Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/115839
Title: Estigma associado à doença mental em estudantes de Medicina
Other Titles: Stigma associated with mental illness in medical students
Authors: Rodrigues, Gonçalo dos Santos Duro Varela
Orientador: Pereira, Ana Telma Fernandes
Cabaços, Carolina Sampaio Meda
Keywords: stigma; mental illness; medical students; estigma; doença mental; estudantes de medicina
Issue Date: 13-Jun-2024
Serial title, monograph or event: Estigma associado à doença mental em estudantes de Medicina
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introduction: The stigma, an innate characteristic of human nature, represents a complex form of categorization that reduces a person to an impure version of themselves and manifests through prejudice, stereotype, and discrimination. This phenomenon particularly affects individuals with mental illness, resulting in reduced access to healthcare and consequent lower quality of life. Healthcare professionals also share this stigma, negatively impacting treatment, making it essential to reduce the stigma associated with mental illness to improve treatment and prognosis.Objective: Explore the levels of stigma and potential psychosocial and sociodemographic correlates among medical students at FMUC.Material and Methods: Observational and cross-sectional study involving 104 participants (77.9% female), of whom 61.5% are in the 6th year. Recruitment was done through social media, and participants completed a set of self-report questionnaires addressing issues related to proximity to mental illness, clinical vignettes of mental illness, and validated Portuguese versions of MICA-2 and QET-PRO instruments. Parametric tests were used to compare mean scores between groups and for correlation and linear regression analyses.Results: The majority (80.8%, n=84) of participants reported knowing someone with mental illness, of whom 58.7% (n=61) classified their contact with that person as pleasant. Most participants also reported having good or very good knowledge about mental illness. The objective aspect of this goal was assessed by the correct response to the pathology corresponding to the clinical vignettes, with all participants correctly identifying the pathologies. Levels of stigma associated with mental illness were statistically significant among female participants compared to male participants, those who reported having good mental health literacy compared to those who did not, and participants who demonstrated comfort with the various pathologies identified in the vignettes compared to those who would feel uncomfortable in contact with those individuals. Lastly, there was also a statistically significant inverse relationship between overall psychosocial factor scores and levels of stigma.Conclusion: This study did not conclude on changes in stigma levels among medical students at FMUC. However, it demonstrated that personal experience with mental illness can, to some extent, surpass theoretical and/or practical education in reducing associated stigma. Additional studies with larger samples and prospective analyses may eventually confirm a significant decrease in stigma over the course of medical education. Implementing anti-stigma programs earlier in academic training could be an effective strategy to reduce stigmatization and increase acceptance of new paradigms about psychiatric disorders, especially among medical trainees.
Introdução: O estigma, uma característica inata da natureza humana, representa uma forma complexa de categorização que reduz uma pessoa a uma versão impura de si mesma e que se manifesta através do preconceito, estereótipo e discriminação. Esse fenómeno afeta especialmente pessoas com doença mental, resultando num menor acesso aos cuidados de saúde e consequente redução da qualidade de vida. Os profissionais de saúde também partilham desse estigma, impactando negativamente o tratamento tornando essencial a redução do estigma associado à para melhorar o tratamento e prognóstico.Objetivo: Explorar os níveis de estigma e potenciais correlatos psicossociais e sociodemográficos nos estudantes de Medicina da FMUC.Material e Métodos: Estudo observacional e transversal com 104 participantes (77.9% do sexo feminino) dos quais 61.5% frequentam o 6º ano. Foram recrutados através das redes sociais e preencheram um conjunto de questionários de autorrelato que contemplavam questões relacionadas com proximidade com a doença mental; vinhetas clínicas de doença mental; e os instrumentos MICA-2 e QET-PRO validados para a população portuguesa. Utilizaram-se testes paramétricos para comparar pontuações médias entre grupos e para análises de correlação e regressão linear.Resultados: A maioria (80.8%, n=84) dos participantes afirmou conhecer alguém com doença mental das quais 58.7% (n=61) classificaram o contacto com essa pessoa como agradável. A maioria dos participantes afirmou também possuir um conhecimento sobre doença mental bom ou muito bom. A vertente objetiva deste objetivo foi avaliada através da resposta acertada à patologia correspondente às vinhetas clínicas com a totalidade dos participantes a identificar corretamente as patologias. Os níveis de EADM foram estatisticamente significativos nos participantes do sexo feminino vs. os do sexo masculino, nos que afirmaram possuir HPPLV vs. os que não possuíam, e ainda nos participantes que demonstraram conforto perante as diversas patologias identificadas nas vinhetas vs. os que se sentiriam desconfortáveis em contacto com essas pessoas. Por último também houve uma relação estatisticamente significativa de sentido inverso entre os valores globais dos fatores psicossociais e os níveis de estigma.Conclusão: O estudo não permitiu formar conclusões sobre as mudanças nos níveis de estigma entre estudantes de medicina na FMUC. No entanto, evidenciou que a experiência pessoal com doença mental pode superar, em certa medida, a educação teórica e/ou prática na redução do estigma associado. Estudos adicionais, com amostras maiores e análises prospetivas, podem eventualmente confirmar uma diminuição significativa do estigma ao longo do curso de Medicina. Implementar programas anti estigma mais cedo na formação acadêmica pode ser uma estratégia eficaz para reduzir a estigmatização e aumentar a aceitação de novos paradigmas sobre doenças psiquiátricas, especialmente entre os médicos em formação.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/115839
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

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