Do desempenho à ação profissional: sobre o rumo da formação contínua de professores em Portugal

Abstract

Este artigo incide no rumo que, em Portugal, tem sido conferido à formação contínua de professores. Na letra da lei, sobressai o desempenho docente como seu objeto privilegiado, opção compatível com princípios da reforma global da educação escolar, que o país tem acolhido. Realizado umlevantamento da oferta disponível, junto da principal entidade formadora, confirma-se isso mesmo. Questionando-se a prevalência do conceito de desempenho docente e das práticas de ensino que desencadeia, afirma-se a necessidade de fazer valer o conceito de ação docente como orientador da formação. De facto, a ação, por ser informada, crítica e deliberada, constitui a melhor expressão da autonomia profissional.

This article focuses on the direction that, in Portugal, has been given to the continuous teacher training. In the letter of the law, teaching performance stands out as its privileged object, an option compatible with the principles of the global reform of school education, which the country has welcomed. A survey of the available supply, with the main training entity, confirms this. Questioning the prevalence of the concept of teaching performance and the teaching practices it triggers, the need to assert the concept of teaching action to guide training is affirmed. In fact, action, being informed, critical and deliberate, is the best expression of professional autonomy.

Este artículo se centra en la orientación que, en Portugal, se ha dado a la formación continua del profesorado. En la letra de la ley destaca como objeto privilegiado el rendimiento escolar, opción compatible con los principios de la reforma global de la enseñanza escolar, que el país ha acogido favorablemente. Un estudio de la oferta disponible, con la principal entidad de formación, lo confirma. Al cuestionar la prevalencia del concepto de actuación docente y las prácticas pedagógicas que desencadena, se declara la necesidad de afirmar el concepto de acción docente para orientar la formación. De hecho, la acción, informada, crítica y deliberada, es la mejor expresión de la autonomía.