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Title: O BEM-ESTAR DAS PESSOAS IDOSAS EM TEMPOS DE PANDEMIA: ESPAÇO RESIDENCIAL E MOBILIDADE EM QUATRO ÁREAS URBANAS EM PORTUGAL
Other Titles: THE WELL-BEING OF ELDERLY PEOPLE IN PANDEMIC TIMES: PUBLIC SPACE AND MOBILITY IN FOUR PORTUGUESE URBAN AREAS
Authors: Cunha, Francisco Santana
Orientador: Padeiro, Jorge Miguel Nunes
Keywords: Elderly Population; COVID-19 Pandemic; Public Space; Mobility; Active Aging; População Idosa; Pandemia Covid-19; Espaço Residencial; Mobilidade; Envelhecimento Ativo
Issue Date: 16-Oct-2023
Serial title, monograph or event: O BEM-ESTAR DAS PESSOAS IDOSAS EM TEMPOS DE PANDEMIA: ESPAÇO RESIDENCIAL E MOBILIDADE EM QUATRO ÁREAS URBANAS EM PORTUGAL
Place of publication or event: Faculdade Letras da Universidade de Coimbra
Abstract: O envelhecimento da população representa um dos principais fenómenos demográficos e sociais a nível mundial, sendo atualmente Portugal um dos países mais envelhecidos da Europa (183 idosos por cada 100 jovens). Por isso, dá-se cada vez mais importância ao envelhecimento ativo. Com a melhoria das condições de vida e dos cuidados de saúde, o envelhecimento demográfico tem sido acompanhado por um aumento dos anos de vida saudável, o que prolongou a vida ativa e proporciona novas modalidades de consumo. Deste modo, o envelhecimento ativo veio responder aos múltiplos desafios individuais e coletivos, remetendo para uma visão multidimensional que integra os vários domínios da vida pessoal e social dos indivíduos. Verificamos que os idosos de hoje possuem maior capacidade de mobilidade e qualificações do que outrora. Por isso, a mobilidade é tida como um indicador de qualidade de vida no envelhecimento e é essencial mantê-la na população acima dos 60 anos. A pandemia da COVID-19 afetou a população mundial a nível individual, relacional e social, tendo sido a população idosa a mais afetada pois apresenta um maior risco de exposição, novas comorbilidades, maior risco de complicações e maior probabilidade de mortalidade. As necessárias medidas restritivas, tiveram impacto negativo na saúde mental dos idosos, devido ao seu maior risco de infeção e isolamento social. O isolamento imposto fragilizou a sua saúde mental, originando maior solidão e, consequentemente, sintomatologia depressiva e ansiosa. Deste modo, o presente estudo pretendeu aferir o impacto e influência da pandemia COVID-19 no bem-estar das pessoas idosas, bem como analisar as suas experiências, perceções e alterações nos seus padrões de mobilidade e no seu espaço de vida comunitário ocorridas nesse tempo em Portugal. A amostra foi constituída por 30 participantes, 17 (sexo feminino), 13 (sexo masculino), ≥ a 60 anos, com idades compreendidas entre os 61 e os 90 anos. A média de idades da amostra foi de 74,5 anos. Os participantes pertenciam a quatro áreas urbanas do território nacional (7, Aveiro; 8, Coimbra; 8, Lisboa; 7, Faro). Os dados foram recolhidos por meio de entrevistas semiestruturadas, transcritos, categorizados e numa fase final analisados qualitativamente. Os resultados apurados pelas entrevistas revelaram que a maioria dos entrevistados acredita que a crise pandémica teve impactos significativos nas suas relações sociais e na saúde física e mental, uma vez que se viram privados, dados os sucessivos confinamentos, de realizarem as suas atividades. Evidenciando, de grosso modo, um impacto negativo na maioria dos temas analisados sobre a amostra. Contudo, a pesquisa mostrou que para alguns, a COVID-19 foi vista como um problema transformado em oportunidade. Este estudo veio enfatizar a necessidade de maiores respostas multidisciplinares, de forma a minimizar as desigualdades sociais para a população idosa.
Population aging represents one of the main demographic and social phenomenon worldwide, with Portugal currently being one of the oldest countries in Europe (a ratio of 183 elderlyy people to 100 young people). Therefore, active and healthy aging is becoming increasingly important. With the improvement of living conditions and healthcare, demographic aging has increased in years of healthy life, prolonging active life and new consumption modalities. In this way, active aging responds to multiple individual and collective challenges, leading to a multidimensional vision that integrates the various domains of individuals' personal and social lives. Today's elderly people have greater mobility and qualifications compared to years ago. Mobility is seen as an indicator of quality of life during aging and it is essential to maintain it those over 60 years of age. The COVID-19 pandemic has affected the world population at an individual, relational, and social level, with the elderly population being affected the most as they present a greater risk of exposure and/or complications, new comorbidities, and a higher probability of mortality. Restrictive measures negatively impacted the mental health of older people also due to their greater risk of infection and social isolation. The imposed isolation weakened this population’s mental health, leading to loneliness and, consequently, depressive and anxious symptoms. The present study aims to assess the impact and influence of the COVID-19 pandemic on the well-being of portuguese elderly people on different levels: lived experiences, perceptions, changes felt in mobility patterns and in community living space during the pandemic period. The sample of this study comprised 30 participants over 60 years of age (Mage = 74.5 years old; Min age = 61, Max age=90), 17 (female), 13 (male). The participants were from four urban areas in the national territory (7 Aveiro; 8 Coimbra; 8 Lisbon; 7 Faro). Data were collected using semi-structured interviews, transcribed, categorized, and in a final phase, analyzed qualitatively. The results obtained from the interviews revealed that most participants believe that the COVID-19 pandemic had a significant impact on their social relationships and physical and mental health, as they found themselves deprived of carrying out habitual activities, due to successive confinements. Overall, findings highlight a negative impact on most of the analyzed themes. However, research has shown that for some participants, COVID-19 was seen as a problem turned into an opportunity. This study emphasized the need for greater multidisciplinary responses, in order to minimize social inequalities for the elderly population.
Description: Dissertação de Mestrado em Geografia Humana, Planeamento e Territórios Saudáveis apresentada à Faculdade de Letras
URI: https://hdl.handle.net/10316/111678
Rights: openAccess
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