The link between early affiliative memories and dysmorphic concerns: Exploring the role of shame, self-criticism, and self-compassion

Abstract

Literature highlights early experiences of abuse and neglect as a risk factor for Body Dysmorphic Disorder (BDD). However, it has not yet been established the potential link between the absence of memories of positive affiliative experiences with dysmorphic symptomatology. The present study aimed to explore in which way the recall of early memories of warmth and safeness may be related to the severity of dysmorphic concerns, through the mediating role of self-criticism, self-compassion, and shame. The study sample comprised 422 adult participants (107 males and 305 females) from the general population fluent in the Portuguese language. Results showed that fewer affiliative memories were associated with higher levels of self-criticism and lower levels of self-compassion, which in turn were associated with higher levels of shame and higher levels of dysmorphic symptomatology. Results also confirmed the mediator effect of self-criticism, self-compassion, and shame, on the relationship between the recall of early affiliative memories and the severity of dysmorphic symptomatology, accounting for 35% of its variance. The path model was invariant among male and female participants. Though the obtained data are preliminary, these findings may open new avenues for research, and carry relevant clinical implications by supporting the pertinence of a compassion-focused Therapy (CFT) based intervention targeted to individuals presenting dysmorphic symptomatology, who tend to have higher levels of shame and self-criticism.

A literatura destaca as experiências de abuso e negligência na infância enquanto fator de risco para a Perturbação Dismórfica Corporal (PDC). Contudo, ainda não foi investigada a potencial relação entre a ausência de memórias de experiências afiliativas positivas e a sintomatologia dismórfica. O presente estudo visou explorar de que forma a recordação de memórias precoces de calor e segurança se pode relacionar com a severidade das preocupações dismórficas, através do papel mediador do autocriticismo, da autocompaixão, e da vergonha. A amostra deste estudo foi constituída por 422 participantes adultos da população geral (107 homens e 305 mulheres) fluentes em língua portuguesa. Os resultados revelaram que menos memórias afiliativas se associaram a níveis mais elevados de autocriticismo e a níveis mais baixos de autocompaixão que, por sua vez, se associaram a níveis mais elevados de vergonha e de sintomatologia dismórfica. Os resultados confirmaram, ainda, o efeito mediador do autocriticismo, da autocompaixão, e da vergonha, na relação entre a recordação de memórias afiliativas precoces e a severidade da sintomatologia dismórfica, sendo responsável por 35% da sua variância. Adicionalmente, o modelo testado revelou-se invariante. Embora preliminares, os resultados obtidos podem ter implicações relevantes para a investigação e prática clínica, suportando a pertinência de uma intervenção baseada na Terapia Focada na Compaixão (TFC) em indivíduos que apresentem sintomatologia dismórfica.