Relatório de estágio e monografia intitulada"Antivirais de Origem Vegetal"

Abstract

As estratégias atuais para o tratamento das infeções virais incluem fármacos de síntese química com elevados efeitos secundários e com eficácia limitada. O tratamento das infeções virais é um grande desafio, devido não só aos elevados custos e efeitos secundários das terapêuticas antivirais mas também ao aparecimento de novas estirpes de vírus resistentes que levam a epidemias e/ou pandemias. É assim necessário o desenvolvimento de novos antivirais e a utilização de novas combinações de antivirais mais eficazes, seguras, económicas e com menos efeitos secundários.Como sabemos as plantas são usadas na medicina tradicional há muitos séculos, tanto na prevenção como no tratamento de diversas patologias. Inúmeras plantas são conhecidas pelas suas propriedades antivirais e por terem efeitos secundários mais toleráveis que os fármacos antivirais convencionais. Deste modo, os antivirais de origem vegetal são uma alternativa promissora aos fármacos antivirais convencionais. Estes podem atuar em diversos vírus, através de várias formas como a inibição da entrada do vírus nas células, inibição da replicação viral ou ainda através do seu potencial imunoestimulador ou imunomodulador.Apesar do interesse crescente nos produtos de origem vegetal e da sua aplicabilidade no tratamento das infeções virais existem, ainda, limitações que devem ser ultrapassadas para que seja possível a sua utilização de forma segura e beneficiar de todo o seu potencial terapêutico. Assim é necessário validar o uso das plantas e dos seus compostos isolados através de estudos pré-clínicos e clínicos. Nesta monografia são abordadas plantas conhecidas pelo seu potencial antiviral, como a Echinacea spp., a Curcuma longa L, a Melissa officinalis L, o Allium sativum L. e a Camellia sinensis (L.) Kuntze, e ainda alguns fitoconstituintes com potencial antiviral para o SARS-CoV-2.

The current strategies for treatment of viral infections include synthetic chemical drugs with several side effects and limited efficacy. The treatment of viral infections is a challenge, due not only to the high costs and secondary effects associated with antiviral therapies, but also to the emergence of new resistant virus strains that lead to epidemics and pandemics. It’s therefore necessary to develop new antivirals and new antiviral combinations that are more effective, safer, cheaper and with fewer side effects.As we know plants have been used in traditional medicine for many centuries, both in the prevention and treatment of various pathologies. Numerous plants are known for their antiviral properties and for having more tolerable side effects than conventional antiviral drugs. Thus, plant-derived antivirals are a promising alternative to conventional antiviral drugs. These can act on several viruses, through various ways such as inhibiting viral replication or even through its immunostimulating or immunomodulating activities.Despite the growing interest in products of plant origin and their applicability in the treatment of viral infections, there are still limitations that must be overcome so that is possible to use them safely and simultaneously benefit from their full therapeutic potential. Thus, it is necessary to validate the use of plants and isolated biocompounds through pre-clinical and clinical studies.This monograph addresses plants known for their antiviral potential, such as Echinacea spp., a Curcuma longa L, a Melissa officinalis L, o Allium sativum L. e a Camellia sinensis (L.) Kuntze, as well some phytoconstituents with antiviral potential for the SARS-CoV-2.