Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/112358
Título: Contrariar o deserto historiográfico madeirense sobre a medicina e a saúde pública: análise crítica e caminhos possíveis".
Autor: Ferreira, Luís Timóteo
Palavras-chave: Arquipélago da Madeira; História; Historiografia; Medicina; Saúde Pública
Data: 2023
Título da revista, periódico, livro ou evento: Arquivo Histórico da Madeira Nova Série
Número: 5
Resumo: É por demais evidente a constatação de que há um quase deserto historiográfico madeirense sobre a medicina e a saúde pública, seja em termos absolutos, seja em termos comparativos com outros temas e campos da história do arquipélago. Procurar-se-á demonstrar esta situação com alguns dados quantitativos, procedendo a um levantamento exaustivo e a uma análise crítica e interpretativa da historiografia madeirense sobre o tema. Recusando qualquer tipo de polémica vã, parte-se do pressuposto que o que define a historiografia madeirense é a espacialidade insular dos objetos históricos presentes nos tradicionais ou nos renovados campos de investigação histórica. Medicina e saúde pública fazem parte de um campo hoje bastante amplo chamado ciências da saúde, ainda que ambos extravasem para campos das ciências sociais como a sociologia ou a antropologia da saúde, da doença e das profissões ligadas à saúde. A opção pela manutenção daquelas duas categorias não representa a exclusão de outras ciências, mas a admissão, sem dúvida questionável, de que aquelas categorias cobrem o essencial das ciências da saúde até, sensivelmente, o final do século XIX. Quanto à categoria medicina, entenda-se também inclusa a cirurgia, a farmácia e a enfermagem. Quanto à categoria saúde pública, convoca a possibilidade de identificar e traçar o desenvolvimento de saberes, de práticas, de tecnologias, de instituições e de políticas que se conjugaram ao longo do tempo. Refira-se ainda que as tradicionais histórias da medicina e da saúde pública têm sido enriquecidas nas últimas décadas com a constituição de novos objetos que deslocaram pontos de vista: a história das doenças, dos doentes, dos marginalizados e dos corpos. Por fim, a partir do levantamento quantitativo e da análise crítica e interpretativa da historiografia madeirense sobre a medicina e a saúde pública, bem como a partir da minha própria investigação em curso, procurar-se-á apontar caminhos possíveis de continuidade e renovação dos enfoques.
It is quite clear that there is an almost complete lack of Madeiran historiography on medicine and public health, whether in absolute terms or in comparative terms with other themes and fields of the archipelago’s history. I will, however, try to demonstrate this situation with some quantitative data, carrying out an exhaustive survey and a critical and interpretative analysis of the Madeiran historiography on the subject. Refusing any kind of vain polemics, we will start from the assumption that what defines Madeiran historiography is the insular spatiality of the historical objects present in the traditional or renewed fields of historical investigation. Medicine and public health are part of a nowadays quite broad field called health sciences, even if both flow into social science fields such as sociology or anthropology of health, disease, and health professions. The option to maintain those two categories does not represent the exclusion of other sciences, but the admission, undoubtedly questionable, that those categories cover the essential of health sciences until, roughly, the end of the 19th century. As for medicine, this category also includes surgery, pharmacy, and nursing. As for the category public health, it calls for the possibility of identifying and tracing the development of knowledge, practices, technologies, institutions, and policies that came together over time. It should also be noted that the traditional histories of medicine and public health have been enriched in recent decades with the constitution of new objects which have shifted points of view: the history of illnesses, of the sick, of the marginalised and of the bodies. Finally, based on a quantitative survey and a critical and interpretative analysis of the Madeiran historiography on medicine and public health, as well as based on my own ongoing research, I will seek to point out possible paths for continuity and renewal of approaches.
URI: https://hdl.handle.net/10316/112358
ISSN: 2184-5743
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:I&D CEIS20 - Artigos em Revistas Nacionais

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato
AHM_nova_serie_timoteo_ferreira_deserto_historiografico_final.pdf217.29 kBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página

21
Visto em 17/jul/2024

Downloads

17
Visto em 17/jul/2024

Google ScholarTM

Verificar


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons