The juvenile Neanderthal mandible from Coupe-Gorge Cave, France: Assessing age at death and mandibular morphology in Pleistocene Homo.

Abstract

A estimativa da idade à morte desempenha um papel importante para os antropólogos que visam estudar as populações humanas do passado. Para tal, os dentes são comummente utilizados como indicadores fiáveis de maturidade, existindo vários métodos, cada um com as suas limitações, para a atribuição de uma estimativa de idade à morte.Como disciplina tendencialmente comparativa, o estudo dos padrões, semelhanças e diferenças ontogenéticas a nível dentário entre Neandertais e humanos modernos caracteriza-se como um tópico de de marcada relevância. Com o presente trabalho pretendeu-se estimar a idade à morte, a partir do estudo de um fragmento mandibular, de um Neandertal não-adulto, identificado na caverna de Coupe-Gorge em Montmaurin (França). Foram utilizadas duas coleções de referência compostas por mandíbulas de homininos do Pleistocénio e de 31 humanos modernos não-adultos e, através da combinação das metodologias de identificação dos estádios de desenvolvimento e erupção dentárias de Moorrees e Bengston, a par do Atlas de Londres, procedeu-se à estimativa da idade à morte dos indivíduos. Posteriormente, as mandíbulas correspondentes aos neandertais foram caracterizadas tendo em conta a sua morfologia com o objetivo de examinar a presença e ausência de caracteres em ambas as espécies. Foi estimada a idade à morte no indivíduo não-adulto de Coupe-Gorge entre 3.5 a 4.5 anos, encontrando-se dentro dos valores observados em humanos anatomicamente modernos. A análise da morfologia levou-nos a concluir que os caracteres que definem os Neandertais adultos surgem e desenvolvem-se gradualmente a partir da infância.

Estimating age at death plays an essential role for biological anthropologists who aim to study past human populations. To this end, teeth are commonly used as reliable indicators of maturity, and there are several methods that will be discussed in this work, each with its limitations, for estimating age at death. Teeth also serve as a valid subject for these types of studies due to their presence in the paleoanthropological record, mainly due to their resistance to decay. As a discipline that tends to be comparative, the study of patterns, similarities, and ontogenetic differences at the dental level between Homo Neanderthalensis and modern humans is a topic of significant relevance. The present work aimed to estimate the age at death of a subadult Neanderthal identified in the Coupe-Gorge cave in Montmaurin (France). It also aimed to assess its taxonomy. Two reference collections composed of Pleistocene hominins and 31 subadult modern humans from Portugal and United States of America were used. By combining Moorrees and Bengston’s methodologies for identifying the stages of tooth development and eruption with the London Atlas of Human Tooth Development and Eruption proposed by AlQahtani, we estimated the likely ages at death in the individuals. Subsequently, the mandibles corresponding to Pleistocene hominins were characterized by their morphology to examine the presence and absence of characters in both species. The age at death in the subadult individual from Coupe-Gorge cave was estimated to be between 3.5 and 4.5 years, being within the values observed in anatomically modern humans with the same dental developmental stage. The morphology analysis led us to classify the remains as belonging to a Neanderthal individual and to conclude that the characters that define adult Neanderthals emerge and develop gradually from childhood.