Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/12692
Title: Adaptação à parentalidade: Um desafio para novos pais: Estudo do stresse parental em pais primíparos
Authors: Carvalho, Júlia Maria das Neves 
Orientador: Gaspar, Maria Filomena Ribeiro da Fonseca
Keywords: Conjugalidade; Parentalidade; Maternidade
Issue Date: 28-Jan-2010
Abstract: O nascimento do primeiro filho é um dos acontecimentos mais marcantes na vida do casal, sendo geralmente acompanhado por mudanças significativas a nível do sistema familiar. Se até esse momento o casal se encontrava concentrado na sua vida conjugal e nos respectivos percursos individuais, a partir desse instante as suas vidas assumem uma nova configuração, onde as duas pessoas continuarão a viver a sua conjugalidade com uma nova tarefa ao nível da parentalidade, que é ser pai e mãe. As implicações que daí advêm impõem mudanças aos mais diferentes níveis e exigem respostas variadas por parte dos indivíduos. Na verdade, esta opinião é também partilhada por Relvas (2000) ao afirmar que tornar-se mãe/pai é um acontecimento que leva à alteração de papéis, à redefinição dos limites face ao exterior, nomeadamente a família de origem e à comunidade. Com este estudo pretendemos conhecer a adaptação dos pais durante o percurso de transição à parentalidade, após o nascimento do primeiro filho em situação normal (6 semanas após), sob a perspectiva de stresse parental, bem como a influência de algumas variáveis. Neste contexto, desenvolvemos um estudo quantitativo, junto de casais que pela primeira vez estavam a viver o papel de mãe e pai, de modo a conhecer as suas principais dificuldades durante a transição e adaptação a esta nova tarefa. Como indicador de adaptação parental utilizámos o Índice de Stresse Parental (ISP) – Domínio dos pais, versão portuguesa para 1 mês – 3 anos, do Parenting Stress Índex (PSI) de Abidin. Este instrumento permite-nos determinar as principais fontes geradoras de stresse na relação pais-filhos. Nesta investigação descritivo-correlacional que apresentamos foram inquiridos 358 indivíduos, dos quais 185 (51,68%) eram mães e 173 (48,32%) eram pais, recrutados na Maternidade de Bissaya Barreto do Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E., no período entre Setembro de 2008 a Fevereiro de 2009. Dos resultados obtidos destacamos que o ISP – Domínio dos pais, difere em função do género e em função da frequência ou não do curso de preparação para o parto, sendo as diferenças estatisticamente significativas. No entanto e para as restantes variáveis em x estudo (idade, habilitações académicas, situação actual no emprego, nível socioeconómico, planeamento da gravidez, tipo de parto e peso do recém-nascido) verificámos que apesar de não se observarem diferenças estatisticamente significativas para o total de stresse, elas são visíveis em algumas subescalas. Os resultados encontrados sustentam a concepção ecológica do processo de adaptação na transição para a maternidade/parentalidade, onde se distinguem a multiplicidade e a interacção entre os contextos de influência na intelecção desse processo.
The birth of the first child is one of the most important events in the couple’s life, and it is normally accompanied by significant changes in the family system. If, until this moment, the couple was focused on their marital life and their own individual paths, from this moment on their lives take on a new configuration, in which two people will continue to live their conjugality with a new task in parenthood: being a father and a mother. The consequent outcomes impose changes at the various levels and demand various responses by the individuals. In fact, this opinion is also shared by Relvas (2000), who argues that becoming a mother/father is an event which results in a change of roles, a redefinition of exterior boundaries, namely the family of origin and the community. The purpose of this study is to understand the adaptation of parents during the period of transition to parenthood, after the birth of first child, in normal condition (after 6 weeks), under the perspective of parental stress and the influence of some variables. In this context, a quantitative study was carried out with couples who were experiencing the roles of mother and father for the first time, in order to understand their main difficulties during the transition and adaptation to this new task. We used the portuguese version of the Abidin’s Parenting Stress Index – Parent’s domain (1 month – 3 years) as an indicator of parental adaptation. This instrument makes it possible to determine the main sources of stress in the parents-children relationship. In this descriptive-correlational research, 358 individuals were surveyed, and of these, 185 (51.68%) were mothers and 173 (48.32%) were fathers, recruited at the Maternidade de Bissaya Barreto of the Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E., from September 2008 to February 2009. Based on these results, it should be underlined that the PSI – Parent’s domain, shows statistically significant differences according to gender and the attendance or not of the childbirth preparation course. However, in the other variables under analysis (age, education, current job situation, socioeconomic level, pregnancy planning, type of delivery, and weight of the newborn), we verified that, although there were no statistically significant differences in the total stress scores, they were not visible in some subscales. xii These findings support the ecological conception of the adaptation process in the transition to motherhood/fatherhood, in which the multiplicity and interaction between contexts that influence the intellection of this process are underlined.
La naissance du premier fils est un des événements le plus marquant dans la vie du couple, en étant en règle générale accompagné par des changements significatifs à niveau du système familier. Si jusqu'à ce moment le couple se trouvait concentré dans sa vie conjugale et dans respectifs parcours individuels, à partir de cet instant leurs vies supposent une nouvelle configuration, où les deux personnes continueront vivre à leur conjugalité avec une nouvelle tâche au niveau de la parentalité, qui est être père et mère. Les implications qui là arrivent imposent des changements à plus différents niveaux et exigent réponses variées de la part des personnes. En vérité, cet avis est aussi partagé par Relvas (2000) en affirmant que devenir mère/père est un événement qui mène à la modification de papiers, à la redéfinition des limites face à l'extérieur, notamment la famille d'origine et à la communauté. Avec cette étude, nous prétendons connaître l'adaptation des parents pendant le parcours de transition à la parentalité après la naissance de leur premier fils, en condition normale (après 6 semaines), sous la perspective de stresse parentale et l'influence de certaines variables. Dans ce contexte, nous développons une étude quantitative, près de couples qui pour la première fois étaient en vivant le rôle de mère et au père, afin de connaître leurs principales difficultés pendant la transition et adaptation à cette nouvelle tâche. Comme indicateur d'adaptation parentale nous avons utilisé l'Indice de Stresse Parental (ISP) – Domaine des parents, version portugaise pour 1 mois – 3 ans, du Parenting Stress Índex (PSI) d'Abidin. Cet instrument nous permet de déterminer les principaux de sources génératrices de stresse dans la relation parents-fils. Dans cette recherche descriptive-corrélationnelle que nous présentons ont été enquêtés 358 personnes, desquels 185 (51.68%) étaient des mères et 173 (48.32%) étaient des pères, enrôlées à la Maternidade de Bissaya Barreto du Centro Hospitalar de Coimbra, E.P.E., dans le période Septembre 2008 à Février 2009. Des résultats obtenus nous détachons que ISP – Domaine des parents, diffère en fonction du genre et en fonction de la fréquentation ou non du cours de préparation pour l'accouchement, en étant les différences statistiquement significatives. Néanmoins et pour xiv les restants variables en étude (âge, qualifications académiques, situation actuelle d'emploi, niveau socio-économique, planification de la grossesse, type d'accouchement et poids du nouveau-né) nous avons vérifié que malgré de différences statistiquement significatives n’ont pas être observées pour le total de stress, sont visibles dans quelques sub-échelles. Les résultats trouvés soutiennent la conception écologique du processus d'adaptation dans la transition pour la maternité/parentalité, où se distinguent la multiplicité et l'interaction entre les contextes d'influence dans l'intellection de ce processus.
Description: Dissertação de Mestrado em Ciências da Educação, área de Especialização em Educação e Desenvolvimento Social, apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/12692
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FPCEUC - Teses de Mestrado

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