Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/29794
Title: Riscos psicossociais e capacidade no trabalho na população de Outil (Cantanhede)
Authors: Costa, Ana Carolina Craveiro da 
Orientador: Ribeiro, Carlos Alberto Fontes
Pinto, Alice Manuela Palmeirão
Keywords: Saúde ocupacional; Saúde mental; Factores de risco; Avaliação da capacidade de trabalho
Issue Date: 2015
Abstract: A Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) tem como objetivo conservar o bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores, para isso, é necessário adotar medidas que exigem a interação de várias áreas como a medicina do trabalho, a higiene do trabalho, a engenharia de segurança, a ergonomia, a psicologia, entre outras. Este assunto começou a ser tido em conta, em meados do Séc. XX. Até aí o único aspeto importante relacionado com o trabalho era a produtividade, não havendo preocupação com lesões, doenças nem mesmo se essas situações conduzissem à morte do trabalhador. Tem-se verificado que os riscos psicossociais são riscos emergentes de saúde ocupacional, ou seja, são riscos novos, que estão a aumentar e cujos efeitos sobre a saúde dos trabalhadores estão a agravar-se. As novas formas de contratos de trabalho e insegurança no emprego, a mão-de-obra em envelhecimento, a intensificação do trabalho, as exigências emocionais elevadas no trabalho e a difícil conciliação entre a vida profissional e pessoal são os principais geradores de consequências negativas para os trabalhadores, para as organizações e para a sociedade. Estes riscos requerem grande preocupação por parte das empresas, no entanto devido à delicadeza necessária para abordar esta temática, à escassez dos recursos e à falta de sensibilização, muitas vezes não lhe é dada a devida importância. Os objetivos deste estudo são analisar o nível de exposição da população ativa aos riscos psicossociais, avaliar a capacidade para o trabalho e analisar os efeitos dos riscos psicossociais no trabalho na capacidade para o trabalho. Para atingir os objetivos anteriormente referidos, a metodologia utilizada foram dois questionários, autoadministrados, numa amostra de 140 trabalhadores residentes na localidade de Outil. Com os dados obtidos, foi possível inferir que a população se encontra numa situação de risco intermédio relativamente à exposição aos riscos psicossociais. Este facto não se deve ao sexo do trabalhador nem ao setor em que exerce a sua atividade profissional. Concluiu-se também que a população em estudo apresenta, de um modo geral um bom Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Este índice vai diminuindo com o avançar Riscos Psicossociais e Capacidade no Trabalho na população de Outil (Cantanhede) XV da idade do trabalhador. O ICT não está correlacionado linearmente com o sexo nem com o setor profissional. Com este estudo verifica-se também que o nível de exposição aos riscos psicossociais se relaciona com a capacidade para o trabalho na medida em que alguns aspetos psicossociais do trabalho potenciam ou inibem a capacidade para o trabalho. Os aspetos que inibem a capacidade para o trabalho são: as exigências quantitativas, os conflitos laborais, a confiança horizontal e vertical, o compromisso face ao local de trabalho, a saúde em geral e os problemas em dormir. Já pelo contrário, o significado do trabalho, a importância que o trabalhador atribui ao trabalho é um fator que potencia a capacidade para o trabalho. A crise económico-financeira atravessada pelo país, e um pouco por toda a Europa, neste momento origina muitas alterações organizacionais e estruturais nas empresas, o que potencia o aparecimento dos riscos psicossociais afetando a saúde física e mental do trabalhador e consequentemente a sua capacidade para o trabalho. O reconhecimento e a gestão dos riscos psicossociais a que estão sujeitos os trabalhadores e a avaliação da sua capacidade para o trabalho tornam mais fácil e eficaz a tomada de decisão e o desenrolar de programas de ação que ajudem as empresas a ultrapassar este momento conturbado a nível socioeconómico e financeiro, mantendo os trabalhadores saudáveis física e mentalmente.
The Safety and Health at Work aims to conserve the physical well-being, mental and social workers, for that is necessary to adopt measures that require the interaction of several areas such as occupational medicine, hygiene at work safety engineering, ergonomics, psychology, among others. This issue began to be taken into account in the mid-century. XX, until then the only important aspect related to the work was productivity, with no concern for injury, illness or even if these situations would lead to the death of the workers. It has been found that psychosocial risks are emerging risks to occupational health, it means that they are new risks that are increasing and whose effects on the health of workers are getting worse. The new forms of contracts of work and job insecurity, the hand labor aging, work intensification, high emotional demands at work and the difficult balance between work and personal life are the main triggers of negative consequences for workers, to organizations and to society. These risks require major concern of companies, however because of the sensitivity needed to approach this issue, resources are scarce and the lack of awareness often not been given due importance. The objectives of this study are analyze the level of exposure of the workforce to psychosocial risks, assessing the ability to work and analyze the effects of psychosocial risks at work in the capacity for work. To achieve the above objectives, the methodology used were two questionnaires, self-administered on a sample of 140 workers living in Outil. With the data obtained, it was possible to infer that the population is at an intermediate risk for exposure to psychosocial risks. This is not due to the sex of the worker or the sector where he is pursuing his professional activity. It was also concluded that the study population has, in general a good Work Ability Index (WAI). This ratio decreases with advancing age of the worker. The WAI is not correlated linearly with sex or with the professional sector. The level of exposure to psychosocial risk relates to the ability to work in so far some psychosocial aspects of the work potentiate or inhibit the ability to work. The aspects that inhibit the ability to work are: quantitative requirements, labor disputes, the horizontal and vertical trust, commitment towards the workplace, health in general and trouble sleeping. Already the contrary, the meaning of work, the importance that the worker attaches to the work is a factor that enhances the ability to work. The economic and financial crisis experienced by the country, and almost everywhere in Europe at this time gives many organizational and structural changes in companies, which enhances the appearance of psychosocial risks affecting the physical and mental health of the worker and consequently their ability to the work. Riscos Psicossociais e Capacidade no Trabalho na população de Outil (Cantanhede) XVII The recognition and management of psychosocial risks to which they are subject workers and the evaluation of their ability to make work easier and more effective decision-making and the development of programs which help companies overcome this troubled time the level socio-economic and financial, keeping the physical and mentally healthy workers
Description: Dissertação de mestrado em Saúde Ocupacional, apresentada á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/29794
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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