Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/29714
Title: Fadiga em trabalhadores de centrais térmicas da EDP na Região Centro
Authors: Gomes, Maria António Neves Rêgo de Lemos 
Orientador: Ribeiro, Carlos Fontes
Keywords: Fadiga; Profissões
Issue Date: 2015
Abstract: O presente estudo visa analisar a percepção da fadiga numa população de trabalhadores por turnos das centrais de produção termoeléctrica da Região Centro pertencentes à EDP (Energias De Portugal). O seu principal objectivo é a avaliação da percepção da fadiga em trabalhadores por turnos. Esta avaliação é feita de forma absoluta, bem como comparativa, relativamente a uma população que, trabalhando no mesmo sector, não realiza trabalho por turnos. A motivação para a realização deste estudo partiu de trabalho anterior de acompanhamento destes trabalhadores, no qual se percepcionaram queixas relacionadas com a execução de trabalho por turnos. Assim, resolveu-se estudar, de forma sistematizada e quantitativa, a real dimensão do problema, pretendendo-se com a informação recolhida e analisada nesta dissertação recomendar formas de melhorar o acompanhamento regular dos trabalhadores em causa, quer seja no contexto de Exames Periódicos de Medicina do Trabalho, quer seja contribuindo para a organização do trabalho ou dinamizando acções de sensibilização e de educação para a saúde. A fadiga em trabalhadores por turnos tem, desde sempre, vindo a ser reconhecida como um importante factor a ter em conta na sua saúde e bem-estar, no seu desempenho e produtividade, bem como na sinistralidade laboral. A revisão bibliográfica feita aponta para que os trabalhadores por turnos apresentem, com maior prevalência: fadiga, alterações do sono, interferência na vida pessoal e familiar, agravamento de patologias já conhecidas, aumento do risco para o desenvolvimento de patologias gastrointestinais, cardiovasculares e relacionadas com a gestação. Para a avaliação da fadiga nesta população foram aplicados dois questionários, CIS (Checklist Individual Strenght) e OFER (Occupational Fatigue Exhaustion/Recovery Scale), tanto a trabalhadores por turnos como a outros trabalhadores, publicados na literatura, cada um contando com vinte questões de auto-preenchimento, sendo que o primeiro conta com quatro dimensões e o segundo com três. Resumo Maria António Lemos iii Foi realizada análise estatística dos dados obtidos, utilizando testes não paramétricos (Mann-Whitney) para comparar, entre trabalhadores por turnos e outros, os resultados nas diferentes dimensões, recorrendo-se a uma correcção de Bonferroni para controlar o nível de significância global de 0.05. As consistências internas nas dimensões dos questionários foram avaliadas recorrendo ao α de Cronbach. Os resultados obtidos mostraram diferenças estatisticamente significativas entre o grupo de trabalhadores por turnos e os de trabalhadores que não fazem turnos, na aplicação do questionário CIS, considerando as suas quatro dimensões (severidade da fadiga, problemas de concentração, diminuição da motivação, exercício físico), mostrando maior gravidade no primeiro grupo. Relativamente ao questionário OFER, e às suas três dimensões (fadiga aguda, fadiga crónica, recuperação entre turnos), os resultados indicam uma diferença estatisticamente significativa na gravidade percepcionada entre os grupos analisados, sendo de maior dimensão no primeiro grupo (trabalhadores por turnos). Conclui-se, assim, que para a amostra estudada, há associação positiva entre a realização de trabalho por turnos e a percepção e medição de fadiga. Resulta deste trabalho um conjunto de remodelações a considerar, destacando-se a necessidade de implementar um controlo mais rigoroso dos sintomas relacionados com fadiga destes trabalhadores, reunir com chefias e responsáveis para contribuir para uma melhor organização do trabalho e incrementar a dinamização da sensibilização dos trabalhadores para esta problemática, bem como relativamente a estratégias que visem melhorar a capacidade de tolerância a este tipo de trabalho.
The presente study focuses on analysing the perception of fatigue amongst a group of shift workers from thermoelectric power plants located in the central region of Portugal, all belonging to EDP (Energias De Portugal). Here, the main objective is to evaluate these worker’s fatigue perception. This evaluation is conducted in absolute terms in addiction to a comparison with with workers that, albeit working in the same sector, do not perform shift work. The main driver motivating this study is the perception of complaints from shiftworkers which arise from previous work where the latter were followed. This perception is now quantified by means of surveys. It is meant that the information extracted from these will allow for improved guidelines for the medical follow up of shift workers, hence contributing to a better organisation of work and promoting education for health. Fatigue in shiftworkers has always been recognized as an important factor when regarding workers’ health and well-being, performance and productivity, as well as sinistrality, as the literature reports. A bibliographic review reveals a higher prevalence of fatigue, sleep alterations, personal and familiar life interference, agravating previous illnesses and a higher risk for developing gastrointestinal, cardiovascular or obstetric pathologies in shiftworkers For evaluating fatigue, two questionnaires were used, notably CIS (Checklist Individual Strenght) and OFER (Occupational Fatigue Exhaustions/Recovery Scale). These were applied to all shift workers and non-shiftworkers. Each questionnaire is composed by twenty questions. The CIS questionnaire has four dimensions and the OFER questionnaire has three, and are both published in literature. The data obtained, expressing the diferente dimensions, were statistically analised, using non-parametric tests (Mann-Whitney), and Bonferroni’s correction, for controlling a Abstract Maria António Lemos v global significance level of 0.05. The internal consistencies of the dimensions of the questionnaires were evaluated using Cronbach’s α. The results show statistically significant differences between shiftworkers and nonshiftworkers, when applying the CIS questionnaire, considering its four dimensions (fatigue severity, concentration problems, decreased motivation and diminuished physical activity), with shiftworkersissuing more complaints. When considering the OFER questionnaire, and its three dimensions (acute fatigue, chronic fatigue and intershif recovery), results indicate a statistically significant difference between the two groups of workers (shiftworkers and non-shiftworkers) when perceiving fatigueagain refering shiftworkers more. Overall, the results show a positive association between shiftwork and the perceived and measured fatigue. In the future, a thorougher medical follow-up, related to fatigue’s symptoms, should be implemented; meeting with workers’ leadership to contribute to a better organization of work and implementing and promoting conciousness about shiftwork and coping strategies amonsgt workers shoul also be considered
Description: Dissertação de mestrado em Saúde Ocupacional, apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/29714
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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