Serviços Educativos como instrumento de captação de públicos no Museu Regional da Huila, Angola. Projeto da ampliação e criação de novos espaços.

Abstract

Em 2011, quando assumi a responsabilidade de gerir o Museu Regional da Huíla, o único museu aberto ao público, do Sul de Angola, tive necessidade de perceber, em primeiro lugar, como estava organizado, qual a sua dinâmica e que conhecimento tinha a população local sobre o mesmo. Foi rapidamente percetível que havia todo um trabalho técnico e organizativo por implementar e que, no que toca ao conhecimento da população relativamente ao Museu e ao seu funcionamento, era urgente traçar um plano de ação que lhe conferisse maior dinâmica e o aproximasse do público. Entre 2011 e 2020 foram várias as atividades realizadas pelo setor educativo do Museu o que contribuiu para um aumento significativo do seu número de visitantes. No entanto, a falta de espaços adequados e de recursos humanos capacitados inviabilizou muitos outros projetos. Para dar resposta ao crescente número de visitantes que se verificou ano após ano, começou a pensar-se na construção de um novo edifício para este museu. Em 2014 chegou mesmo a elaborar-se um projeto para a construção de um Museu de raíz. No entanto, a crise económica que se fez sentir no ano seguinte inviabilizou a sua execução o que me impulsionou a trabalhar num projeto de ampliação do edifício já existente e na criação de novos espaços capazes de conferir melhores condições à realização das atividades educativas e culturais e permitir o acolhimento de um maior número de visitantes. O meu trabalho de projeto procura, assim, mostrar como essas alterações poderão ser feitas, que novas áreas podem ser criadas na zona exterior do Museu e de que forma a ampliação física e a criação de novos espaços poderão contribuir para o melhor cumprimento das suas funções, colocando ao serviço da comunidade todo o potencial pedagógico das suas coleções.

In 2011, when I took on the responsibility of managing the Huíla Regional Museum, the only museum open to the public in southern Angola, I first needed to understand how it was organized, what its dynamics were and what knowledge the local population had about it. It was quickly apparent that there was a lot of technical and organizational work to be done and that, as far as the population's knowledge of the Museum and its operation was concerned, it was urgent to draw up an action plan that would give it greater dynamics and bring it closer to the public. It was quickly apparent that there was a lot of technical and organizational work to be done and that, as far as the population's knowledge of the Museum and its operation was concerned, it was urgent to draw up an action plan that would give it greater dynamics and bring it closer to the public. Between 2011 and 2020, the Museum's education sector organised several activities, which contributed to a significant increase in visitors. However, the lack of suitable spaces and trained human resources made many other projects unfeasible. To cope with the growing number of visitors year after year, the construction of a new building for the museum began to be considered. In 2014, a project was drawn up to build a museum from scratch. However, the economic crisis in the following year made it impossible. It led me to work on a project to extend the existing building and create new spaces that would provide better conditions for educational and cultural activities and allow a greater number of visitors. My project wants to show how these changes can be made, what new areas can be created outside the Museum and how physical expansion and creation of new spaces can contribute to the better fulfilment of its functions, putting the full educational potential of its collections at the service of the community.