Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/116003
Title: Estigma associado à doença mental: identificação de correlatos psicossociais numa amostra da comunidade
Other Titles: Stigma associated with mental illness: identifying psychosocial correlates in a community sample
Authors: Santos, Bárbara Alice Pereira dos
Orientador: Santos, António João Ferreira de Macedo e
Cabaços, Carolina Sampaio Meda
Keywords: stigma; mental illness; empathy; altruism; estigma; doença mental; empatia; altruísmo
Issue Date: 4-Mar-2024
Serial title, monograph or event: Estigma associado à doença mental: identificação de correlatos psicossociais numa amostra da comunidade
Place of publication or event: Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Portugal
Abstract: Introduction: Stigma is any attribute that reduces someone "in our minds from a normal, complete person to one who is reduced, contaminated". Individuals suffering from mental illness belong to one of the most socially stigmatized groups. Until now, little has been known about the nature of negative attitudes towards people with mental illness, which has been reflected in ineffective interventions aimed at this problem.Objective: To explore the relationship between sociodemographic and psychological variables and stigma associated with mental illness (MIRS).Material and Methods: This was an observational, cross-sectional study involving 193 individuals (74.1% female; mean age 45.69 years), recruited from the community via social networks, who completed a set of self-report questionnaires that included: questions related to knowledge and familiarity with mental illness; clinical vignettes of mental illness; and the following instruments, validated for the Portuguese population: Community Attitudes Toward the Mentally Ill Scale (CAMI) and the Toronto and Coimbra Pro-Social Behavior Scale (QET-PRO). Parametric tests were used to compare mean scores between groups and for correlation and linear regression analyses.Results: The majority (82.4%; n=159) of participants reported knowing someone with a mental illness; of whom 69.8% rated contact with that person as pleasant. The majority of participants considered their knowledge of mental health to be good or reasonable. Objective knowledge was assessed through clinical vignettes and most participants correctly identified 3 out of 4 vignettes representing different mental illnesses. Levels of MIRS were significantly different between participants who reported knowing vs not knowing someone with a mental illness and differed between participants who rated it as pleasant vs unpleasant or neutral. Stigma also differed according to levels of knowledge, objective and subjectively perceived. Contact (r=-.38), perceived (r=-.27) and objective (r=-.37) knowledge, altruism (r=-.42) and empathy (r=-.48) correlated significantly with stigma (all with p<.01) and, when introduced as independent variables in the same linear regression model, were significant predictors of MIRS, together explaining 41.60% of its variance.Conclusion: The results suggest that contact, knowledge about mental health, altruism and empathy are significant predictors of MIRS, paving the way for intervention strategies aimed at reducing the levels of MIRS in the general population and its impact on the lives of those suffering from mental illness.
Introdução: O estigma é qualquer atributo que reduz alguém “nas nossas mentes de uma pessoa normal e completa para outra que está reduzida, contaminada”. Indivíduos que sofrem de doença mental pertencem a um dos grupos mais estigmatizados socialmente. Até agora, pouco se sabe acerca da natureza das atitudes negativas dirigidas a pessoas com doença mental, o que se tem refletido em intervenções pouco eficazes dirigidas a esse problema.Objetivo: Explorar a relação entre variáveis sociodemográficas e psicológicas e estigma associado à doença mental (EADM).Material e Métodos: Estudo observacional e transversal, no qual participaram 193 indivíduos (74.1% do sexo feminino; idade média de 45.69 anos), recrutados da comunidade através das redes sociais, que preencheram um conjunto de questionários de autorrelato que incluía: questões relacionadas com conhecimento e familiaridade com doença mental; vinhetas clínicas de doença mental; e os seguintes instrumentos, validados para a população portuguesa: Community Attitudes Toward the Mentally Ill Scale (CAMI) e Escala de Comportamento Pró-Social de Toronto e Coimbra (QET-PRO). Foram utilizados testes paramétricos para comparação de pontuações médias entre grupos e para análises de correlação e regressão linear. Resultados: A maioria (82.4%; n=159) dos participantes referiu conhecer alguém com doença mental; desses, 69.8% classificaram o contacto com essa pessoa como agradável. A maioria dos participantes considerou o seu conhecimento sobre saúde mental bom ou razoável. O conhecimento objetivo foi avaliado através de vinhetas clínicas e a maioria dos participantes identificou corretamente 3 em 4 vinhetas representando diferentes doenças mentais. Os níveis de EADM foram significativamente diferentes entre os participantes que referiram conhecer vs não conhecer alguém com uma doença mental e diferiram entre os participantes que o classificaram como agradável vs desagradável ou neutro. O estigma diferiu ainda de acordo com os níveis de conhecimento, objetivo e subjetivamente percecionado. O contacto (r=-.38), o conhecimento percecionado (r=-.27) e objetivo (r=-.37), o altruísmo (r=-.42) e a empatia (r=-.48) correlacionaram-se significativamente com o estigma (todos com p<.01) e, quando introduzidos como variáveis independentes num mesmo modelo de regressão linear, foram preditores significativos do EADM, explicando, em conjunto, 41.60% da sua variância. Conclusão: Os resultados sugerem que o EADM tem como preditores significativos o contacto, o conhecimento sobre saúde mental, o altruísmo e a empatia; abrindo caminho para estratégias de intervenção que visem reduzir os níveis de EADM na população geral e o seu impacto na vida dos que sofrem de uma doença mental.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/116003
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Show full item record

Page view(s)

42
checked on Oct 16, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons