Analysis of Factors That Influence Financial Inclusion: The Case of OECD Countries

Abstract

This research studies the relationships between financial literacy and inclusion, and in particular the imbalance between them, by studying the short-run impacts and long-run computed elasticities that macroeconomic and institutional factors and the key financial literacy determinants have on the three main financial inclusion dimensions and on financial illiteracy consequences, specifically on over-indebtedness. ARDL models were used to estimate the short-run impacts and to calculate the long-run computed elasticities, using panel data from 2004 to 2019, with a sample composed of 24 OECD countries. Due to the presence of first-order autocorrelation, group heteroscedasticity, and contemporaneous correlation in the models, Driscoll and Kraay estimations were carried out, as they were expected to be robust enough to deal with such conditions. Subsequently, the variables that did not present statistical significance were excluded from the equations to obtain the parsimonious sets of each model. Regarding macroeconomic and institutional factors, it was observed that emigration, banking concentration, and housing prices positively, and bureaucracy negatively, influence financial inclusion, with more noticeable effects in the long run. Furthermore, positive impacts on inclusion were also detected concerning income, education, and age, the key determinants of financial literacy. However, when analyzing the effects of these same factors and determinants on over-indebtedness, the signs become the opposite of those previously described. That is, the effects that the explanatory and control variables have on financial inclusion are the opposite on the consequences of financial illiteracy, making it possible to conclude that the factors considered, capturing the effects of financial literacy, can explain some discrepancies found in certain countries between the levels of financial literacy and inclusion, and the consequences that arise from these imbalances, such as over-indebtedness.

Esta investigação analisa as relações entre a literacia e a inclusão financeira, e, em especial, dos desequilíbrios que existem entre ambas, através do estudo dos impactos de curto-prazo e das elasticidades calculadas de longo-prazo que fatores macroeconómicos e institucionais e os principais determinantes da literacia financeira têm nas três principais dimensões da inclusão financeira e nas consequências da iliteracia financeira, em concreto no sobre-endividamento. Modelos ARDL foram usados com vista a estimar os impactos de curto prazo e a calcular as elasticidades de longo prazo, através do uso de dados em painel desde 2004 a 2019, com uma amostra composta por 24 países da OCDE. Devido à presença de autocorrelação de primeira-ordem, heterocedasticidade em grupo e correlação contemporânea nos modelos, foram efetuadas estimações Driscoll e Kraay, por ser esperado que sejam robustas o suficiente para lidar com tais condições. Posteriormente, foram excluídas das equações as variáveis que não apresentavam significância estatística com vista a serem obtidos os conjuntos parcimoniosos de cada modelo. Relativamente aos fatores macroeconómicos e institucionais, foi observado que a emigração, a concentração bancária e os preços das habitações influenciam positivamente, e a burocracia negativamente, a inclusão financeira, com efeitos mais notórios no longo-prazo. No que toca ao rendimento, à educação e à idade, que constituem determinantes da literacia financeira, também foram detetados impactos positivos na inclusão. No entanto, quando analisados os efeitos destes mesmos fatores e determinantes no sobre-endividamento, os sinais tornam-se os opostos aos descritos anteriormente. Ou seja, os efeitos que as variáveis explicativas e de controlo têm na inclusão financeira, são os opostos nas consequências da iliteracia financeira, sendo possível concluir que os fatores tidos em consideração, captando os efeitos da literacia financeira, permitem explicar algumas discrepâncias verificadas em certos países entre os níveis de literacia e de inclusão financeira, e das consequências que advêm desses desequilíbrios, tal como o endividamento excessivo.