Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/115779
Title: Complicações durante a cirurgia do estribo
Other Titles: Complications during stapes surgery
Authors: Marques, Maria Duarte Reis de Pinho
Orientador: Carvalho, Ana Filipa Vaz
Miguéis, António Carlos Eva
Keywords: Stapedotomy; Stapedectomy; Stapes revision surgery; Otosclerosis; Estapedotomia; Estapedectomia; Revisão de cirurgia do estribo; Otosclerose
Issue Date: 29-May-2024
Serial title, monograph or event: Complicações durante a cirurgia do estribo
Place of publication or event: Coimbra
Abstract: Introduction: Otosclerosis is a disease of the temporal bone, whose etiology is still poorly understood. In its clinical form, it presents with variable symptoms such as hearing loss, tinnitus and vertigo. One of the treatments options is stapes surgery, which is traditionally safe and often successful, but intra and postoperative complications may occur. Revision surgery is indicated in for persistent or recurrent conductive hearing loss (HC) (air-bone gap >20dB) and/or recurrent vertigo episodes. When compared to the primary surgery, it has a lower success rate and a higher risk of complications.Materials and Methods: A retrospective study of seven patients undergoing revision stapedotomy by transcanal approach under microscope vision, with general anesthesia by endotracheal intubation, performed by the same surgeon, at a tertiary center between 2021-2023. Patients had a post otosclerosis primary surgery air-bone gap (GAO) >20 dB, confirmed by pure tone audiogram. Pre and postoperative (3 months after surgery) air and bone conduction thresholds were measured, as well as the resulting GAO. Intraoperative findings and postoperative complications were described. Success criteria were defined by achieving an GAO ≤20 dB and absence of postoperative complications.Results: Preoperatively, the mean GAO was 42.14 ± 6.47 dB, bone conduction thresholds were 21.43 ± 8.33 dB, and air conduction thresholds were 63.57 ± 12.16 dB. At postoperative audiometric evaluation, the mean GAO was 15.71±15.68, with no change in bone conduction thresholds and air conduction thresholds were 37.14 ± 13.59 dB. The mean resulting GAO gain was 26.42 ± 20.65 dB. The percentage of GAO≤20 dB was 71.4% (n=5), with 57.14% achieving GAO≤10 dB (n=4). 28.6% (n=2) showed no improvement in GAO, and 28.6% experienced vertigo at follow-up. No other postoperative complications were reported. Intraoperatively, necrosis/erosion of the long process of the incus (LPB) and/or piston displacement were observed in 42.86% (n=3); fibrosis/adhesions were detected in the remaining 57.14%.Discussion/Conclusion: Informed decision-making is crucial regarding who to reintervene. This study achieved similar success rates to those in the reviewed literature. However, higher rates of postoperative complications and lack of improvement were observed due to the small sample size. It is concluded that revision surgery performed by experienced surgeons is beneficial in selected cases.
Introdução: A otosclerose é uma doença do osso temporal, cuja etiologia é ainda pouco conhecida. Na sua forma clínica, apresenta sintomatologia variável como perda auditiva, zumbido e vertigem. Uma das opções terapêuticas é a cirurgia do estribo que é classicamente segura e, na maioria das vezes, bem-sucedida, mas poderão ocorrer complicações intra e pós-operatórias. A cirurgia de revisão está indicada nas hipoacusias de condução (HC) persistentes ou recorrentes (gap aéreo-ósseo >20dBs) e/ou presença de episódios de vertigem recorrentes. Quando comparada com a primeira cirurgia, tem uma menor taxa de sucesso e um risco mais elevado de complicações.Materiais e métodos: Estudo retrospetivo de sete doentes submetidos a revisão de estapedotomia por via do canal, sob visão microscópica, com anestesia geral por intubação endotraqueal, realizadas pelo mesmo cirurgião, num centro terciário entre 2021-2023. Os doentes apresentavam um gap aéreo-ósseo (GAO) pós cirurgia prévia de otosclerose >20 dBs, confirmados por audiograma tonal simples. Foram medidos os limiares pré e pós-operatórios (3 meses depois da cirurgia) de condução de via aérea (VA) e de via óssea (VO), bem como o GAO resultante. Foram descritos os achados intraoperatórios e as complicações pós-operatórias. Os critérios de sucesso foram definidos pela obtenção de um GAO≤20 dBs e pela ausência de complicações pós-operatórios.Resultados: No pré-operatório, o GAO médio foi de 42.14 ± 6.47 dBs, os limiares de VO foram de 21.43 ± 8.33 dBs e os limiares de VA de 63. 57 ± 12.16 dBs. Na avaliação audiométrica pós-operatória, o GAO médio foi de 15.71±15.68, não se observou modificação dos limiares de VO e os limiares de VA foram de 37.14 ± 13.59 dBs. O ganho médio do GAO resultante foi de 26.42 ± 20.65 dBs. A percentagem de GAO≤20 dBs foi de 71.4% (n=5), sendo que 57.14% apresentaram um GAO≤10 dBs (n=4). 28.6% (n=2) não obtiveram melhoria do GAO e 28.6% apresentaram vertigens no follow-up. Nenhum doente referiu outra complicação pós-operatória. Intraoperatoriamente, em 42.86% (n=3) observou-se necrose/erosão do longo processo da bigorna (LPB) e/ou deslocamento do piston; nos outros 57.14% foi detetada fibrose/adesões.Discussão/Conclusão: É importante realizar uma gestão informada sobre quem reintervencionar. Este estudo alcançou resultados de sucesso semelhantes aos da literatura revista. Contudo, obteve taxas de complicações e de não melhoria pós-operatórias mais elevadas devido à reduzida amostra. Conclui-se que a cirurgia de revisão feita por cirurgiões experientes é benéfica em casos selecionados.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/115779
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File SizeFormat
Trabalho final MIM Maria.pdf523.92 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s)

2
checked on Aug 14, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons