Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/106398
Title: Exercício Físico para a Depressão em Cuidados de Saúde Primários
Other Titles: Physical Exercise for Depression in Primary Health Care
Authors: Carvalho, António Costa de
Orientador: Ferreira, António Miguel da Cruz
Santiago, Luiz Miguel de Mendonça Soares
Keywords: Exercício; Terapia por exercício; Cuidados de Saúde Primários; Depressão; Distúrbios de humor; Exercise; Exercise Therapy; Primary Health Care Services; Depression; Mood Disorders
Issue Date: 13-Jul-2022
Serial title, monograph or event: Exercício Físico para a Depressão em Cuidados de Saúde Primários
Place of publication or event: Coimbra
Abstract: Introduction: In primary health care (PHC) and, specifically, in General and Family Medicine, more and more users with symptoms of depression or depressive mood, requesting help, presuming that many “suffer in silence” do not resorting to health services and that others may present somatic complaints such as experiencing pathological or maladaptive psychological suffering. The pandemic caused by the new coronavirus contributed to the increase in the incidence of these symptoms.Health professionals resort to pharmacological therapies, but also non-pharmacological ones, such as psychotherapy, counseling of activities and adoption of lifestyles, namely the practice of physical activity (PA), or even physical exercise (PE), which is the latter, often advised or promoted in the context of PHC, to mitigate symptoms of anxiety, depressive mood or even depression. Aim: To know to what extent the active participation of PHC health professionals in PE programs has contributed to the improvement of symptoms of depression in users who use these services for these reasons. Additionally, it was intended to know the impact of PE on depressive mood, sleep quality, quality of life and perception of health status of these users.Method: Narrative review of articles in English and Portuguese in the MEDLINE databases via PubMed, EMBASE and the Cochrane Library, between 01/09/2015 and 01/09/2021, jointly using the terms “Exercise”; “Exercise therapy”; “Primary Health Care”; “Depression” and “Mood Disorders”. Selected articles that evaluated the response of depression and depressive mood to PE, with the intervention of PHC professionals, excluding those that did not meet the previous criteria, which were carried out with pregnant women or athletes, people with severe comorbidities that conditioned their performance in PE programs.Results: Of the 697 articles analyzed, four were included for discussion. These studies pointed to an inversely proportional relationship between PE and changes in depression levels, both as adjuvant therapy and alone. The type and intensity of PE, and the duration of the programs, influence the reduction of depressive symptomatology, where higher levels of PA, longer duration and intensity lead to greater reductions in depression symptoms.Discussion and Conclusions: PE programs in PHC can be effective treatment alternatives for patients with depression and depressed mood, either alone or in combination with other therapies, with significant effects in reducing depressive symptoms, psychological functioning, and sleep disturbance, and in the perception of health status and quality of life. There was a direct relationship between the duration of the PE program and the type and intensity of it, not inducing differences in terms of stress.We can still consider PE an alternative treatment when pharmacological therapy is ineffective or contraindicated and can act effectively in anxiety, depression and insomnia.Because of the limitations of the studies, these results must be carefully interpreted, with a view to their transposition into clinical practice in PHC, as the level of adherence of users can be influenced by several factors related to themselves, with the training of health professionals, among others.
Introdução: Aos cuidados de saúde primários (CSP) e, concretamente, à Medicina Geral e Familiar (MGF), acorrem cada vez mais utentes com sintomas de depressão ou humor depressivo, solicitando ajuda, presumindo-se que muitos “sofram em silêncio” não recorrendo aos serviços de saúde e que outros possam apresentar queixas somáticas como experienciação de sofrimento psicológico patológico ou mal-adaptativo. A pandemia pelo novo Coronavírus contribuiu para o aumento da incidência destes sintomas.Os profissionais de saúde, recorrem a terapias farmacológicas, mas também não farmacológicas, como a psicoterapia, aconselhamento de atividades e adoção de estilos de vida, nomeadamente a prática de atividade física (AF), ou mesmo, exercício físico (EF), sendo este último, muitas vezes aconselhado ou promovido em contexto de CSP, com o intuito de mitigar os sintomas de ansiedade, humor depressivo ou mesmo de depressão.Objetivos: Saber até que ponto a participação ativa dos profissionais de saúde dos CSP em programas de EF, contribuiu para a melhoria dos sintomas de depressão dos utentes que recorrem a estes serviços por estes motivos. Adicionalmente, pretendeu-se saber o impacto do EF no humor depressivo, qualidade do sono, na qualidade de vida e perceção do estado de saúde destes utentes.Metodologia: Revisão narrativa de artigos em inglês e português nas bases MEDLINE via PubMed, EMBASE e Biblioteca Cochrane, entre 01/09/2015 e 01/09/2021, utilizando conjuntamente os termos “Exercício”; “Terapia por exercício”; “Cuidados de Saúde Primários”; “Depressão” e “Distúrbios de humor”. Selecionados artigos que avaliaram a resposta da depressão e humor depressivo ao EF, com intervenção de profissionais dos CSP, excluindo-se os que não cumpriam os critérios anteriores, que foram realizados com gestantes ou atletas, pessoas com comorbilidades graves que condicionassem o seu desempenho em programas de EF.Resultados: Dos 697 artigos analisados, quatro foram incluídos para discussão. Estes estudos apontaram para uma relação inversamente proporcional entre EF e alterações nos níveis de depressão, tanto como terapêutica adjuvante, como isoladamente. O tipo e a intensidade do EF, e a duração dos programas, influenciam a redução da sintomatologia depressiva, onde altos níveis de atividade física, maior duração e intensidade levam a maiores reduções nos sintomas de depressão.Discussão e Conclusões: Os programas de EF em CSP podem ser alternativas de tratamento eficazes para pacientes com depressão e humor depressivo, quer isoladamente, quer combinados com outras terapias, com efeitos significativos na redução da sintomatologia depressiva, no funcionamento psicológico, no distúrbio do sono, e na perceção do estado de saúde e qualidade de vida. Verificou-se uma relação direta entre a duração do programa de EF e do tipo e intensidade do mesmo, não induzindo diferenças a nível do stresse.O EF pode ainda ser considerado um tratamento alternativo quando a terapia farmacológica é ineficaz ou contraindicada e pode atuar eficazmente na ansiedade, depressão e insónia.Devido a limitações dos estudos, devemos interpretar cautelosamente estes resultados, com vista à sua transposição para a prática clínica nos CSP, pois o nível de adesão dos utentes pode ser influenciado por diversos fatores relacionados com os próprios, com a formação dos profissionais de saúde, entre outros.
Description: Dissertação de Mestrado em Medicina do Desporto apresentada à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/106398
Rights: openAccess
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