Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/109059
Title: Estilos Parentais e Funções Executivas em crianças com sintomas de Hiperatividade/Défice de Atenção
Other Titles: Parenting Styles and Executive Functions in children with Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder Symptoms
Authors: Nunes, Andreia Filipa Antunes
Orientador: Santos, Maria João Rama Seabra
Keywords: PH/DA; Pré-escolar; Funções executivas; BRIEF-P; Estilos Parentais; AD/HD; Preschool; Executive Function; BRIEF-P; Parenting Styles
Issue Date: 24-Jul-2023
Serial title, monograph or event: Estilos Parentais e Funções Executivas em crianças com sintomas de Hiperatividade/Défice de Atenção
Place of publication or event: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
Abstract: Enquadramento: A Perturbação da Hiperatividade e Défice de Atenção (PH/DA) é uma perturbação neurodesenvolvimental associada a alterações comportamentais, comprometendo o desenvolvimento do sujeito ao nível das funções executivas (FE). Tem sido sugerido que os contextos envolventes (e.g., familiar, social) e as características das crianças podem afetar a qualidade da interação entre estas e os pais. Neste sentido, e considerando a importância da parentalidade para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança, é relevante estudar os estilos parentais (EP) nas famílias com crianças com sintomas de PH/DA. Objetivos: (i) Compreender qual o EP predominante em pais de crianças com sintomas de PH/DA e compará-los com de pais de crianças sem desafios desenvolvimentais conhecidos; (ii) perceber se os EP de pais de crianças da amostra clínica diferem em função de características familiares ou clínicas; (iii) comparar as FE de crianças da amostra clínica com as da amostra de comparação, considerando a perspetiva dos pais e dos educadores de infância; (iv) perceber a relação entre as FE das crianças da amostra clínica e os EP adotados pelos pais. Método: Neste estudo, participaram 26 crianças com sintomas de PH/DA, entre os 3 e os 6 anos, e os seus pais. Os pais assinaram um consentimento informado e responderam a um protocolo constituído por um questionário sociodemográfico e pelas versões portuguesas do Questionário de Dimensões e Estilos Parentais (QDEP) e do Behavior Rating Inventory of Executive Function, versão pré-escolar (BRIEF-P). O BRIEF-P também foi preenchido pelas educadoras de infância. Os psicólogos que acompanham as crianças preencheram um questionário clínico. Este estudo inclui duas amostras de comparação, uma para o QDEP (N = 29) e outra para o BRIEF-P (N = 25). Resultados: O EP autoritativo revelou-se predominante na amostra clínica e superior à amostra de comparação. Não se verificou influência das variáveis sociodemográficas e clínicas estudadas nos EP. Contudo, os resultados revelam uma tendência (no limiar da significância estatística) para uma maior utilização do EP permissivo pelos pais que consideram que a condição clínica do filho influencia a dinâmica familiar. Quando comparadas quanto às FE, tanto na perspetiva dos pais como dos educadores de infância, a amostra de crianças com sintomas de PH/DA e a amostra de comparação revelaram diferenças estatisticamente significativas entre si, traduzindo um domínio mais pobre das FE por parte da primeira (tamanhos de efeito grandes). Na amostra clínica, as respostas dadas pelos pais e educadores de infância em relação às FE não revelaram diferenças entre si. Não se verificou qualquer relação entre o domínio das FE das crianças da amostra clínica e o EP adotado pelos pais. Discussão e conclusões: Este estudo contribuiu para uma melhor compreensão do domínio das FE em crianças com sintomas de PH/DA, bem como dos EP nestas famílias e a forma como variáveis familiares e clínicas influenciam a utilização dos mesmos. Assim, pode vir a ser útil em intervenções futuras com estas famílias.
Background: Attention Deficit Hyperactivity Disorder (AD/HD) is a neurodevelopmental disorder associated with behavioral changes, compromising the individual’s development in terms of executive functions (EF). It has been suggested that environmental contexts (e.g., family, social) and child characteristics can affect the quality of interaction between children and parents. In this sense, considering the importance of parenting for cognitive, social and emotional development of the child, it is relevant to study parenting styles (PS) in families with children exhibiting symptoms of AD/HD. Objectives: (i) Understand the predominant PS in parents of children exhibiting symptoms of AD/HD and compare them to parents of children without know developmental challenges; (ii) determine if the PS of parents in the clinical sample differs based on family or clinical characteristics; (iii) compare the ES of children in the clinical sample with those in the comparison sample, considering the perspectives of parents and early childhood educators; (iv) understand the relationship between the ES of children in the clinical sample and the PS adopted by parents. Method: In this study, 26 children exhibiting symptoms of AD/HD, aged between 3 and 6 years, and their parents participated. Parents provided informed consent and completed a protocol consisting of a sociodemographic questionnaire and the Portuguese versions of the Questionnaire of Dimensions and Parenting Styles (QDEP), and the Behavior Rating Inventory of Executive Function – Preschool Version (BRIEF-P). The BRIEF-P was also completed by the early childhood educators. The psychologists who worked with the children completed a clinical questionnaire. This study includes two comparison samples, one for the QDEP (N = 29) and another for the BRIEF-P (N = 25). Results: The authoritative PS was found to be predominant in the clinical sample and superior to the comparison sample. There was no influence of the sociodemographic and clinical variables studied on PS. However, the results revealed a trend (approaching statistical significance) towards a higher utilization of permissive PS by parents who perceived their child’s clinical condition as influencing family dynamics. When comparing EF from the perspectives of both parents and early childhood educators, statistically significant differences were observed between the sample of children with symptoms of AD/HD and the comparison sample, indicating poorer EF in the former (large effect sizes). In the clinical sample, there were no differences in the responses given by parents and early childhood educators regarding EF. No relationship was found between the domain of EF in children from the clinical sample and the PS adopted by parents. Discussion and conclusions: This study has contributed to be a better understanding of the domain of EF in children with symptoms of AD/HD, as well as PS in these families and how family and clinical variables influence their use. Therefore, this study may prove to be useful in future interventions with these families.
Description: Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica Sistémica e da Saúde apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
URI: https://hdl.handle.net/10316/109059
Rights: embargoedAccess
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