Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/116642
Título: Interseção de Raça, Género e Classe – Uma análise das experiências de gravidez, parto e pós-parto das mães negras e afrodescendentes em Lisboa
Outros títulos: Intersection of Race, Gender and Class - An analysis of the pregnancy, childbirth and postpartum experiences of Black and Afro-descendant mothers in Lisbon
Autor: Brito, Laura Elisabete Figueiredo
Orientador: Nunes, João Carlos Freitas Arriscado
Noronha, Maria Susana Pinto Figueiredo de
Palavras-chave: Interseccionalidade; Racismo obstétrico; Saúde reprodutiva; Violência obstétrica; Intersectionality; Obstetric racism; Obstetric violence; Reproductive health; -; -
Data: 22-Jul-2024
Projeto: info:eu-repo/grantAgreement/FCT//SFRH/BD/144322/2019/PT
Título da revista, periódico, livro ou evento: Interseção de Raça, Género e Classe – Uma análise das experiências de gravidez, parto e pós-parto das mães negras e afrodescendentes em Lisboa
Local de edição ou do evento: FEUC - Faculdade de Economia e Centro de Estudos Sociais
Resumo: The present doctoral thesis investigated the experiences of pregnancy, childbirth and postpartum among Black and Afro-descendant women in Lisbon. The object of study focused on the experiences of Black and Afro-descendant women, considering intersectionality as the framework of analysis. Understanding motherhood from an intersectional perspective allowed for an examination of how multiple identities, including race and gender, influence women’s experiences throughout pregnancy, childbirth, and postpartum. Methodologically, self-administered questionnaires were employed, yielding 119 valid responses. Additionally, 17 in-depth interviews were conducted. Associative work within the context of the struggle for reproductive justice was also ethnographically addressed as an integral part of the research. The results of the thesis unveiled a complex and multifaceted reality. Black and Afro-descendant women in Lisbon, despite having access to healthcare during pregnancy, often face racial and gender microaggressions along their maternal journey. Even when basic healthcare laws guarantee adequate care, the relationship with healthcare teams is often marked by discrimination and stereotypes, creating moments of tension related to racial discrimination. The study emphasised the need to delve deeper into the scars left by colonialism and structural racism that permeate the healthcare structure in Portugal. These barriers prevent black and Afro-descendant women from fully experiencing motherhood, depriving them of an experience free from racial and gender-based violence. In conclusion, the importance of an intersectional approach in analysing the maternity experiences of women belonging to ethnic minorities is emphasized. Furthermore, there is an urgent need for measures aimed at eliminating racial and gender discrimination in healthcare systems to ensure that all women, regardless of their ethnic background, can experience safe and respectful motherhood.
A presente tese de doutoramento investigou as experiências de gravidez, parto e pós-parto de mulheres negras e afrodescendentes em Lisboa. O objeto de estudo concentrou-se nas experiências de mulheres negras e afrodescendentes, considerando a interseccionalidade como forma de análise. Compreender a maternidade sob uma perspetiva interseccional permitiu examinar como as identidades múltiplas, incluindo raça, género e classe, influenciam as experiências das mulheres ao longo do ciclo de gravidez, parto e pós-parto. Em termos metodológicos, foram aplicados questionários de autopreenchimento, tendo sido recolhidas 119 respostas válidas. Além disso, foram conduzidas 17 entrevistas aprofundadas. O trabalho associativo no contexto da luta por justiça reprodutiva também foi abordado etnograficamente, como parte integrante da investigação. Os resultados da tese revelaram uma realidade complexa e multifacetada. As mulheres negras e afrodescendentes em Lisboa, apesar de terem acesso aos cuidados de saúde durante a gravidez, enfrentam frequentemente microagressões raciais e de género ao longo da sua jornada de gestação. Mesmo quando as leis de base da saúde garantem atendimento adequado, a relação com as equipas de saúde muitas vezes é marcada por discriminação e estereótipos, criando momentos de tensão. O estudo enfatizou a necessidade de abordar de forma mais profunda as cicatrizes deixadas pelo colonialismo e pelo racismo estrutural que permeiam as estruturas de saúde em Portugal. Essas barreiras impedem que as mulheres negras e afrodescendentes vivenciem plenamente a maternidade, privando-as de uma experiência livre de violência racial e de género. Como conclusão, destaca-se a importância de uma abordagem interseccional na análise das experiências de maternidade de mulheres pertencentes a minorias étnicas. Além disso, salienta-se a necessidade urgente de medidas que visem eliminar a discriminação racial e de género nos sistemas de saúde, a fim de garantir que todas as mulheres, independentemente da sua origem étnica, possam experienciar uma maternidade segura e respeitosa.
Descrição: Tese de Doutoramento em Pós-Colonialismos e Cidadania Global apresentada à Faculdade de Economia
URI: https://hdl.handle.net/10316/116642
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:UC - Teses de Doutoramento

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