Kimberlitos diamantíferos no Brasil e sua pesquisa

Abstract

O trabalho se inicia por generalidades tais como propriedades e aspectos económicos do diamante e com uma introdução à síntese do diamante. Em seguida faz-se referência às condicionantes, em kimberlitos e outras rochas, para a ocorrência de diamantes. O capítulo segundo se dedica à diferenciação entre rochas diamantíferas e estéreis, através do estudo de certos parâmetros químicos na composição da rocha matriz, e na variação de determinados teores na composição de alguns minerais tais como granadas, cromo-diopsídio e ilmenitas. A seguir é abordada a questão da distribuição espacial dos kimberlitos que se agrupam em províncias, diamantíferas ou não, e a influência da evolução tectónica destas províncias com relação à sua fertilidade. No capítulo quarto, descrevem-se algumas províncias kimberlíticas do Brasil e a ocorrência de diamante. São referidas áreas nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Rondónia, todas relacionadas a um trend SE-NW, regional, às vezes balisado por alinhamentos aeromagnetométricos. São referidas também áreas no NE do Brasil, no Estado do Piauí e também no Sul do Brasil, nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O capítulo final trata da metodologia de pesquisa, já empregada pelo autor, e recomendada para a pesquisa de kimberlitos diamantíferos no Brasil. Nesta metodologia salienta-se a importância dos levantamentos aeromagnetométricos para a localização de diatremas e da coleta e análise de residuos pesados para caracterizar e classificar os kimberlitos nas categorias de provavelmente mineralizados, provavelmente estéreis e indefinidos, permitindo a construção de uma hierarquia económica das áreas de ocorrência de kimberlitos, permitindo traçar prioridades para a prospecção. Como anexo são apresentados mapas e tabelas aclaradores do texto.