Contributions to the Understanding of Consciousness: A possible Narrative or a Preview of the Humanoid Generation

Abstract

Consciousness, an endlessly fascinating subject that has captivated scholars for centuries, continues to elude complete understanding despite considerable advancements in unravelling the mysteries of brain function through advanced knowledge and technologies like fMRI and PET scans. Researching consciousness goes beyond the boundaries of psychology and calls for collaborative contributions from cognitive neuroscience, cognitive psychology, cognitive computing and the philosophy of mind fields of expertise. This dissertation aims to contribute to this captivating area by attempting to join perspectives from different fields of knowledge.The journey embarked upon with an exploration of visual perception has unveiled the existence of two distinct realities: one constructed within the confines of the human mind, and the other existing externally. Immanuel Kant, an 18th century philosopher, laid the foundation for transcendental idealism and introduced the notion of two separate realities: appearances and "things in themselves" or noumena. Within this dissertation, it is argued that the mind constructs a model of reality by processing information gathered from the peripheral body sensors. However, this mental model only imperfectly aligns with the external reality. In the same line, consciousness is defined as an experience generator, giving rise to qualia such as colours, sounds, and pain, but that is limited to the number of symbols it can handle to represent reality. These sensory experiences, unique to each species, correspond to reality phenomena but are not identical. The research conducted has generated twenty-eight hypotheses concerning consciousness, the mind, and the brain, extending beyond the realm of visual perception. These hypotheses were juxtaposed with the postulates of a new theory of consciousness, published in December 2022 by Budson and colleagues, which establishes a connection between consciousness and memory. This endeavour required introspection and a comprehensive review of psychological literature plus ideas from a diverse array of fields, including physics and computer engineering. The analysis has led to the identification of flagship ideas that hold the potential to contribute to the modification of existing of some consciousness theories, potentially supplanting the prevailing consciousness-centric model with one in which consciousness is viewed as another component of the brain/mind. Furthermore, phenomenal consciousness, the focus of this dissertation, is likely ancient, possibly predating the emergence of the Homo genus, and may have evolved by incorporating new symbols and elements along the evolutive path, in line with the evolution of the body complexity. Hence, in opposite to what Budson and colleagues posit, memories and consciousness seem to be distinct yet intricately interconnected mechanisms, being the ultimate memories’ purpose to predict the future, by storing episodic and semantic information. However, consciousness may also rely on a kind of memory buffer for temporary information storage, enabling retrospective processing, as observed in phenomena like chronostasis or postdiction, but, as a whole, seems to be more than a memory—consciousness is normally an “always-on” feature and memories are only brought to live when recalled. Based on the previous assumptions and ideas, an attempt is made to posit a model of the mind processes, inspired by the principles of artificial intelligence transformers. This model encompasses multi-input and multi-output transformers designed to handle various modalities, the central executive & cognitive functions, actions & body motion, and the processes governing bodily homeostasis.A key conclusion drawn from this study, particularly regarding the role of consciousness, is my proposition that consciousness primarily serves the purpose of preventing individuals from functioning as mere "zombies". It exerts its influence on the behaviour and cognition of individuals within each species not in immediate real-time but rather over the course of the evolutionary timeline. It achieves this by linking experiences of pleasure and pain to the decisions and actions of the mind.

Consciência, um tema fascinante que tem cativado estudiosos ao longo dos séculos, continua a escapar de uma compreensão completa, apesar dos consideráveis avanços no desvendar dos mistérios do funcionamento do cérebro através de conhecimento avançado e de tecnologias como fMRI e PET scans. A investigação sobre a consciência ultrapassa os limites da psicologia e apela a contribuições dos campos de especialização da neurociência cognitiva, psicologia cognitiva, computação cognitiva e filosofia da mente. Esta dissertação tem como objetivo contribuir para esta área cativante, tentando unir perspetivas de diferentes campos do conhecimento.A jornada iniciou com uma exploração da perceção visual que revelou a existência de duas realidades distintas: uma construída dentro dos limites da mente humana e a outra existente externamente. Immanuel Kant, um filósofo do século XVIII, desenvolveu a teoria filosófica idealismo transcendental e introduziu a noção de duas realidades separadas: as aparências e os "objetos em si" ou o númeno. Nesta dissertação, argumenta-se que a mente constrói um modelo da realidade processando informações coletadas pelos sensores periféricos do corpo. No entanto, este modelo mental apenas se alinha imperfeitamente com a realidade externa. Nessa linha de pensamento, a consciência é definida como um gerador de experiências, dando origem aos qualia, como as cores, os sons e a dor, mas que está limitada ao número de símbolos que pode manipular para representar a realidade. Essas experiências sensoriais, únicas para cada espécie, correspondem a fenómenos da realidade, mas não são idênticos. A investigação realizada através de pesquisa de literatura científica e a utilização da introspeção levou à criação de vinte e oito hipóteses sobre a consciência, a mente e o cérebro, indo além do ponto de partida — no domínio da perceção visual. Estas hipóteses foram confrontadas com os postulados de uma nova teoria da consciência, publicada em dezembro de 2022 por Budson e colegas, que estabelece uma conexão entre a consciência e a memória. Esta empreitada exigiu a utilização da introspeção e uma revisão abrangente da literatura científica, além da utilização de conhecimento oriundo de vários campos, incluindo da física e da engenharia informática. A análise levou à identificação de ideias representativas que têm o potencial de contribuir para a modificação de algumas teorias da consciência existentes, potencialmente suplantando o modelo vigente centrado na consciência por um em que a consciência seja vista como outro componente da mente/cérebro. Além disso, a consciência fenomenal, o foco desta dissertação, é provavelmente uma funcionalidade antiga nos seres com sistema nervoso, possivelmente precedendo o surgimento do gênero Homo, e pode ter evoluído incorporando novos símbolos e elementos ao longo do caminho evolutivo, tendo provavelmente culminado na consciência humana. Portanto, ao contrário do que Budson e colegas afirmam, memórias e consciência parecem ser mecanismos distintos, mas intrinsecamente interligados, sendo o propósito final das memórias prever o futuro, através do armazenamento de informações episódicas e semânticas. No entanto, a consciência pode também depender de um tipo de buffer de memória para o armazenamento temporário de informações, permitindo o processamento retrospetivo, como o observado em fenómenos como a cronostase ou a pós-dicção (postdiction em inglês), mas, como um todo, parece ser mais do que uma memória — a consciência é normalmente uma característica "sempre ativa" e as memórias são apenas trazidas à vida quando são recordadas. Com base nas suposições e ideias anteriores, tentou-se propor um modelo dos processos mentais, inspirado nos princípios dos transformadores (transformers em inglês) da inteligência artificial. Este modelo engloba transformadores com múltiplas entradas e múltiplas saídas, projetados para lidar com as várias modalidades, a função executiva central e as funções cognitivas, as ações e o movimento corporal, e os processos que regem a homeostase corporal, resultando num modelo das cognições e comportamentos dos humanos.Uma das principais conclusões retirada deste estudo, especialmente no que diz respeito ao papel da consciência, é a minha proposição de que a consciência serve principalmente para impedir que os indivíduos funcionem como simples "zumbis". A consciência exerce influência sobre o comportamento e a cognição dos indivíduos de cada espécie não no imediato, mas ao longo da linha do tempo evolutiva, conseguindo essa proeza ligando as experiências de prazer e dor às decisões e ações da mente, informação que deverá ser posteriormente incorporada nas redes neurais do cérebro.