“CRIEI O HÁBITO DE GERALMENTE IGNORAR”: SEXISMO, ASSÉDIO E ABUSO SEXUAL EM ARQUEOLOGIA

Abstract

profissionalização da arqueologia portuguesa levou à necessidade de caracterização do sector. Seguindo es-tudos realizados noutros países, pretende-se: analisar comportamentos sexistas e de assédio/abuso sexual emArqueologia; compreender as consequências destas práticas a nível pessoal/profissional.Em 2021 o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia, elaborou um inquérito de modo a aferir práticas desexismo/assédio/abuso sexual em ambiente profissional/académico na arqueologia portuguesa. Os resultadossão preocupantes, denotando falta de consciencialização sobre o tema, ausência de códigos de conduta e ine-ficácia dos canais de denúncia. As vítimas têm dificuldade em prosseguir no trabalho em Arqueologia, vendoafetadas a sua saúde/vida pessoal. Pretendeu-se discutir as relações de poder baseadas no género e incentivar acriação de protocolos de prevenção, fundamentais para uma Arqueologia segura, justa e igualitária.

As Portuguese archaeology became more professional, the sector needed to be characterized. Based on interna-tional studies, the aim is to examine sexist behavior and incidents of sexual harassment/abuse within Archaeol-ogy and assess their impact on both personal/professional levels.A 2021 survey by the Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia assessed incidents of sexism/harassment/sexual abuse in Portuguese archaeology. The results are concerning, indicating a lack of knowledge about thetopic, the absence of ethical guidelines, and ineffective methods for reporting. Victims often struggle to pursuea career in archaeology due to the impact it can have on their health and personal life. The discussion aimed totackle gender-based power dynamics and establish prevention protocols for a fair and safe field of archaeology.