Novas métricas do controlo glicémico e complicações da diabetes mellitus

Abstract

Diabetes mellitus (DM) is characterised, according to WHO, as a group of metabolic disorders characterised by the presence of chronic hyperglycaemia in the absence of treatment, and can be classified into different groups: type 1 diabetes, type 2 diabetes, hybrid form, monogenic diabetes, pancreatic exocrine disease-associated, drug-induced, genetic syndromes associated with diabetes, diabetes in pregnancy, gestational diabetes, uncommon forms of immune-mediated diabetes and unclassified diabetesDiabetes mellitus (DM) is a chronic disease that is associated with microvascular complications namely retinopathy, nephropathy, neuropathy and with macrovascular complications that translate into cardio-cerebro-vascular diseases. It is increasingly recognised that glycaemic variability (GV), may be involved in the pathogenesis of chronic complications. In patients with DM, glycaemic haemoglobin (HbA1c) currently remains the gold standard for assessing glycaemic control and response to treatment. However, HbA1c has many limitations. It can be affected by various factors such as age, presence of haemoglobinopathies or anaemia, recent blood transfusions, chronic kidney disease and pregnancy. Also, it does not translate daily fluctuations as it does not allow detecting hypoglycaemia or hyperglycaemic peaks Recently, new metrics for glycaemic control have emerged with the aim of overcoming the limitations of HbA1c, namely IRR, CV, MODD, MAGE, MAG, CONGA, ADRR, AGP/IQR.This review aims to study the usefulness of the new glycaemic control metrics and their impact on microvascular and macrovascular complications of diabetes mellitus.

A diabetes mellitus (DM) é caracterizada, segundo a OMS, como um grupo de distúrbios metabólicos caracterizados pela presença de hiperglicemia crónica na ausência de tratamento, pode ser classificada em diferentes grupos: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, forma hibrida, diabetes monogénica, associada a doenças do pâncreas exócrino, induzida por fármacos, sindromes genéticas associadas a diabetes, diabetes na gravidez, diabetes gestacional, formas incomuns de diabetes imuno-mediada e diabetes sem classificaçãoA diabetes mellitus (DM) é uma doença crónica que está associada a complicações microvasculares nomeadamente retinopatia, nefropatia, neuropatia e a complicações macrovasculares que se traduzem na doenças cardio-cerebro-vasculares. É cada vez mais reconhecido que a variabilidade glicêmica (GV), poderá estar envolvida na patogénese das complicações crónicas. Nos doentes com DM, a hemoglobina glicada (HbA1c) continua a ser, atualmente, o gold standard no que respeita à avaliação do controlo glicémico e à resposta ao tratamento instituído. No entanto, a HbA1c tem muitas limitações. Assim, pode ser afetada por diversos fatores como a idade, presença de hemoglobinopatias ou de anemia, recentes transfusões de sangue, doença renal crónica, gravidez. Também, não traduz as flutuações diárias pois não permite detetar hipoglicemias e nem picos hiperglicémicos Surgiram, recentemente, novas métricas para o controlo glicémico com o objetivo de colmatar as limitações da HbA1c, nomeadamente TIR, CV, MODD, MAGE, MAG, CONGA, ADRR, AGP/IQR.Esta revisão, tem como objetivo estudar a utilidade das novas métricas do controlo glicémico e o seu impacto nas complicações microvasculares e macrovasculares da diabetes mellitus.