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Title: Neutrophil/lymphocyte and monocyte/lymphocyte indexes as predictors of relapse at 1 year after diagnosis of multiple sclerosis in paediatric age
Other Titles: Índices neutrófilo/linfócito e monócito/linfócito como preditores de surto a 1 ano após o diagnóstico de esclerose múltipla em idade pediátrica
Authors: Geria, Maria Leonor Alves de Oliveira
Orientador: Jorge, André Filipe Santos
Palavra, Filipe Manuel Farto
Keywords: Esclerose múltipla; Crianças; Adolescentes; Índice neutrófilo/linfócito; Índice monócito/linfócito; Multiple sclerosis; Children; Adolescents; Neutrophil/lymphocyte index; Monocyte/lymphocyte index
Issue Date: 29-Jun-2023
Serial title, monograph or event: Neutrophil/lymphocyte and monocyte/lymphocyte indexes as predictors of relapse at 1 year after diagnosis of multiple sclerosis in paediatric age
Place of publication or event: Hospital Pediátrico, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Portugal
Abstract: Introdução: A identificação precoce dos doentes com diagnóstico de Esclerose Múltipla (EM) cujo prognóstico é mais desfavorável é fundamental para a otimização individualizada da abordagem terapêutica. Havendo um contributo significativo da inflamação numa fase tão precoce da doença, a avaliação do estado inflamatório pode ser útil na previsão da ocorrência de surtos na EM. Os índices neutrófilo/linfócito (INL) e monócito/linfócito (IML) foram descritos como biomarcadores com potencial preditor do risco de surto. O principal objetivo do nosso estudo é investigar a utilidade dos INL e IML como preditores do risco de surto, do risco de progressão da incapacidade e do risco de acumulação de lesões em ressonância magnética (RM), um ano após o diagnóstico. Pretende-se ainda identificar os aspetos clínicos, laboratoriais e imagiológicos que apresentam maior influência na atividade da doença, permitindo uma atualização do conhecimento atual sobre o curso da EM na população pediátrica. Materiais e Métodos: Estudo observacional e retrospetivo, no qual foram recrutados 18 indivíduos, com diagnóstico de EM. Os critérios de inclusão foram: (1) diagnóstico estabelecido em idade pediátrica (<18 anos), de acordo com os critérios do IPMSSG de 2012 e os de McDonald de 2010, (2) acompanhamento regular em consulta de Doenças Desmielinizantes, durante pelo menos um ano e (3) realização de um hemograma completo aquando do diagnóstico. Obtivemos as variáveis laboratoriais INL e IML o mais próximo do diagnóstico, bem como variáveis clínicas e imagiológicas, ao diagnóstico e doze meses mais tarde. A amostra foi dicotomizada em dois subgrupos, conforme o registo de surto durante o primeiro ano após o diagnóstico. A significância estatística foi considerada para p<0.05. Resultados: O subgrupo de indivíduos com registo de surto durante o primeiro ano após o diagnóstico apresentou valores superiores para a média, mínimo e máximo, quer para o INL (5.17 ± 5.85, com uma amplitude entre 1.57 e 11.92), como para o IML (0.35 ± 0.22, com uma amplitude entre 0.19 e 0.59), comparativamente ao subgrupo de indivíduos que se manteve clinicamente estável (2.19 ± 1.63, com uma amplitude entre 1.12 e 7.32 para INL e 0.24 ± 0.09, com uma amplitude entre 0.14 e 0.44 para IML). Uma percentagem mais elevada de doentes pertences ao subgrupo com presença de surto demonstrou valores aumentados para o INL (>1.89, 66.7%) e o IML (>0.21, 66.7%), comparando com o subgrupo sem registo de surto no período de seguimento (46.7%). Para os indivíduos com novas lesões hiperintensas em T2 na RM, no primeiro ano após o diagnóstico, também se constataram valores mais elevados para a média, mínimo e máximo, para ambos os biomarcadores (3.23 ± 3.37, amplitude 0.84-11.92 para o INL e 0.27 ± 0.13, amplitude 0.14-0.59 para o IML). Os doentes nos quais não se verificou o estado NEDA-3 apresentaram valores mais altos para ambos os índices. Conclusão: A simplicidade associada à obtenção das variáveis laboratoriais INL e IML, através da avaliação analítica a que todas as crianças e adolescentes com suspeita de EM são submetidos, torna-as ferramentas interessantes na prática clínica, por meio do registo das suas alterações longitudinalmente, no seguimento do estado inflamatório dos doentes. Estes índices revelaram um potencial efeito preditivo na avaliação prognóstica da doença, particularmente, em relação ao risco de surto, risco de progressão da incapacidade (medida pela pontuação na EDSS) e risco de acumulação de lesões em RM. Assim, destaca-se a importância do INL e do IML no processo de tomada de decisão para a abordagem terapêutica, com o intuito de maximizar a qualidade de vida dos doentes e respetivas famílias, a curto, médio e longo prazo.
Introduction: Early identification of patients with a more unfavourable outcome in Multiple Sclerosis (MS) is crucial to optimize individualized treatment. Given the importance of the inflammatory component of paediatric-onset MS (POMS), assessing the inflammatory status can help to predict the relapsing stage of the disease. NLI (neutrophil/lymphocyte index) and MLI (monocyte/lymphocyte index) have been identified as potential biomarkers for disease prognosis. Our study aims to investigate the usefulness of NLI and MLI as predictors of relapse, disability progression, and accumulation of lesion load on MRI, one year after diagnosis and initiation of treatment of the disease. Furthermore, we intend to provide an update on current knowledge about the course of paediatric MS, by evaluating clinical and imaging variables that influence disease activity. Material and Methods: A retrospective observational study was carried out, involving 18 patients with POMS. The inclusion criteria were: (1) diagnosis of MS established in paediatric age (<18 years old), according to the 2012 IPMSSG and the revised 2010 McDonald diagnostic criteria, (2) at least one-year follow-up at the Demyelinating Disorders consultation, and (3) a complete blood count (CBC) performed at the time of diagnosis. We collected the nearest-to-diagnosis NLI and MLI, as well as clinical and imaging variables, both at the time of diagnosis and 12 months later. Our sample cohort was further dichotomized into two groups, based on the presence of relapses within a year of the diagnosis. Statistical significance was considered for p <0.05. Results: The relapsing group had higher mean, minimum, and maximum values for both NLI (5.17 ± 5.85, ranging from 1.57 to 11.92) and MLI (0.35 ± 0.22, ranging from 0.19 to 0.59), compared to the non-relapsing group (2.19 ± 1.63, ranging from 1.12 to 7.32 for NLI, and 0.24 ± 0.09, ranging from 0.14 to 0.44 for MLI). A higher percentage of patients in the relapsing group had increased NLI (>1.89, 66.7%) and MLI (>0.21, 66.7%) values, in comparison to those in the non-relapsing group (46.7%). Patients who presented new T2-hyperintense lesions on MRI after one year of follow-up also had higher mean, minimum, and maximum values of both biomarkers (3.23 ± 3.37, ranging from 0.84 to 11.92 for NLI, and 0.27 ± 0.13, ranging from 0.14 to 0.59 for MLI). Patients who did not achieve NEDA-3 state exhibited higher values for both ratios. Conclusion: The ease of obtaining NLI and MLI from routine blood tests renders them useful biomarkers as a screening tool in longitudinal follow-up, to track patient's inflammatory status. These ratios may be predictive of the disease course or outcome, particularly, the risk of relapse, the risk of disability progression, measured by the EDSS score, and the risk of lesion accumulation on MRI. Therefore, they become important in the decision-making process for the treatment plan, potentially improving the quality of life of patients and their families, in the short, medium, and long term.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111553
Rights: embargoedAccess
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