Internship Report and Monograph entitled "The potential of exosomes as a new therapeutic strategy for glioblastoma"

Abstract

The present document is divided in two parts: one internship report and a monograph, entitled “The potential of exosomes as a new therapeutic strategy for glioblastoma”. The first document refers to my internship in Community Pharmacy, which took place at Farmácia Sitália, in Coimbra, and was supervised by Dra. Susana Sousa. My experience as an intern was described in detail in this report, through a SWOT analysis and five practical cases. Subsequently, it is possible to find my monograph entitled “The potential of exosomes as a new therapeutic strategy for glioblastoma”. Glioblastoma stands for the most common and aggressive type of brain tumour in adults. The initial symptoms are non-specific, making early diagnosis difficult and allowing tumour progression. It is extremely invasive, rapidly proliferating into other areas of the brain, which explains its short rate of survival. Little is known about its risk factors, and current therapy is still ineffective. Therefore, efforts are being made to develop novel and effective therapeutic approaches against this type of cancer. Exosomes are being explored as a promising strategy for conveying and delivering therapeutic cargo to glioblastoma cells, as they can fuse with their membrane and, consequently, serve as delivery systems in this context. Moreover, they have emerged as a superior alternative to liposomes considering their reduced toxicity and enhanced ability to attain higher concentrations in the bloodstream. Due to their nanoscale size, exosomes present the capacity to cross the blood-brain barrier, which constitutes a major hurdle to most chemotherapeutic drugs used against glioblastoma. They can subsequently inhibit oncogenes, activate tumour suppressor genes, induce immune responses, and control cell growth. However, despite representing a promising tool for the treatment of glioblastoma, further research and clinical studies are still required to overcome limitations regarding exosome biology, engineering, and clinical applications.

O presente documento está dividido em duas partes: um relatório de estágio e uma monografia intitulada “O potencial dos exossomas como uma nova estratégia terapêutica para o glioblastoma”. O primeiro documento é referente ao estágio em Farmácia Comunitária, que decorreu na Farmácia Sitália, em Coimbra, sob orientação da Dra. Susana Sousa. A minha experiência como estagiária está descrita em detalhe neste relatório, através de uma análise SWOT e de cinco casos práticos. Subsequentemente, é possível encontrar a minha monografia, intitulada “O potencial dos exossomas como uma nova estratégia terapêutica para o glioblastoma”. O glioblastoma representa o tipo mais comum e agressivo de tumor cerebral em adultos. Os sintomas iniciais são inespecíficos, tornando o diagnóstico precoce difícil e permitindo a progressão do tumor. É extremamente invasivo, proliferando rapidamente para outras áreas do cérebro, o que permite explicar a sua curta taxa de sobrevivência. Pouco se sabe acerca dos seus fatores de risco e a terapêutica atual ainda é ineficaz. Posto isto, são necessárias novas formas de tratamento e têm sido realizados diversos estudos com o intuito de desenvolver abordagens terapêuticas mais efetivas. Os exossomas estão a ser estudados como uma estratégia promissora para o transporte e entrega de carga terapêutica, devido à sua capacidade de fusão com a membrana das células do glioblastoma, funcionando como sistemas de entrega neste contexto. Além disso, surgiram como uma melhor alternativa aos lipossomas, atendendo à sua reduzida toxicidade e concentração sérica superior. Graças ao seu tamanho em nanoescala, os exossomas são capazes de atravessar a barreira hematoencefálica, ultrapassando o principal obstáculo para a maioria dos fármacos citostáticos utilizados. Subsequentemente, podem inibir oncogenes, ativar genes supressores tumorais, induzir respostas imunológicas e controlar o crescimento celular. Contudo, ainda que os exossomas constituam uma ferramenta promissora para o tratamento do glioblastoma, é necessária uma investigação mais aprofundada, com realização de mais ensaios clínicos, de modo a superar as limitações respeitantes à sua biologia, modificação/preparação e aplicação clínica.