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https://hdl.handle.net/10316/17916
Title: | Comunicação, stress e estratégias de adaptação nos enfermeiros do Instituto Português de Oncologia de Coimbra de Francisco Gentil, EPE | Authors: | Almeida, Helder Filipe Oliveira de | Orientador: | Santos, José Carlos Saraiva, Carlos Brás |
Keywords: | Burnout profissional; Oncologia; Enfermeiros | Issue Date: | 2009 | Citation: | ALMEIDA, Helder Filipe Oliveira de - Comunicação, stress e estratégias de adaptação nos enfermeiros do Instituto Português de Oncologia de Coimbra de Francisco Gentil, EPE. Coimbra : [s.n.], 2009 | Abstract: | Este trabalho surgiu da interrogação sobre a influência do comportamento
comunicacional assertivo no cuidar. Pretendeu-se ainda estudar a interferência da
vulnerabilidade ao stresse, as estratégias de adaptação e o apoio social percebido na
adopção do comportamento comunicacional assertivo com os doentes e equipa
multidisciplinar. O estudo do burnout também foi tido em conta devido ao interesse que
este pode ter no comportamento adoptado pelo enfermeiro.
O estudo é descritivo-correlacional e tem como objectivo caracterizar o
comportamento comunicacional assertivo dos enfermeiros nas relações
interpessoais/equipa, identificar situações de burnout; analisar as estratégias de
adaptação ao stresse e relacionar as variáveis sócio-demográficas e profissionais com
as características estudadas.
A amostra é composta por 129 enfermeiros do IPOC-FG, EPE, que trabalham
nos internamentos e ambulatório. Foi realizado previamente uma revisão bibliográfica
pertinente para esta temática, de modo a contextualizar o estudo.
Verificaram-se os seguintes resultados:
-baixa vulnerabilidade ao stresse com uma média de 1,56 [0-4];
-burnout médio de 2,76 [0-6];
-estratégias de adaptação ao stresse na ordem dos 3,86 de média [1-5];
-comportamento comunicacional assertivo com elevada frequência 4,97 [1-6] de
média;
-grande satisfação com o apoio social percebido com uma média de 5,17 [1-6].
O estudo do comportamento comunicacional assertivo foi preponderante nesta
investigação. Os enfermeiros apresentam comportamento comunicacional assertivo
com elevada frequência. Este é adoptado com mais frequência com os doentes do que
no seio da equipa multidisciplinar, daí a assertividade ser essencial para o bom
ambiente de trabalho e nas relações interpessoais.
O estudo mostra que há um valor alto de realização pessoal, baixo de
despersonalização e médio de exaustão emocional. Entenda-se a despersonalização como um distanciamento face a relação, de modo a evitar um envolvimento nos
problemas dos outros não afectando assim a vida pessoal do enfermeiro.
Encontrámos nos homens mais despersonalização que nas mulheres, o que sugere
um afastamento nas ligações, não se envolvendo demasiado como forma de não levar
os problemas do hospital para casa.
Um dado novo prende-se com a adopção de comportamento comunicacional
assertivo e o facto de se ter um duplo emprego. Os enfermeiros que referem ter um
duplo emprego apresentam com menos frequência comportamento comunicacional
assertivo.
O facto de trabalhar por turnos mostrou também o seu interesse no presente
estudo, uma vez que se verificou que quem faz turnos adopta com menos frequência
comportamento comunicacional assertivo do que quem tem horário fixo.
Quanto à vulnerabilidade ao stresse o estudo sugere que os enfermeiros mais
novos são mais propensos, podendo estar relacionado com o facto da pouca
autonomia, das expectativas, do vínculo precário e dificuldades na prestação de
cuidados.
Encontraram-se ainda relações entre género, estado civil e experiência
profissional com as outras variáveis em estudo, sendo importantes para as conclusões
desta investigação. This study emerged from the question about the influence about assertive communication behaviour in care. Still intended to study the interference of vulnerability to stress, the coping strategies and perceived social support in the adoptions of assertive behaviour communication with patients and multidisciplinary team. The study of burnout was also taken in account duo to concern that this may have on the conduct of the nurse. The study is descriptive and correlational and aims to characterize the behaviour of nurses assertive communication in interpersonal / team, to identify situations of burnout, to analyse the strategies of adaptation to stress and to relate the socio-demographic and professional characteristics studied. The sample consisted in 129 nurses from IPOC-FG, EPE, working in hospital and clinic. It was previously performed a literature review relevant to this issue in order to contextualize the study. Here are the results that emerged from the study: -Low vulnerability to stress with an average of 1.56 [0-4]; -Burnout average of 2.76 [0-6]; -Strategies for adaptation to stress in the order of 3.86 of average [1-5]; -Assertive communication behaviour at high frequency 4.97 [1-6] medium; -Great satisfaction with the perceived social support with an average of 5.17 [1-6]. The study of assertive communication behaviour was prevalent in this investigation. The nurses demonstrate assertive communication behaviour at high frequency. This is adopted more frequently to patients than within the multidisciplinary team, then assertiveness is essential for and adequate work environment and interpersonal relationships. The study shows that there is a high value of personal accomplishment, low depersonalization and average emotional exhaustion. It is important to observe depersonalizations as a distancing from the relationship, avoiding involvement in the problems of others thereby are not affecting the personal lives of nurses. We found more depersonalization in men than in women, suggesting a withdraw in attachment, not involving too much as a way to not taking the problems from the hospital to home. A new data relates the adoption of assertive communication behaviour and the fact of having a double employment. The nurses who reported having a double employment often demonstrates less rates of assertive communication behaviour. The fact of working by shifts has also interest in this study, because anyone who works by shifts, demonstrated more often less assertive communication behaviour than those with fixed schedule. The vulnerability to stress in the study suggests that younger nurses are more likely to trend, and that may be related with a limited autonomy, expectations, precarious bond and difficulties in providing care. The study also revealed relations between gender, marital status and professional experience with the other variables present in this study, and they become important for these findings. |
Description: | Dissertação de mestrado em Medicina (Psiquiatria Cultural), apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra | URI: | https://hdl.handle.net/10316/17916 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | UC - Dissertações de Mestrado FMUC Medicina - Teses de Mestrado |
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