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https://hdl.handle.net/10316/115896
Title: | Insuficiência Ovárica Prematura e Doenças Autoimunes | Other Titles: | Premature Ovarian Insufficiency and Autoimmune diseases | Authors: | Neto, Ana Isabel Carneiro | Orientador: | Tavares, Catarina Maria Miranda da Silva | Keywords: | Premature Ovarian Insufficiency; Premature Ovarian Failure; Autoimmune Disease; Autoimmunity; Antibodies; Insuficiência ovárica prematura; Falência ovárica prematura; Doença autoimune; Autoimunidade; Anticorpos | Issue Date: | 13-Mar-2024 | Serial title, monograph or event: | Insuficiência Ovárica Prematura e Doenças Autoimunes | Place of publication or event: | FMUC | Abstract: | Premature Ovarian Insufficiency (POI) is defined as the loss of ovarian function in women under the age of 40 years. Autoimmunity accounts for 4-30% of POI cases. In this narrative review, we aim to gather the most recent literature concerning POI and autoimmune diseases, specifying the care, management, and specific treatments needed for these patients. A literature review was conducted using the PubMed/MEDLINE® database, identifying the best available evidence from January 2013 to December 2023 regarding the association between POI and autoimmune diseases. In most cases of POI, the etiology is unknown. However, in a significant percentage, there is an underlying autoimmune disease, with thyroid and adrenal gland diseases being the most common. The presence of autoantibodies against the ovary, lymphocytic oophoritis, and other autoimmune diseases support the existence of an autoimmune etiology. The diagnostic approach to this condition should include the search for anti-21-hydroxylase antibodies and anti-thyroid peroxidase antibodies, which are the most commonly present in these patients. Apart from hormonal therapy, the main treatment strategy for autoimmune causes involves treating and monitoring the underlying disease. Some authors suggest the use of immunomodulating therapy to recover ovarian function and preserve fertility in a selected group of women with autoimmune POI. However, in most cases, this treatment fails to reverse the course of the disease. Thus, to date, there are no specific therapies capable of reversing or slowing down the depletion of ovarian reserve in autoimmune POI. Several studies also demonstrate lower effectiveness of infertility treatments in women with autoimmune POI. New approaches, such as in vitro maturation of oocytes and the use of stem cells, have been studied as possible future treatments. However, additional research must be conducted so that new therapies can be implemented to improve the quality of life and reproductive potential of these women. A Insuficiência ovárica prematura (IOP) é definida como a perda de função ovárica em mulheres com menos de 40 anos. A autoimunidade é responsável por 4-30% dos casos de IOP. Nesta revisão narrativa, o nosso objetivo prende-se com a reunião da literatura mais recente sobre a relação da IOP com doenças autoimunes, especificando os cuidados, a orientação e os tratamentos específicos necessários nestas doentes. Uma revisão de literatura foi conduzida através da utilização da base de dados PubMed/MEDLINE®, identificando a melhor evidência disponível de janeiro de 2013 a dezembro de 2023 relativa à relação entre IOP e doenças autoimunes.Na maior parte dos casos de IOP, a etiologia é desconhecida. No entanto, numa percentagem significativa existe uma doença autoimune de base, sendo as mais comuns, as doenças da tiroide e da glândula adrenal. A presença de autoanticorpos contra o ovário, ooforite linfocítica e associação com outras doenças autoimunes corroboram a existência de uma etiologia autoimune. A abordagem diagnóstica desta patologia deve incluir a pesquisa de anticorpos anti-21-hidroxilase e anticorpos anti-peroxidase tiroideia, os mais comummente presentes nestas doentes. Além da terapêutica hormonal, a principal estratégia de tratamento das causas autoimunes passa por tratar e acompanhar a doença de base. Alguns autores sugerem a utilização de terapêutica imunomoduladora na recuperação da função ovárica e preservação da fertilidade num grupo selecionado de mulheres com IOP autoimune. No entanto, na maior parte dos casos, este tratamento falha na reversão do curso da doença. Assim, não existem até à data terapêuticas específicas capazes de reverter ou abrandar a depleção da reserva ovárica na etiologia autoimune de IOP. Vários estudos demonstram igualmente uma menor efetividade dos tratamentos da infertilidade em mulheres com IOP autoimune. Novas abordagens, como a maturação in vitro de ovócitos e a utilização de células estaminais, têm sido estudadas no sentido de constituírem possíveis tratamentos futuros. No entanto, investigação adicional deve ser realizada de modo a que novas terapêuticas possam ser implementadas para melhorar a qualidade de vida e o potencial reprodutivo destas mulheres. |
Description: | Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina | URI: | https://hdl.handle.net/10316/115896 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | UC - Dissertações de Mestrado |
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