A Influência da Adenomiose no Sucesso da Implantação Embrionária

Abstract

Adenomyosis is a benign, not completely understood uterine pathology, most prevalent between 40-50 years of age. It is an estrogen-dependent chronic inflammatory disease characterized by diffuse invasion of the myometrium by ectopic endometrial gland and stroma. It is a disease with significant clinical variability, as it may present no symptoms or be associated with a huge impact on patients’ lives, since it is the cause of dysmenorrhea and pelvic pain.Nowadays, there are several imaging tests available, such as ultrasound and magnetic resonance imaging, that help to support the diagnosis of this pathology, which was only achieved by histology, through hysterectomy up until recently.This pathology has a negative impact on fertility and there are several factors that may be associated with this complication, from structural to functional changes in the uterus. Therefore, it is important to highlight the embryo quality and the endometrium receptivity as preponderant factors. Anomalies in these two components are related to difficulties in embryo implantation.For this reason, it is extremely important to find treatments that can reduce symptoms of this pathology and reestablish fertility in women who have not completed their reproductive project. When pharmacological and surgical treatments are unable to generate a new pregnancy, assisted reproductive technology techniques can be used to improve those results.However, in adenomyosis there is still a shortage of investigation, so it would be interesting to dig deeper into its physiopathology and associated consequences on fertility, in order to improve life quality in affected women and overcome complications such as infertility.The aim of this works is to analyze the impact of adenomyosis on embryo implantation, taking in consideration the clinical symptoms, the mechanisms related to this pathology andtreatment options, with the goal to improve reproductive success rates.

A adenomiose é uma patologia uterina benigna, mal esclarecida, prevalente entre os 40 e os 50 anos. Consiste numa doença inflamatória crónica dependente de estrogénios, caracterizada pela invasão difusa do miométrio por glândulas endometriais ectópicas e estroma. É uma doença com grande variabilidade clínica, dado que podem não existir sintomas ou estar associada a enorme impacto na vida das doentes, por ser a causa de dor pélvica e hemorragia uterina anormal.Atualmente, estão disponíveis diversos exames de imagem, tais como a ecografia e a ressonância magnética, que ajudam a suportar o diagnóstico desta patologia, que até recentemente só era conseguido por histologia, através da realização da histerectomia.Esta é uma patologia com impacto negativo na fertilidade, sendo diversos os fatores que podem estar associados a esta complicação, desde alterações estruturais a funcionais do útero. Assim sendo, é importante destacar a qualidade do embrião e a recetividade do endométrio, como fatores preponderantes. Anomalias nestes dois componentes relacionam se com dificuldades de implantação.Assim, é de extrema importância estabelecer tratamentos capazes de reduzir a sintomatologia desta patologia e de restabelecer a fertilidade, em mulheres que ainda não terminaram o seu projeto reprodutivo. Quando os tratamentos farmacológicos e cirúrgicos não são capazes de contribuir para o estabelecimento de uma nova gestação, podem ser utilizadas técnicas de procriação medicamente assistida, de forma a melhorar os resultados. Contudo, a adenomiose ainda é uma patologia pouco investigada, pelo que teria interesse aprofundar os estudos sobre a sua fisiopatologia e as consequências desta na fertilidade, de forma a poder melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas e contornar complicações como a infertilidade.Este trabalho tem como objetivo a análise do impacto da adenomiose na implantação embrionária, tendo em conta a clínica e os mecanismos subjacentes a esta patologia e as opções de tratamento, com o intuito de melhorar as taxas de sucesso reprodutivo.