Relatório de Estágio e Monografia Intitulada "Complicações Cardiovasculares na Doença Inflamatória Intestinal"

Abstract

A Doença Inflamatória Intestinal, que compreende a colite ulcerosa e a doença de Crohn, caracteriza-se por um estado de inflamação crónico que pode estar na origem de complicações cardiovasculares. A trombose venosa profunda, a embolia pulmonar, a fibrilhação auricular, o acidente vascular cerebral, a síndrome coronária aguda e o enfarte agudo do miocárdio, a insuficiência cardíaca e a isquémia mesentérica aguda são algumas das complicações que podem ocorrer. O risco do desenvolvimento destas resulta da conjugação de fatores tradicionais, idênticos aos da restante população, aliado a um estado de inflamação sistémica, hipercoagulabilidade sanguínea, alterações plaquetárias, disfunção endotelial e disbiose intestinal sendo que estas são características dos doentes com doença inflamatória intestinal. A prevenção deste tipo de complicações deve incluir uma escolha criteriosa da terapêutica utilizada para a doença inflamatória intestinal, monitorização de biomarcadores e, em casos justificáveis, implementação de terapêuticas profiláticas. Assim, a estratégia para minimizar o risco de complicações cardiovasculares em doentes com doença inflamatória intestinal implica a associação de medidas preventivas e o prolongamento das fases de remissão da doença. A Doença Inflamatória Intestinal, que compreende a colite ulcerosa e a doença de Crohn, caracteriza-se por um estado de inflamação crónico que pode estar na origem de complicações cardiovasculares. A trombose venosa profunda, a embolia pulmonar, a fibrilhação auricular, o acidente vascular cerebral, a síndrome coronária aguda e o enfarte agudo do miocárdio, a insuficiência cardíaca e a isquémia mesentérica aguda são algumas das complicações que podem ocorrer. O risco do desenvolvimento destas resulta da conjugação de fatores tradicionais, idênticos aos da restante população, aliado a um estado de inflamação sistémica, hipercoagulabilidade sanguínea, alterações plaquetárias, disfunção endotelial e disbiose intestinal sendo que estas são características dos doentes com doença inflamatória intestinal. A prevenção deste tipo de complicações deve incluir uma escolha criteriosa da terapêutica utilizada para a doença inflamatória intestinal, monitorização de biomarcadores e, em casos justificáveis, implementação de terapêuticas profiláticas. Assim, a estratégia para minimizar o risco de complicações cardiovasculares em doentes com doença inflamatória intestinal implica a associação de medidas preventivas e o prolongamento das fases de remissão da doença.

Inflammatory bowel disease, encompassing ulcerative colitis and Crohn’s disease, is characterized by a state of chronic inflammation, which can contribute to cardiovascular complications. Some of the potential complications include deep venous thrombosis, pulmonary embolism, atrial fibrillation, stroke, acute coronary syndrome, acute myocardial infarction and acute mesenteric ischemia. The risk of developing these results from the combination of traditional factors, identical to those of the remaining population, combined with a state of systemic inflammation, blood hypercoagulability, platelet modifications, endothelial dysfunction and intestinal dysbiosis, being these the characteristics of patients with inflammatory bowel disease. Prevention of this type of complication should include a careful choice of therapy used for inflammatory bowel disease, monitoring of biomarkers, and, in justifiable cases, implementation of prophylactic therapies. Thus, a strategy to minimize the risk of cardiovascular complications in patients with inflammatory bowel disease implies the association of preventive measures and the extension of the remission phases of the disease. Inflammatory bowel disease, encompassing ulcerative colitis and Crohn’s disease, is characterized by a state of chronic inflammation, which can contribute to cardiovascular complications. Some of the potential complications include deep venous thrombosis, pulmonary embolism, atrial fibrillation, stroke, acute coronary syndrome, acute myocardial infarction and acute mesenteric ischemia. The risk of developing these results from the combination of traditional factors, identical to those of the remaining population, combined with a state of systemic inflammation, blood hypercoagulability, platelet modifications, endothelial dysfunction and intestinal dysbiosis, being these the characteristics of patients with inflammatory bowel disease. Prevention of this type of complication should include a careful choice of therapy used for inflammatory bowel disease, monitoring of biomarkers, and, in justifiable cases, implementation of prophylactic therapies. Thus, a strategy to minimize the risk of cardiovascular complications in patients with inflammatory bowel disease implies the association of preventive measures and the extension of the remission phases of the disease.