Please use this identifier to cite or link to this item:
https://hdl.handle.net/10316/30639
Title: | Síndrome de cushing subclínica em incidentalomas adrenais: do desafio do diagnóstico à terapêutica | Authors: | Fernandes, Sara Margarida Lamarosa | Orientador: | Paiva, Isabel Maria Monney de Sá Gomes, Maria Leonor Viegas |
Keywords: | Síndrome de Cushing Subclínica; Incidentaloma da Suprarrenal; Hipercortisolismo Subclínico; Métodos de diagnóstico do hipercortisolismo subclínico; Tratamento do hipercortisolismo subclínico | Issue Date: | 2015 | Abstract: | Nos últimos anos, o crescente desenvolvimento e utilização de sofisticados métodos
imagiológicos de diagnóstico, conduziu a um aumento do diagnóstico ocasional de massas
adrenais, definidas como Incidentalomas Adrenais (IA). Consequentemente, a Síndrome de
Cushing Subclínica (SCS) tem ganho um importante destaque na atualidade, por ser
incontestavelmente, a alteração hormonal mais frequentemente associada aos Incidentalomas
Adrenais, com uma prevalência compreendida entre os 5% e 20%, dependendo do protocolo de
estudo e dos critérios de diagnóstico aplicados. O objetivo principal deste artigo é a realização
de uma revisão bibliográfica, com base na literatura publicada acerca da SCS, abordando a sua
definição, história natural, diagnóstico, comorbilidades, terapêutica e seguimento.
A SCS corresponde a uma hipersecreção autónoma de cortisol, embora em pequeno
grau, sendo portanto insuficiente para se expressar sob a forma de estigmas típicos de Síndrome
de Cushing (SC), possuindo, porém, consequências nefastas para a saúde.
Apesar de nesta patologia se verificarem algumas alterações nos testes de avaliação da
função do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal (HHS), os critérios de diagnóstico para a SCS
são alvo de grande controvérsia e discussão, não existindo, até à data, um protocolo de
diagnóstico considerado como padrão de ouro. De entre todos os testes de avaliação hormonal
disponíveis, existe consonância quanto ao lugar do Teste de Supressão com Dexametasona
(TSD) como teste inicial de rastreio. A discussão acerca deste teste incide nos valores de corte
(1,8μg/dL; 3μg/dL; 5μg/dL), acima dos quais se considera a existência de autonomia funcional,
bem como nos diferentes protocolos usados (1mg, 2mg, 8mg). Porém, o teste de supressão com
Dexametasona tem a vantagem de permitir quantificar o grau de hipersecreção autónoma de
cortisol. Têm sido descritas consequências clínicas decorrentes da secreção inapropriada de
cortisol, nos doentes com SCS, nomeadamente a presença de hipertensão arterial (HTA),
obesidade central, diminuição da tolerância à glicose, dislipidemia ou de osteoporose. Pensa-se
que estes doentes possuam um maior risco cardiovascular e que o processo de aterosclerose
seja acelerado pelo hipercortisolismo, apesar de silencioso e em pequeno grau.
Quanto à orientação terapêutica desta patologia, tanto a adrenalectomia como um
seguimento cuidado e regular associado ao tratamento da Síndrome Metabólica, têm sido
sugeridos como opções terapêuticas válidas e a considerar caso a caso. In the last years, the increasing development and use of sophisticated medical imaging methods has enabled an increase in diagnosis of occasional adrenal masses, defined as Adrenal Incidentaloma. Consequently and as of today, Subclinical Cushing's Syndrome (SCS) is of utmost importance and stands out as the most frequent hormonal change associated to Adrenal Incidentaloma, with a prevalence ranging from 5% to 20%, depending on the study protocol and the diagnosis’ criteria applied. The main goal of this article is to review the literature on SCS by addressing its definition, natural history, diagnosis, comorbidities, treatment and follow-up. SCS is defined as an autonomous hypersecretion of cortisol at low levels and therefore insufficient to express the typical stigmata of Cushing's syndrome, resulting, however, in adverse consequences to patients health. In spite of the changes found in the tests for assessment of the hypothalamic-pituitaryadrenal axis function, the diagnostic’s criterias for SCS are still very controversial and debatable, and therefore a gold standard diagnostic protocol is still missing. Within all hormonal evaluation tests, different studies seem to agree on the Dexamethasone Suppression Test as the initial screening test. The discussion about this test rather focus on the cut-off values (1.8μg /dL; 3μg/dL; 5 μg/dL) above which the existence of functional autonomy is considered as well as on the various protocols used (1mg, 2mg, 8mg). Nevertheless, the dexamethasone suppression test has the advantage of quantifying the level of autonomous cortisol hypersecretion. Clinical consequences of inappropriate cortisol’s secretion, such as blood hypertension, central obesity, impaired glucose tolerance, dyslipidaemia or osteoporosis, have been described in patients with SCS. Evidences suggests that these patients have increased cardiovascular risk and that atherosclerosis process is accelerated by hypercortisolism, although at a clinically silent and modest level. Regarding the therapeutic management of this disease, adrenalectomy and a careful and regular monitoring associated to treatment of the metabolic syndrome, have both been suggested as valid therapeutic options to be considered case by case. |
Description: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Endocrinologia), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. | URI: | https://hdl.handle.net/10316/30639 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | UC - Dissertações de Mestrado FMUC Medicina - Teses de Mestrado |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Sara Fernandes.pdf | 921.94 kB | Adobe PDF | View/Open |
Page view(s) 10
1,159
checked on Oct 15, 2024
Download(s) 10
1,641
checked on Oct 15, 2024
Google ScholarTM
Check
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.