Activity pattern and niche overlap of mesocarnivores in Central Portugal: a focus on red fox

Abstract

Abstract:The ecological roles and interactions of mesocarnivores, particularly the red fox (Vulpes vulpes), are crucial for understanding community structure and ecosystem function, especially in human-impacted landscapes. This study investigates the diel activity patterns and spatial niche overlap of red foxes and other mesocarnivores; Eurasian badger (Meles meles) and beech marten (Martes foina) in Central Portugal. Using camera trapping methods across four diverse study sites, we documented the nocturnal tendencies of these mesocarnivores and the interactions of red foxes with two primary prey species, the European rabbit (Oryctolagus cuniculus) and Iberian hare (Lepus granatensis). Our findings show that while mesocarnivores predominantly exhibit nocturnal activity, there is significant spatial overlap among species, suggesting that they employ fine-scale spatial avoidance to mitigate competition for resources. The red fox, in particular, demonstrates remarkable behavioral flexibility, adjusting its activity patterns to coincide with peaks in lagomorph activity, thereby enhancing its foraging efficiency. Conversely, the presence of red foxes prompts lagomorphs to modify their behavior to reduce predation risk, highlighting the dynamic and reciprocal nature of predator-prey relationships. Furthermore, the study reveals that the presence of lagomorphs and the quality of habitat, as indicated by the Normalized Difference Vegetation Index (NDVI), significantly influence the likelihood of red fox occurrence. This indicates that the distribution of red foxes is closely tied to the availability of key prey species and the overall quality of their environment. This research enhances our understanding of the complex dynamics that enable mesocarnivore communities to coexist. It also underscores the mechanisms of predator-prey interactions and species plasticity, which are vital for conservation strategies at both habitat and species levels.

Resumo: Os papéis ecológicos e as interações dos mesocarnívoros, particularmente da raposa-vermelha (Vulpes vulpes), são cruciais para compreender a estrutura da comunidade e a função do ecossistema, especialmente em paisagens impactadas pelo homem. Este estudo investiga os padrões de atividade diel e a sobreposição de nicho espacial das raposas-vermelhas e outros mesocarnívoros; texugo-europeu (Meles meles) e fuinha (Martes foina) na região central de Portugal. Utilizando métodos de armadilhagem fotográfica em quatro locais de estudo diversos, documentámos as tendências noturnas desses mesocarnívoros e as interações das raposas-vermelhas com duas espécies de presas principais, o coelho-europeu (Oryctolagus cuniculus) e a lebre-ibérica (Lepus granatensis). Nossos achados mostram que, embora os mesocarnívoros apresentem predominantemente atividade noturna, há uma sobreposição espacial significativa entre as espécies, sugerindo que elas empregam uma evasão espacial em escala fina para mitigar a competição por recursos. A raposa-vermelha, em particular, demonstra uma flexibilidade comportamental notável, ajustando seus padrões de atividade para coincidir com os picos de atividade dos lagomorfos, aumentando assim sua eficiência de forrageamento. Por outro lado, a presença de raposas-vermelhas leva os lagomorfos a modificar seu comportamento para reduzir o risco de predação, destacando a natureza dinâmica e recíproca das relações predador-presa. Além disso, o estudo revela que a presença de lagomorfos e a qualidade do habitat, conforme indicado pelo Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), influenciam significativamente a probabilidade de ocorrência de raposas-vermelhas. Isso indica que a distribuição das raposas-vermelhas está intimamente ligada à disponibilidade das espécies de presas-chave e à qualidade geral do seu ambiente. Esta pesquisa aprimora nossa compreensão das dinâmicas complexas que permitem a coexistência das comunidades de mesocarnívoros. Também ressalta os mecanismos das interações predador-presa e da plasticidade das espécies, que são vitais para as estratégias de conservação tanto a nível de habitat quanto de espécies.