Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/116122
Title: Be a Mom Coping with Depression: Development, feasibility and preliminary effectiveness of a blended intervention for postpartum depression in Portuguese women
Other Titles: Be a Mom Coping with Depression: Desenvolvimento, viabilidade e eficácia preliminar de uma intervenção combinada para a depressão pós-parto em mulheres portuguesas
Authors: Branquinho, Mariana Cova Jorge
Orientador: Fonseca, Ana Dias
Canavarro, Maria Cristina Cruz Sousa Portocarrero
Keywords: Heterogeneity of symptoms; Cognitive-behavioral therapy; Postpartum depression; Blended intervention; Feasibility; Depressão pós-parto; Heterogeneidade de sintomas; Terapia cognitivo-comportamental; Intervenção combinada; Viabilidade
Issue Date: 22-Jul-2024
Project: info:eu-repo/grantAgreement/FCT//SFRH/BD/145563/2019/PT
metadata.degois.publication.title: Be a Mom Coping with Depression: Development, feasibility and preliminary effectiveness of a blended intervention for postpartum depression in Portuguese women
metadata.degois.publication.location: FPCEUC
Abstract: Background Postpartum depression (PPD) is a prevalent condition that negatively impacts not only the woman but also the infant, the family environment and the society. Additionally, women face several structural, attitudinal and knowledge-related barriers that hinder their access to adequate treatment. Thus, it is paramount to make available evidence-based interventions for PPD using delivery formats that can facilitate the help-seeking process. Blended interventions combine face-to-face treatment with e-health tools, benefiting from the advantages of both components. Thus, a blended intervention for PPD can increase treatment’s flexibility and accessibility, as women could access contents and practice therapeutic strategies autonomously. On the other hand, a psychologist can provide individual support and tailored feedback, adapting the intervention to women’s needs. The literature on blended treatment is still scarce, and this intervention format has not been investigated for PPD. Thus, the main objectives of this research project were: 1) to understand postpartum women’s emotional experience associated with depressive symptoms and their attitudes towards blended interventions; and 2) to develop and evaluate a blended intervention for the treatment of PPD – Be a Mom Coping with Depression. Methods This research work comprised two phases and included five empirical studies. In Phase I, a cross sectional study was conducted to understand the heterogeneity of PPD characteristics and to explore acceptability and preferences concerning blended psychological interventions, among a sample of postpartum women presenting clinically relevant depressive symptoms (487 and 235 participants, respectively). In Phase II, all studies followed a longitudinal design and aimed to evaluate Be a Mom Coping with Depression, consisting of: 1) a case study to describe the application of the blended intervention; 2) a study to assess the feasibility and acceptability of the blended intervention, in a sample of 9 women; and 3) a pilot randomized controlled trial to evaluate the acceptability and preliminary effectiveness of the intervention. In this study, a total of 34 women with clinically relevant depressive symptoms were randomly assigned to the blended intervention (n=17) or the control condition, a therapist guided web-based intervention (n=17), and completed baseline, post-intervention and 3-month follow-up assessments. Participants completed self-report questionnaires to assess individual outcomes (e.g., depressive symptoms), relationship outcomes (marital satisfaction), psychological processes (e.g., self-compassion) and intervention’s related information (e.g., e-health literacy). Results In Phase I, the confirmatory factor analysis revealed a three‐factor structure of the Portuguese version of the Edinburgh Postnatal Depression Scale: depression, anxiety, and anhedonia. Based on these dimensions, three profiles of women presenting PPD symptoms were identified and labeled as mild anxious‐depressive symptoms, moderate anxious‐depressive symptoms, and severe PPD symptoms. Additionally, the results revealed that participants considered a blended intervention for PPD useful, advantageous and would be available to use it. Women who were married or in a relationship, employed, with younger babies or with less severe depressive symptoms had a higher likelihood of perceiving a blended intervention as useful. Higher educational levels increased the likelihood of being available to receive a blended treatment. The findings also provided insight about women’s preferences for blended treatment. Overall, the results of Phase II supported the feasibility, acceptability, usability and potential effectiveness of Be a Mom Coping with Depression. The description of the case study highlighted the clinical improvements and the perceived advantages of the intervention. The results suggested high adherence and completion rates, and the blended intervention was found to be feasible and acceptable. The findings of the pilot study showed a significant reduction in depressive symptoms and improvements in secondary outcomes (anxiety, negative thoughts, self-efficacy, emotion regulation, self-compassion and psychological flexibility) from baseline to post-intervention in both interventions (blended intervention and guided web-based intervention), but no time x group interaction effects were found. Conclusions The findings emphasize the importance of understanding PPD as a heterogeneous condition and the need to effectively detecting it through more tailored screening approaches. This research work has encouraged further evaluation of Be a Mom Coping with Depression and provided an opportunity to reflect on the potential of e-health tools in the treatment for PPD, particularly in the challenging context of postpartum women’s access to mental health services.
Introdução A depressão pós-parto (DPP) é uma condição prevalente que impacta negativamente não só a mulher, mas também o bebé, a família e a sociedade. Além disso, as mães enfrentam barreiras estruturais, atitudinais e associadas ao conhecimento que dificultam o acesso a tratamento adequado. Assim, é essencial disponibilizar intervenções baseadas em evidência para a DPP em formatos que facilitem a procura de ajuda. As intervenções combinadas integram o tratamento presencial com ferramentas e-health, beneficiando das vantagens de ambos. Uma intervenção combinada para a DPP pode aumentar a flexibilidade e acessibilidade do tratamento, pois as mães poderiam aceder a conteúdos e praticar estratégias terapêuticas autonomamente. Por sua vez, um psicólogo pode dar apoio individual e feedback personalizado, adaptando a intervenção às necessidades das mulheres. A literatura sobre o tratamento combinado é reduzida e este formato de intervenção não foi investigado para a DPP. Os principais objetivos deste projeto de investigação foram: 1) compreender a experiência emocional das mulheres no período pós-parto associada aos sintomas depressivos e as atitudes em relação às intervenções combinadas; e 2) desenvolver e avaliar uma intervenção combinada para o tratamento da DPP – Be a Mom Coping with Depression. Metodologia Este projeto compreendeu duas fases e incluiu cinco estudos. Na Fase I, foi realizado um estudo transversal para compreender a heterogeneidade de características da DPP e explorar a aceitabilidade e preferências quanto a intervenções psicológicas combinadas, numa amostra de mulheres no período pós-parto que apresentavam sintomas depressivos clinicamente relevantes (487 e 235 participantes, respetivamente). Na Fase II, os estudos seguiram um desenho longitudinal e pretenderam avaliar o Be a Mom Coping with Depression, consistindo em: 1) um estudo de caso para descrever a aplicação da intervenção combinada; 2) um estudo para avaliar a viabilidade e aceitabilidade da intervenção, numa amostra de 9 mulheres; e 3) um ensaio clínico aleatorizado piloto para avaliar a aceitabilidade e a eficácia preliminar da intervenção. Neste estudo, um total de 34 mulheres com sintomas depressivos clinicamente relevantes foram aleatoriamente alocadas à intervenção combinada (n=17) ou à condição de controlo, uma intervenção online guiada por um terapeuta (n=17), e completaram um protocolo de avaliação nos momentos pré-intervenção, pós-intervenção e 3 meses após o pós-intervenção. As participantes preencheram questionários de autorresposta para avaliar dados individuais (e.g., sintomas depressivos), relacionais (satisfação conjugal), processos psicológicos (e.g., autocompaixão) e dados relacionados com a intervenção (e.g., literacia em e-health). Resultados Na Fase I, a análise fatorial confirmatória revelou uma estrutura de três fatores na versão portuguesa da Escala de Depressão Pós-Parto de Edinburgh: depressão, ansiedade e anedonia. Com base nas dimensões, foram identificados e designados três perfis de mulheres com sintomas de DPP como sintomas leves de ansiedade-depressão, sintomas moderados de ansiedade-depressão e sintomas severos de DPP. Adicionalmente, as participantes consideraram uma intervenção combinada para a DPP como útil, vantajosa e estariam dispostas a utilizá-la. Mulheres casadas ou numa relação, empregadas, com bebés mais novos ou com sintomas depressivos menos severos tinham uma maior probabilidade de considerar uma intervenção combinada como útil. Níveis mais elevados de educação aumentaram a probabilidade de estar disponível para receber um tratamento combinado. Os resultados informaram ainda sobre as preferências para a intervenção combinada. No geral, os resultados da Fase II apoiaram a viabilidade, aceitabilidade, usabilidade e potencial eficácia do Be a Mom Coping with Depression. A descrição do estudo de caso evidenciou as melhorias clínicas e as vantagens percebidas da intervenção. Os resultados sugeriram taxas de adesão e de conclusão elevadas, e a intervenção combinada mostrou ser viável e aceitável. Os resultados do estudo piloto mostraram uma redução significativa nos sintomas depressivos e melhorias nos resultados secundários (ansiedade, pensamentos negativos, autoeficácia, regulação emocional, autocompaixão e flexibilidade psicológica) desde o momento pré-intervenção até ao momento pós-intervenção, em ambas as intervenções (intervenção combinada e intervenção online guiada), mas não foram encontrados efeitos de interação tempo x grupo. Conclusões Os resultados realçam a importância de compreender a DPP como uma condição diversa e de a detetar eficazmente através de abordagens ao screening mais personalizadas. Este projeto de investigação incentivou a avaliação futura do Be a Mom Coping with Depression e a reflexão sobre o potencial das ferramentas e-health no tratamento da DPP, especialmente no contexto desafiante de acesso das mulheres no período pós-parto aos serviços de saúde mental.
Description: Tese de Doutoramento em Psicologia apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
URI: https://hdl.handle.net/10316/116122
Rights: openAccess
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