conjunto diversificado de factores ecológicos, sociais, culturais e económicos. Nas condições atuais, a caça de subsistência torna-­‐se muitas vezes insustentável e pode levar à diminuição ou extinção local de espécies selvagens, tendo consequências diretas sobre as comunidades locais e impactos na integridade ecológica dos ecossistemas. Apesar da sua importância e os seus impactos estarem bem documentados, permanecem ainda questões sobre o modo como o uso de animais selvagens como alimento se pode alterar de acordo com os complexos contextos sociais e ecológicos em que esta prática ocorre. Nesta dissertação usamos um estudo de caso de duas comunidades Afroecuatorianas de noroeste do Equador para avaliar as mudanças a longo prazo (24 anos) nos padrões de uso da vida selvagem como alimento e sua potencial relação com a transformação socioeconómica ocorrida na região. Os resultados mostram que a quantidade de biomassa animal caçada é bastante pequena, o que sugere que os animais selvagens já não são uma fonte muito importante de proteína sendo, no entanto, importantes na dieta local ao contribuir para a sua diversificação. A maior parte das atividades cinegéticas nestas comunidades é oportunista e a maioria dos eventos ocorrem perto das fazendas. O uso do sistema tradicional de captura (armadilhas tradicionais) ainda é utilizado e fornece uma fonte alternativa de proteína ao mesmo tempo ajuda na proteção de culturas. No entanto foi detetado um aumento da dependência em fontes externas de alimentos, incluindo um aumento do número de fontes de proteína externa, o que indica que a utilização da fauna como fonte de alimento não é tão importante como no passado. Atividades económicas como a agricultura e exploração mineira são agora a principal fonte de rendimento destas comunidades, fornecendo o rendimento