Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/30446
Title: Incontinência urinária pós-parto : da fisiopatologia à prevenção e ao tratamento
Authors: Abreu, Joana Cristina Braz Pires e Silva 
Orientador: Parada, Belmiro
Nunes, Pedro
Keywords: Complicações do parto; Incontinência urinária
Issue Date: 2011
Abstract: A incontinência urinária (IU), definida como qualquer perda involuntária de urina, representa um problema de saúde global. É uma patologia mais frequente no sexo feminino, atingindo uma prevalência de 10 a 60%. Tanto o impacto na qualidade de vida como os custos socioeconómicos são significativos. A gravidez e o parto têm sido considerados como os principais fatores de risco para o desenvolvimento de IU em mulheres jovens. Os objetivos deste trabalho são rever a anatomia e explorar os mecanismos fisiopatológicos responsáveis pela IU pós-parto, analisar os fatores de risco e investigar o impacto na qualidade de vida, bem como eventuais medidas preventivas. Pretendemos ainda, analisar a situação atual do tratamento: quais os sucessos alcançados e as perspetivas futuras. A etiopatogenia da IU pós-parto, essencialmente IU de esforço, assenta em dois fatores fundamentais: a incapacidade dos mecanismos esfincterianos intrínsecos e a hipermobilidade da uretra. Para tal contribuem múltiplos fatores de risco ambientais/genéticos e obstétricos. Não existem evidências suficientes que permitam escolher entre a cesariana e o parto vaginal, sendo que este continua a ser a primeira opção. Contudo, a episiotomia de rotina deve ser abandonada. Apesar de a IU não ser uma situação que curse com risco de vida pode afetar substancialmente a sua qualidade. As principais estratégias de prevenção incidem nos fatores de risco modificáveis e na reabilitação do pavimento pélvico após o parto. Na maioria dos casos de IU é possível a cura ou, eventualmente, a melhoria dos sintomas. As medidas conservadoras incluem alterações do estilo de vida e exercícios de Kegel. A farmacoterapia está indicada na IU por urgência mas é controversa na IU de esforço. Nesta o tratamento ii cirúrgico é o preferido em caso de falha das medidas conservadoras. Nas últimas décadas, a introdução das bandas sub-uretrais foi um dos avanços mais significativos nesta área e representou uma nova esperança para muitas mulheres com IU de esforço. Atualmente, as células estaminais apresentam-se como um futuro promissor em termos de terapêutica da IU. Apesar de, para a maioria das doentes, estar disponível um tratamento relativamente eficaz, as taxas de recorrência dos sintomas continuam elevadas. É necessária a realização de mais estudos sobre novas terapêuticas, cada vez mais eficazes e menos invasivas, assim como sobre estratégias de prevenção/tratamento de condições que aumentem o risco de IU
Urinary incontinence (IU), defined as any involuntary urine leakage, represents a global health problem. IU is more frequent in women reaching 10-60% of prevalence. Both the impact in life quality and the socioeconomic costs are significant. The pregnancy and delivery have been considered as the major risk factors to IU onset in young women. The objectives of this work are to review the anatomy and to explore the pathophysiologic mechanisms beneath post-delivery IU. Moreover, we pretend to analyze the risk factors, to investigate the impact in life quality and to outline some preventive strategies. To finish we will summarize the actual treatment options: achievements and future perspectives. The etiopathogenesis of post-delivery IU, mainly stress IU, is based in two fundamental factors: intrinsic sphincter mechanisms incapacity and urethra hypermobility. Multiple environmental/genetic and obstetric risk factors contribute to this alteration. Despite vaginal delivery is being considered the first option, there are no evidences that define which mode of delivery is more convenient, cesarean or vaginal delivery. Routine episiotomy must be abandoned. Although IU is not a life threatening condition, life quality impact could be substantial. The main prevention strategies focus on modifiable risk factors and on post-delivery pelvic floor rehabilitation. The cure or even the symptoms relief is possible in the great majority of IU cases. Conservative strategies, similar in both types of IU, include life style modifications and Kegel exercises. Pharmacological therapy is used in urgency IU but controversial in stress IU. If there is failure in conservative strategies, surgical treatment is the standard option to stress IU. During last decades, mid urethral slings introduction was iv one of the most significant improvements in this area and represents a new hope to many women with stress IU. Nowadays, stem cells are the promissory future therapy to IU. Despite the majority of women have an effective treatment option, recurrence rates of symptoms are still high. We conclude IU would benefit of more studies about new therapies, more efficient and less invasive, as about prevention/treatment strategies of IU predisponent conditions.
Description: Trabalho de projecto de mestrado em Medicina (Urologia), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/30446
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

Show full item record

Page view(s) 10

988
checked on Mar 26, 2024

Download(s) 20

1,826
checked on Mar 26, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.