Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/29229
Title: Acromegalia e cancro : verdade ou mito?
Authors: Taveira, Filipe Cabral 
Orientador: Paiva, Isabel Maria Monney de Sá
Viegas, Maria Leonor
Keywords: Acromegalia; Neoplasias
Issue Date: 2014
Abstract: A Acromegalia é uma doença rara caracterizada pela secreção aumentada de GH e IGF-1, peptídeos com propriedades que favorecem o desenvolvimento de cancro. Entre 15 a 23.7% das mortes na Acromegalia são devidas a neoplasia maligna. Tendo em conta a sua fisiopatologia e os conhecimentos sobre o eixo GH/IGF-1 desde cedo se iniciou a pesquisa de uma possível relação entre estas duas patologias. Os primeiros estudos apontavam para um aumento do risco de carcinoma colo-rectal, mama e neoplasias hematológicas. Já os estudos mais recentes apontam para um maior risco de carcinoma da tiróide e colo-rectal, sendo ainda os resultados controversos. Assim, realizou-se uma pesquisa de artigos sobre este assunto em bases de dados nacionais e estrangeiras, nomeadamente na PubMed®, sendo privilegiados artigos originais e da última década, com o intuito de obter o estado da arte sobre esta problemática. O tema mantém-se controverso e com resultados antagónicos, apesar de grande parte dos estudos nesta área, pelo menos, sugerirem que a Acromegalia configura uma população com algum risco para o surgimento de neoplasia. Parece tornar-se claro, que estes doentes têm maior prevalência de neoplasias benignas, nomeadamente pólipos intestinais (adenomas, pólipos hiperplásicos) e bócio nodular. Alguns dados permitem apontar, de facto, para um aumento de risco no carcinoma colo-rectal e carcinoma bem diferenciado da tiróide, embora a força estatística dos mesmos seja discutível. Outras neoplasias como carcinoma da mama, urológicos (próstata, rim) ou hematológicos possuem associações ténues com esta patologia endocrinológica, mas que merecem posterior investigação especialmente a neoplasia da mama. A relação entre cancro e Acromegalia permanece num âmbito mais teórico que prático. A malignidade provocada por influência do eixo GH/IGF-1 na Acromegalia não é clara, não se podendo atribuir, por agora, aos níveis elevados dos componentes major deste eixo o surgimento de neoplasia. A investigação da vertente endócrina e parácrina das ações de GH e IGF-1 poderá garantir proveitos tanto a nível da terapêutica da Acromegalia, como do cancro em geral. Em suma, conclui-se que são necessários mais estudos, preferencialmente prospetivos, multicêntricos e bem estruturados para que se possam clarificar as dúvidas em torno deste tema. Melhores programas de rastreio, adaptados à Acromegalia, e até ganhos na terapêutica oncológica parecem vir a ser possíveis
Acromegaly is a rare disease characterized by increased GH and IGF-1, peptides with properties that favor the development of cancer. Between 15 and 23.7% of deaths in Acromegaly are due to malignancy. Regarding its pathophysiology and the knowledge about the GH/IGF-1 axis, early began the search for a possible relationship between these two diseases. The first studies indicated an increased risk for colorectal carcinoma, breast cancer and hematologic malignancies. Recent studies point to an increased risk of thyroid and colorectal cancer. The results are still controversial. Thus, we performed a search for articles on this subject in domestic and international databases, particularly in PubMed ®. Original articles with publication date in the last ten years were favored, in order to obtain the state of the art on this issue. The topic remains controversial and with conflicting results. Despite this, most studies suggest Acromegaly as a possible risk factor for development of neoplasms. Seems to become clear that these patients have a higher prevalence of benign neoplasms, including intestinal polyps (adenomas, hyperplastic polyps) and nodular goiter. Some data may point out, in fact, to an increased risk in colorectal carcinoma and well differentiated thyroid cancer, although the statistical power of those studies is debatable. Other malignancies, such as breast carcinoma, urologic (prostate, kidney) or hematological malignancies have tenuous associations with this endocrine disorder, but deserves further investigation especially breast carcinoma. The relationship between cancer and Acromegaly remains a more theoretical rather practical reality. The malignancy caused by influence of GH/IGF-1 axis in Acromegaly is not clear, not assigning, for now, to high levels of the major components of this axis the appearance of cancer. The present investigation of endocrine and paracrine actions of GH and IGF-1 can guarantee profits both in the treatment of Acromegaly and cancer. In sum, it is concluded that further studies, preferably prospective, multicentric and rigorously structured are needed to clarify the doubts around this issue. Better and addapted cancer screening programs and gains for cancer therapy itself seems to be possible.
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Endocrinologia), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/29229
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
tese_Taveira_acro.pdf307.18 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s) 10

828
checked on Apr 23, 2024

Download(s)

287
checked on Apr 23, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.