Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/116148
Título: Mental Health and Well-Being in People with Minoritized Sexual Identities: Assessment, Processes, and an Innovative Contextual Intervention (Free2Be)
Outros títulos: Saúde Mental e Bem Estar em Pessoas com Identidades Sexuais Minorizadas: Avaliação, Processos, e uma Intervenção Contextual Inovadora (Free2Be)
Autor: Ferreira, Daniel Seabra
Orientador: Gato, Jorge Júlio de Carvalho Valadas
Salvador, Maria do Céu Teixeira
Petrocchi, Nicola
Palavras-chave: atenção-plena/aceitação/autocompaixão; discriminação/estigma; identidades sexuais minorizadas; intervenção afirmativa; vergonha/autocriticismo; affirmative intervention; discrimination/stigma; mindfulness/acceptance/self-compassion; minoritized sexual identities; shame/self-criticism
Data: 3-Jul-2024
Projeto: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/POR_CENTRO/SFRH/BD/143437/2019/PT
Título da revista, periódico, livro ou evento: Mental Health and Well-Being in People with Minoritized Sexual Identities: Assessment, Processes, and an Innovative Contextual Intervention (Free2Be)
Local de edição ou do evento: FPCEUC
Resumo: People with minoritized sexual identities are those who self-identify with a sexual orientation different from heterosexual. These individuals present worse indicators regarding their mental health and well-being, compared to their heterosexual counterparts. The most consensual comprehensive models to explain this discrepancy are based on stigma and minority social status. In this regard, the additional stress processes they face, stemming from stigma against nonheterosexual sexual orientation (minority stress), constitute the most important factors in explaining disparities in their mental health. Recently, the evolutionary models and explanations (e.g.,the Three Emotion Regulation Systems Model) have stood out in understanding mental health of various clinical and non-clinical groups. However, in the case of people with minoritized sexual identities, this approach is still scarce. Furthermore, although the positive role of variables such as mindfulness, acceptance, and self-compassion has been highlighted among nonheterosexual individuals, longitudinal studies that evaluate these variables are scarce, and no interventions integrate these three constructs as main processes for to cope with minority stress among people with minoritized sexual identities. As a basic recourse to investigate these themes, it is also necessary that instruments assessing the specificities of this population are validated for Portuguese people with minoritized sexual identities. In this sense, the objectives of the different studies in this dissertation were: (1) to adapt and validate assessment instruments of specific processes related to sexual orientation for Portuguese people with minoritized sexual identities; (2) to explore and relate sociocultural variables (e.g., discrimination and stigma) and evolutionary/contextual variables (e.g., mindfulness, acceptance, and self-compassion) and test their association with psychopathology in people with minoritized sexual identities; and (3) to develop, and explore the acceptability, and effectiveness of an affirmative group intervention based on contextual processes for people with minoritized sexual identities (Free2Be). This dissertation includes seven studies with different designs, of which five are cross-sectional (two psychometric and three with predictive analyses) and two are longitudinal and quasi-experimental. The recruited individuals were mostly adult nonheterosexual individuals, but also individuals from the general community (regardless of their sexual orientation), and mental health experts, co-therapists, and directors from institutions. Assessment methods included self-report measures, clinical and assessment interviews, mostly in online format. Both quantitative and qualitative approaches were used. Psychometric studies revealed that both the Everyday Discrimination Scale in its different forms (scale for the general community considering any discrimination motive, specific form related to sexual orientation considering only homo/bi-phobic discrimination, and specific form to gender identity considering only transphobic discrimination) and the Stigma Consciousness Questionnaire are valid and reliable measures in the Portuguese population. Prediction studies revealed that: (1) internalized stigma did not present an indirect effect between discrimination and psychopathology, and that shame and self-criticism are the underlying processes in this relationship in people with minoritized sexual identities; (2) only compassionate actions (and not compassionate engagement) mediated the relationship between shame felt in traumatic experiences and psychopathology, and that social support from family and friends play different roles in this relationship in people with minoritized sexual identities with traumatic experiences of shame; and (3) compassionate actions had a protective effect on the relationship between internal shame felt in traumatic experiences of shame and psychopathology in people with minoritized sexual identities with traumatic experiences of shame specifically related to sexual orientation. Longitudinal studies revealed that the Free2Be is an intervention with acceptability and positive preliminary effectiveness results. Specifically, participants showed a significant and/or reliable decrease in psychopathology (stress, anxiety, social anxiety, and depression), internalized stigma, self-criticism, and fears of compassion at the end of the intervention. Additionally, they also showed a significant and/or reliable increase in mindfulness, acceptance, and self-compassion. Overall, these results were kept for three months.
Pessoas com identidades sexuais minorizadas são aquelas que se autoidentificam com uma orientação sexual diferente da heterossexual. Estes indivíduos apresentam piores indicadores no que diz respeito à sua saúde mental e bem-estar, comparativamente com os seus congéneres heterossexuais. Os modelos compreensivos mais consensuais para explicar esta discrepância baseiam-se no estigma e no estatuto social minorizado. Nesta medida, os processos de stress adicional que enfrentam, decorrentes do estigma contra as orientações sexuais não-heterossexuais (stress minoritário), constituem-se como os fatores mais importantes na explicação das disparidades ao nível da sua saúde mental. Recentemente, os modelos e explicações evolucionários (e.g., Modelo dos Três Sistemas de Regulação Emocional) têm-se destacado na compreensão da saúde mental de diversos grupos clínicos e não-clínicos. Contudo, no caso de pessoas com identidades sexuais minorizadas, esta abordagem é ainda escassa. Por outro lado, embora o papel positivo de variáveis como a atenção-plena, a aceitação e a autocompaixão tenha sido destacado junto de pessoas não-heterossexuais, são escassos os estudos que tenham avaliado estas variáveis longitudinalmente, não existindo intervenções que integrem estes três construtos enquanto principais processos para lidar com o stress minoritário junto de pessoas com identidades sexuais minorizadas. Como base para levar a cabo a investigação nesta área, é também necessário que os instrumentos que avaliem as especificidades desta população estejam validados para pessoas com identidades sexuais minorizadas portuguesas. Nesse sentido, os objetivos dos diferentes estudos desta dissertação foram: (1) adaptar e validar instrumentos de avaliação de processos específicos relacionados com a orientação sexual para pessoas com identidades sexuais minorizadas portuguesas; (2) explorar e relacionar variáveis socioculturais (e.g. discriminação e estigma) e evolucionárias/contextuais (e.g., atenção-plena, aceitação e autocompaixão) e testar a sua associação com a psicopatologia de pessoas em identidades sexuais minorizadas; e (3) desenvolver e explorar a aceitabilidade e eficácia de uma intervenção grupal afirmativa baseada em processos contextuais para pessoas com identidades sexuais menorizadas (Free2Be). Métodos: Esta dissertação inclui sete estudos com diferentes desenhos, dos quais cinco são transversais (dois psicométricos e três com análises preditivas) e dois são longitudinais e quasi-experimentais. As pessoas recrutadas foram, na sua maioria, pessoas não-heterossexuais adultas, mas também pessoas da comunidade geral (independentemente da sua orientação sexual), especialistas em saúde mental, coterapeutas e diretores de instituições. Os métodos de avaliação incluíram medidas de autorrelato, entrevistas clínicas e de avaliação da intervenção, na sua maioria em formato online. Foram ainda utilizadas abordagem quantitativas e qualitativas. Os estudos psicométricos revelaram que tanto a Escala de Discriminação Quotidiana nas suas diferentes formas (escala para a comunidade geral considerando qualquer motivo de discriminação, forma específica relacionada com orientação sexual considerando apenas a discriminação homo/bi-fóbica e forma específica da identidade de género considerando apenas a discriminação transfóbica) como o Questionário de Consciência do Estigma são medidas válidas e fidedignas na população Portuguesa. Os estudos de predição relevaram que: (1) o estigma internalizado não apresentou um efeito indireto entre a discriminação e a psicopatologia e que a vergonha e o autocriticismo são os processos subjacentes a essa relação em pessoas com identidades sexuais minorizadas; (2) apenas as ações compassivas (e não a sensibilidade compassiva) mediaram a relação entre a vergonha sentida em experiências traumáticas e a psicopatologia, e que o suporte social da família e das amizades têm papeis diferentes nessa relação em pessoas com identidades sexuais minorizadas com experiências traumáticas de vergonha; e (3) as ações compassivas tiveram um papel protetor na relação entre vergonha interna sentida em experiências traumáticas de vergonha e a psicopatologia em pessoas com identidades sexuais minorizadas com experiências traumáticas de vergonha especificamente relacionadas com a orientação sexual. Os estudos longitudinais revelaram que o Free2Be é uma intervenção com aceitabilidade e com resultados positivos ao nível da efetividade preliminar. Mais especificamente, as pessoas participantes revelaram uma diminuição significativa e/ou fidedigna da psicopatologia (stress, ansiedade, ansiedade social e depressão), estigma internalizado, autocriticismo e medos da compaixão no final da intervenção. Adicionalmente, também revelaram um aumento significativo e/ou fidedigno da atenção-plena, aceitação e autocompaixão. De forma geral, estes resultados mantiveram-se por três meses.
Descrição: Tese de Doutoramento em Psicologia apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
URI: https://hdl.handle.net/10316/116148
Direitos: embargoedAccess
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