Perceção de apoio social, adaptação ao ensino superior e bem-estar subjetivo

Abstract

A adaptação ao Ensino Superior tem sido alvo de inúmeras investigações nos últimos anos. O facto de esta ser uma transição que acarreta enormes mudanças na vida do estudante, torna imprescindível o estudo deste processo e de todas as alterações que este pode trazer ao jovem. O bem-estar subjetivo também tem sido amplamente estudado e sabe-se que exerce uma influência significativa nas condutas académicas dos indivíduos. Na presente investigação, foi utilizada uma amostra de 133 estudantes, maioritariamente da Universidade de Coimbra. Os resultados demonstram que existem diferenças significativas entre o sexo feminino e masculino no que diz respeito aos fatores da personalidade: amabilidade, conscienciosidade e neuroticismo e relativamente à adaptação ao Ensino Superior na dimensão adaptação ao estudo. Quanto às análises preditivas realizadas, estas revelaram que as dimensões do bem-estar subjetivo exercem poder preditivo significativo sobre a adaptação ao Ensino Superior. Finalmente, na análise das regressões múltiplas, foi possível concluir que as variáveis psicológicas são melhor preditoras do bem-estar subjetivo do que as variáveis sexo e idade.

The college adaptation has been the subject of numerous investigations in recent years. The fact that this is a transition that entails enormous changes in student life, needs the study of this process and all the changes that this can bring to the young. The subjective well-being has also been widely studied and is known that it exert a significant influence on the academic behavior of individuals. In the present investigation, was used a sample of 133 students, mostly from the University of Coimbra. The results show that there are significant differences between women and men with regard to the personality factors: kindness, conscientiousness and neuroticism and adaptation to the study. As for predictive analyzes, they found that the dimensions of subjective well-being have a significant predictive power of college adaptation. Finally, the analysis of multiple regressions concluded that the psychological variables are better predictors of subjective well-being than the gender and age.