Economic crises and its impact on the suicide rate: The Case of Brazil Between 2004 and 2020.

Abstract

Esta pesquisa tem como objetivo estabelecer uma relação entre os impactos econômicos e financeiros sobre seus habitantes e a taxa de suicídio nos 27 estados do Brasil no período de 2004 a 2020. Além disso, busca analisar e discutir o impacto de fatores macroeconômicos relevantes dos agentes econômicos, como a taxa de inadimplência, taxa de desemprego e índice de Gini, entre outros. É crucial compreender a relação entre esses fatores e o verdadeiro impacto desse fenômeno na realidade brasileira. Para atingir esse objetivo, foi utilizado um modelo empírico com interação linear entre as mortes por suicídio e fatores sociais e econômicos, estimado por meio de painel de defasagem distribuída auto-regressiva (ARDL) com um estimador de efeito fixo dinâmico. A análise revela que crises econômicas, bem como fatores econômicos e sociais, afetam significativamente o número de suicídios nos estados do Brasil, tanto no longo prazo quanto no curto prazo. Além disso, os resultados indicam que tanto o PIB quanto a igualdade de renda são estatisticamente significativos na relação de longo prazo e ambos apresentam uma relação negativa com a variável dependente. No entanto, ao examinar a combinação do PIB com a igualdade de renda, ambos mostram uma relação positiva. Em outras palavras, maior renda e igualdade estão associadas a um aumento no número de suicídios. É importante conduzir estudos mais aprofundados sobre variáveis relacionadas à qualidade de vida dos indivíduos para melhor analisar esse fenômeno. Além disso, é essencial que o governo garanta investimentos no setor de saúde, especialmente na prevenção do suicídio durante períodos de crise econômica e instabilidade.

This research aims to establish a relationship between the economic and financial impacts on its inhabitants and the suicide rate in the 27 states of Brazil from 2004 to 2020. Additionally, it seeks to analyse and discuss the impact of relevant macroeconomic factors on economic agents, such as default rate, unemployment rate, and Gini index, among others. It is crucial to understand the connection between these factors and the true impact of this phenomenon on Brazilian reality. To achieve this goal, an empirical model with linear interaction between suicide deaths and social and economic factors was used, estimated through a panel of autoregressive distributed lag (ARDL) with a dynamic fixed-effects estimator. The analysis reveals that economic crises, as well as economic and social factors, significantly affect the number of suicides in the states of Brazil, both in the long term and in the short term. Furthermore, the results indicate that both GDP and income equality are statistically significant in the long-term relationship, and both show a negative relationship with the dependent variable. However, when examining the combination of GDP with income equality, both show a positive relationship. In other words, higher income and equality are associated with an increase in the number of suicides. It is important to conduct more in-depth studies on variables related to individuals' quality of life to better analyse this phenomenon. Additionally, it is essential for the government to ensure investments in the healthcare sector, particularly in suicide prevention during periods of economic crisis and instability.