A Influência Da Diversidade De Género Dos Conselhos De Administração E Do Género Do Ceo Na Qualidade Dos Resultados Das Pequenas E Médias Empresas: Uma Amostra Europeia

Abstract

This study investigates the demographic impact of CEOs on the quality of results of private SMEs. The analysis is carried out using a panel of 10,201 companies from 3 European countries, during the period 2015-2021. There is a wide and growing trend of research on the relationship between gender diversity and corporate performance with mixed results. Some studies found a positive relationship, others negative, and some with ambiguous or even no relationship. Diversity in the board of directors is also considered a strategic issue for companies, including gender diversity.In the context of small and medium-sized enterprises, which are the majority of companies in any country, there are specific issues that contrast with the vast body of corporate finance theory dedicated to listed companies. In contrast to listed companies, most private SMEs are managed by a CEO who is also the dominant owner.The primary objective of this research is to contribute to the line of research on CEO characteristics, in order to investigate to what extent there is manipulation of results. This research provides strong empirical support for the gender effect (Gender Effect) and age effect (Age Effect), in which the interaction between top management gender; top management age; and quality of results is analyzed.The two models used to evaluate the research hypotheses are Jones (1991) and the modified Jones model by Dechow (1995).In both models, the coefficient of the “Women" variable was not significant, meaning it had no effect. However, the coefficient of the "CEO Age" variable showed a negative result, an unexpected outcome, indicating that older or more experienced CEOs of SMEs have a lower probability of being involved in earnings manipulation. The modified model by Dechow (1995) also showed similar results, with the statistical and theoretical interpretation consistent with that of Jones (1991).

Este estudo investiga o impacto demográfico dos CEO na qualidade de resultados das PME’s privadas. A análise é realizada a partir de um painel de 10.201 empresas de 3 países europeus, durante o período 2015-2021.Existe ampla e crescente tendência de pesquisa sobre a relação entre a diversidade de género e o desempenho da empresa, com resultados mistos. Alguns estudos encontraram uma relação positiva, outros negativa e alguns com resultados ambíguos ou até sem relação. A diversidade no conselho de administração também é considerada uma questão estratégica para as empresas, incluindo a diversidade de género. No contexto das pequenas e médias empresas, que são a maioria das empresas em qualquer país, existe questões específicas que contrastam com o vasto corpo de tradição da teoria das finanças empresariais dedicadas às empresas cotada. Em contraste com as empresas cotadas, a maioria das PMEs privadas são geridas por um CEO que é também o proprietário dominante. O primordial objetivo desta investigação é contribuir na linha de pesquisa das características do CEO, de forma a averiguar, em que medida, há manipulação de resultados. Esta investigação patenteia um forte suporte empírico de efeito de género (Gender Effect) e efeito da idade (Age Effect), na qual se analisa a interação entre género dos gestores de topo; a idade dos gestores de topo; e a qualidade de resultados. Os dois modelos utilizados para avaliar as hipóteses de pesquisa são o de Jones (1991) e Jones Modificado por Dechow (1995). Nos dois modelos o coeficiente da variável de “Women” foi não significativo, ou seja, teve efeito nulo. Já o coeficiente da variável “CEO Age” apresentou um resultado negativo, resultado inesperado, indicando que CEO’s de PMEs mais experientes ou mais velhos têm menor probabilidade de se envolver em manipulação de resultados. No modelo modificado por Dechow (1995) também mostrou resultados semelhantes sendo a interpretação estatística e teórica congruente à de Jones (1991).