As Competências, o Bem-estar e o Sentido da Vida nos Estudantes do Ensino Superior

Abstract

As competências, o bem-estar e o sentido da vida detêm, atualmente, um papel hegemónico na comunidade científica. Nesta perspetiva, a hodierna investigação ambiciona uma cotização científica em prol do conhecimento, e, almeja-se uma análise do efeito da conexão do sentido da vida e das competências, na saúde mental positiva (bem-estar), em estudantes. Esta pesquisa denomina-se: As Competências, o Bem-estar e o Sentido da Vida nos Estudantes do Ensino Superior. Realizou-se um ensaio do Inventário de Competências Transversais e Específicas em Educação e Formação (Pinheiro, 2017) que revelou uma excelente consistência interna (α .90).Por conseguinte, para o estudo, utilizou-se uma amostra de 192 estudantes do Ensino Superior (79.2% do sexo feminino e 20.8% do sexo masculino) com uma idade cronológica compreendida entre os 17 e os 44 anos. Em prosseguimento refere-se, a representatividade institucional e o respetivo valor, em percentagem, da participação dos estudantes: a FPCEUC (42.7%); a FCTUC (12.5%); a FLUC (11.5%); a FMUC (10.9%); a FDUC (9.9%); a opção, de resposta aberta, reservada a todas as Instituições do Ensino Superior (8.3%); a FFUC (2.6%); e, por fim, a FEUC (1.6%). A FCDEFUC não deteve quaisquer resultados.A análise do Coeficiente de Correlação de Pearson sugere uma forte presença de relações de associação estatisticamente significativas, de direção positiva, entre a saúde mental positiva e a subescala de presença do sentido da vida; o sentido da vida e a subescala de presença do sentido da vida; e o sentido da vida e a subescala de procura do sentido da vida. Verificou-se uma correlação moderada entre as competências transversais e específicas e a saúde mental positiva; as competências transversais e específicas e a subescala de presença do sentido da vida; e a saúde mental positiva e o sentido da vida. Contudo, notou-se a presença de correlações inversas e estatisticamente significativas entre as competências transversais e específicas e a subescala de procura do sentido da vida; a saúde mental positiva e a subescala de procura do sentido da vida; e, por fim, a subescala de presença e a subescala de procura do sentido da vida. Não se denotou uma correlação entre as competências e o sentido da vida.No conspeito da Regressão Linear Simples, confirmou-se a presença das sequentes hipóteses: as competências transversais e específicas é uma variável preditora do bem-estar; as competências transversais e específicas é uma variável preditora da presença do sentido da vida; o sentido da vida é uma variável preditora do bem-estar; a presença do sentido da vida é preditora do bem-estar; o sentido da vida é uma variável preditora da presença do sentido da vida; e o sentido da vida é uma variável preditora da procura do sentido da vida. Contudo, confirmou-se, também, hipóteses detentoras de um valor preditivo, inverso (negativo) e significativo: as competências transversais e específicas é uma variável preditora da procura do sentido da vida; a procura do sentido da vida é uma variável preditora do bem-estar; e a presença do sentido da vida é uma variável preditora da procura do sentido da vida.Certifica-se, em função do género dos estudantes, que os homens expõem resultados superiores nas competências transversais e específicas, na saúde mental positiva (bem-estar) e no bem-estar social do que as mulheres. Atesta-se, também, em função da idade, que os estudantes com Mais de 21 anos (mais velhos) têm resultados superiores quando cotejáveis com os indivíduos com uma idade Até os 21 anos (mais novos): nas competências transversais e específicas, na saúde mental positiva, no bem-estar emocional, no bem-estar social e na presença do sentido da vida.Neste ensaio preponderante, os estudantes redarguiram o consequente conjunto de instrumentos: o Questionário Sociodemográfico (Vale Dias & Pinheiro, 2022); o Inventário de Competências Transversais e Específicas em Educação e Formação (Pinheiro, 2017); o Mental Health Continuum – Short Form (Fonte et al., 2019); e o Meaning In Life Questionnaire (Simões et al., 2010).

Skills, well-being and meaning of life currently play a hegemonic role in the scientific community. From this perspective, the current research aims at a scientific contribution to knowledge, and an analysis of the effect of the connection between the meaning of life and the competencies on the positive mental health (well-being) of students is desired. This research is entitled: Competencies, Well-being, and Meaning of Life in Higher Education Students. A trial of the Inventory of Transversal and Specific Competencies in Education and Training (Pinheiro, 2017) was conducted and revealed an excellent internal consistency (α .90).Therefore, a sample of 192 Higher Education students (79.2% female and 20.8% male) with a chronological age between 17 and 44 years was used for the study. Further, the institutional representativeness and the respective percentage of student participation was as follows: FPCEUC (42.7%); FCTUC (12.5%); FLUC (11.5%); FMUC (10.9%); FDUC (9.9%); the open response option, reserved for all Higher Education Institutions (8.3%); FFUC (2.6%); and, finally, FEUC (1.6%). The FCDEFUC did not have any results.Pearson's Correlation Coefficient analysis suggests a strong presence of statistically significant association relationships, with positive direction, between positive mental health and the presence of meaning of life subscale; the meaning of life and the presence of meaning of life subscale; and the meaning of life and the search for meaning of life subscale. A moderate correlation was found between soft and specific competencies and positive mental health; soft and specific competencies and presence of meaning of life subscale; and positive mental health and meaning of life subscale. However, the presence of inverse and statistically significant correlations was noted between transversal and specific competencies and the meaning of life search subscale; positive mental health and the meaning of life search subscale; and, finally, the presence subscale and the meaning of life search subscale. No correlation was found between the competencies and the meaning of life.With regard to the Simple Linear Regression, the following hypotheses were confirmed: soft and specific skills are a predictor variable of well-being; soft and specific skills are a predictor variable of the presence of the meaning of life; the meaning of life is a predictor variable of well-being; the presence of the meaning of life is a predictor variable of well-being; the meaning of life is a predictor variable of the presence of the meaning of life; and the meaning of life is a predictor variable of the search for the meaning of life. However, the following hypotheses with a significant inverse (negative) predictive value were also confirmed: transversal and specific competencies are predictors of the search for the meaning of life; the search for the meaning of life is a predictor variable of well-being; and the presence of the meaning of life is a predictor variable of the search for the meaning of life.It can be seen that, according to the gender of the students, men show higher results in the transversal and specific competences, positive mental health (well-being) and social well-being than women. There is also evidence, on the basis of age, that students aged over 21 (older) score higher than those aged up to 21 (younger) in soft and specific skills, positive mental health, emotional wellbeing, social wellbeing, and the presence of meaning in life.In this preponderant essay, students redrew the consequent set of instruments: the Sociodemographic Questionnaire (Vale Dias & Pinheiro, 2022); the Inventory of Transversal and Specific Skills in Education and Training (Pinheiro, 2017); the Mental Health Continuum – Short Form (Fonte et al., 2019); and the Meaning in Life Questionnaire (Simões et al., 2010).