Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/12752
Title: Diagnóstico precoce de enfarte agudo do miocárdio utilizando técnicas imunohistoquímicas, sua aplicação forense
Authors: Morais, Sara Sofia Pereira Alves Coimbra 
Orientador: Mendonça, Maria Cristina de
Keywords: Enfarte do miocárdio -- diagnóstico; Imunohistoquímica
Issue Date: 2009
Abstract: Introdução - O enfarte agudo do miocárdio (EAM) é considerado a causa de morte natural mais comum. Em mortes potencialmente criminosas a presença de um enfarte recente pode ser relevante na determinação da causa ou como contribuindo para a morte. O anticorpo primário anti humano C9 tem sido utilizado em vários estudos por diversos investigadores, com os mais diversos resultados e com técnicas mais ou menos complexas no diagnóstico de enfartes recentes. A importância da mieloperoxidase no diagnóstico do EAM tem sido descrita em contexto clínico por vários autores. Objectivos – Este trabalho tem como objectivos optimizar uma técnica de imunohistoquímica para o diagnóstico de enfarte do miocárdio recente (menos de 6 horas de evolução); determinar as alterações imunohistoquímicas do enfarte do miocárdio recente em amostras colhidas em cadáveres e elaborar um protocolo de uma técnica de imunohistoquímica, não só sensível para a observação de lesões recentes do miocárdio, como também em tecidos moderadamente autolisados. Métodos - Foram analisadas 50 amostras de miocárdio provenientes de cadáveres autopsiados no Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) Delegação de Centro, Serviço de Patologia Forense. Foram seleccionados os casos com informação de morte por enfarte do miocárdio, morte súbita natural, causa ignorada ou mesmo em casos que o patologista suspeite de EAM. Foram efectuadas duas técnicas imunohistoquimicas, uma com o anticorpo primário anti humano MPO e outra com o anticorpo primário anti humano C9. Foi efectuada a classificação e contagem das células por dois observadores. Resultados - A marcação imunohistoquímica com o anticorpo primário anti humano C9 foi satisfatória, embora difícil de aferir, conseguindo-se visualizar os miócitos necrosados tal como consta da literatura. Como controlo interno positivo foram observadas artérias cuja camada subendotelial estava arterosclerosada podendo-se observar as diferentes classificações utilizadas: 0, +1, +2 e +3. A marcação imunohistoquímica com o anticorpo anti humano III MPO foi satisfatória, sendo possível a visualização das estruturas identificadas na literatura. Visualizaram-se correctamente os polimorfonucleares neutrófilos e foi possível a sua contagem, podendo-se observar as diferentes classificações utilizadas: 0, +1 e +2. Discussão - O anticorpo primário anti humano C9 é um anticorpo ainda pouco estudado e necessita de ser testado num maior número de amostras e em condições controladas. É uma técnica com resultados contraditórios, pouco sensível, de difícil interpretação e classificação da imunomarcação; em alguns casos foi difícil haver concordância entre os dois observadores, pelo que não recomendamos que esta técnica seja utilizada como auxiliar no diagnóstico de EAM em fragmentos retirados de autópsias médico legais, como foi objecto desta investigação. A marcação imunohistoquímica para o anticorpo primário MPO foi adequada. A técnica protocolada foi fácil e rápida de executar, o anticorpo demonstrou ser sensível para diagnosticar este tipo de patologia, proporcionando uma correcta visualização dos polimorfonucleares neutrófilos em todos os casos que macroscopicamente se diagnosticou EAM, em alguns casos (n=13) onde se tinham suspeitas de EAM sem confirmação macroscópica ou por métodos de rotina e ainda em alguns casos de causa de morte ignorada. Conclusão – Os objectivos deste trabalho foram alcançados. A técnica imunohistoquímica eleita foi a do anticorpo primário anti humano MPO sendo esta uma técnica reprodutível. A utilização do anticorpo primário C9 para o diagnóstico de EAM recente é matéria que carece de uma maior investigação.
Introduction – Acute myocardial infarction (AMI) is now considered the most common cause of natural death. In probable criminal deaths, the presence of an a recent infarction can be a relevant factor in determining the cause of death, or as a contributor to death itself. The primary anti-human C9 antibody has been used by many researchers in studies showing various results and using more or less complex techniques in the diagnosis of recent infarctions. The relevance of myeloperoxidase in diagnosing MI has been described in clinical context by various authors. Objectives – The aim of this project is to optimize an immunohistochemistry technique for the diagnosis of the recent myocardial infarction (less than 6 hours evolution); to determine the immunohistochemical changes of the recent myocardial infarction in samples collected on corpses and prepare a protocol covering an immunohistochemistry technique to aid visualization of recent myocardial lesions and moderately autolysate tissues. Methods – 50 myocardial samples from autopsied corpses were analysed at the Instituto Nacional de Medicina Legal – INML (Forensic Medicine Institute), Centre Delegation, Forensic Pathology Service. We selected the cases with myocardial infarction, sudden death, cause of death unknown or even the cases where the pathologists suspected MI as being the cause of death. We used two immunohistochemical techniques, one using the primary anti-human MPO antibody and the other using the primary anti-human C9 antibody. Cells were classified and counted by two observers. Outcomes – The immunohistochemical marking with the primary anti-human C9 antibody was satisfactory, although difficult to assess, and we were able to visualize the necrotic myocytes, as mentioned in literature. For the purpose of internal positive controls, we visualized arteries with atherosclerosed subendothelial layer, and showed the different classifications used: 0., +1. +2 and +3. The immunohistochemical marking with the primary anti-human MPO antibody was satisfactory, and we were able to visualize the structures identified in literature. The polymorphonuclear neutrophils were visualized correctly and were counted, and showed the different classifications used: 0. +1 and +2. Discussion – The primary anti-human C9 antibody has not yet been thoroughly studied and needs to be tested on a larger number of samples and in controlled environments. The results of this technique are contradictory, scarcely perceptible, the immunomarking is difficult to interpret and classify; in some cases, it was difficult to have the agreement of both observers and, therefore, we do not recommend this technique to be used as a MI diagnostic aid in fragments obtained from forensic autopsies, as in the case of this research. The immunohistochemical marking for the primary anti-human MPO antibody was adequate. The technique covered by the protocol was easy and quick to implement, the antibody proved to be sensitive in the diagnosis of this type of pathology, providing a proper visualization of the polymorphonuclear neutrophils in all the cases where microscope diagnosis revealed MI, in some cases (n=13) where MI was only suspected without the microscope confirmation or by means of routine methods, and even in some cases of death due to unknown cause. Conclusion – The aims of this project were achieved. The immunohistochemical technique chosen was the primary anti-human MPO antibody, and this is a reproducible technique. The use of the primary anti-human C9 antibody in the diagnosis of recent acute myocardial infarction needs further research.
Description: Dissertação de mestrado em Medicina Legal e Ciências Forenses, apresentada à Fac. de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/12752
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
SM_tese.pdf15.6 MBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s) 20

761
checked on Jul 17, 2024

Download(s) 50

432
checked on Jul 17, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.