Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/104181
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dc.contributor.advisorFerro, Maria Jorge Santos Almeida Rama-
dc.contributor.authorRei, João dos Santos-
dc.date.accessioned2022-12-20T23:00:28Z-
dc.date.available2022-12-20T23:00:28Z-
dc.date.issued2022-07-27-
dc.date.submitted2022-12-20-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/104181-
dc.descriptionDissertação de Mestrado em Psicologia da Educação, Desenvolvimento e Aconselhamento apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação-
dc.description.abstractAs experiências da vida que conduzem qualquer indivíduo aos diversos momentos que compõem o seu percurso vital são, conforme a relevância ou impacto percebido por si e pelos outros significativos, mais ou menos marcantes para a história que contará de quem foi e de como se construiu. Partindo desta impressão, abordar um tema como a Guerra Colonial Portuguesa (1961 – 1974), no ano em que já se preparam as comemorações de meio século do movimento que conduziu ao fim deste conflito e numa altura em que uma nova guerra tem lugar na Europa e está a ameaçar o mundo tal como o conhecemos é, em si mesmo, um desígnio que se apresenta tão mobilizador quanto difícil. Se a estas considerações acrescentarmos o facto de, enquanto autor principal e investigador no terreno para a composição da recolha de dados de investigação junto de ex-combatentes, ser um também ex-combatente, agora estudante de Psicologia da Educação, Desenvolvimento e Aconselhamento a investir neste território da pesquisa académica, esta dissertação compõe, a um tempo, dois grandes objetivos: Estudar o impacto de um momento histórico circunscrito no tempo, mas implicado, tantos anos depois, naquilo que é o rumo da vida dos protagonistas há época e, por eles ou através deles, na vida de todo o país, por um lado e, por outro lado, retomar um conjunto denso de recordações que, pelo conhecimento em Psicologia, se espera que possa ser re-elaborado e recomposto como parte da história pessoal do próprio investigador (Janoff-Bulman, 2006; Calhoun & Tedeschi, 1995/2004; Sendas, 2010).Há diversos trabalhos acerca das experiências de guerra e, mais especificamente, das experiências traumáticas a que foram/são sujeitos todos os protagonistas de qualquer campo de batalha, esta dissertação evitará tal constrangimento pois não visa estudar aspetos do stress pós-traumático em ex-combatentes, dezenas de anos após a experiência de luta, mas não se escusará a apontar eventuais sinais de tal problema caso essa evidência ocorra aquando da análise dos dados.Os participantes colaboraram no processo de investigação através da disponibilidade do seu tempo para responder a uma entrevista preparada para o efeito. Não foram avaliados previamente quaisquer critérios de diagnóstico de perturbação psicológica e nenhum destes indivíduos afirmou ou sequer sugeriu que essa pesquisa de perturbação pudesse interessar-lhe ou tivesse sido antes recomendada por alguém (clínico ou familiar). Dado que o nosso estudo pretendia assumir-se como trabalho desenvolvimental, de facto, não seriam as considerações clínicas a ter aqui maior relevo. Participaram 15 homens, com idades compreendidas entre os 71 e 81 anos, que combateram entre 1962 e 1973 nos territórios que, após libertação, são então Países independentes, Angola, Guiné Bissau, Moçambique.As entrevistas realizadas foram gravadas em áudio, após consentimento esclarecido e informado de cada participante e, mais tarde transcritas. Na análise destas narrativas pudemos realizar a codificação aberta (Glaser & Strauss, 1967) e definimos temas de compreensão (cf. Braun & Clark, 2006). Sobressaem registos como: o desconhecimento quase completo da realidade da guerra (antes da partida) bem como o baixo nível de escolaridade da maior parte dos participantes, à época. As dificuldades financeiras e do desenvolvimento dos jovens (no período considerado), os aspetos ligados aos papéis de género e da masculinidade (na ditadura); as experiências em cenário de guerra (desde o alistamento ao regresso), as ligações mantidas com a família e as sociabilidades criadas antes da preparação para a partida e recuperadas após o regresso. As relações entre combatentes, hierarquia, companheirismo (durante a guerra). O regresso e a vida após a guerra, o silêncio acerca do percurso enquanto combatente, as reações das pessoas que ficaram em território nacional, a recuperação da vida após a guerra (trabalho, família de origem, família construída). Considerações dezenas de anos depois.por
dc.description.abstractTo approach a topic such as the Portuguese Colonial War (1961 – 1974) is, in itself, a design that is as mobilizing as it is difficult. There are several investigations about the experiences of war, and, more specifically, the traumatic experiences to which all protagonists of any battlefield were/are subjected. Our investigation does not aim to study aspects of post-traumatic stress in ex-combatants, so many years after the experience of war.Participants collaborated in the research process by taking their time to respond to an interview prepared for that purpose.14 men participated (and one ex-combatant’s widow), aged between 71 and 81 years, who fought between 1962, and 1973, in territories such as Angola, Guinea, and Mozambique. Interviews were audio-recorded, and later transcribed to subsequent analysis. We’ve used some procedures proposed by Glaser and Strauss (1967) and used thematic analysis (Braun & Clark, 2006) to define some main themes.Those themes are: The almost complete ignorance about the reality of the war (before departure); Low level of school education of most participants when they left the country; financial, and social development difficulties of young people (in the period considered); gender roles and masculinity (during the Portuguese dictatorship); experiences in a war scenario (from enlistment to the return); Connections maintained with family and sociability created before preparation for the departure, and recovered after return; Interactions, hierarchy, and friendship between combatants (during war); the return, and life after the war; the silence about the journey as a combatant; Reactions of people who stayed in national territory, the recovery of life after the war; Thoughts on life after the war.eng
dc.language.isopor-
dc.rightsopenAccess-
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/-
dc.subjectGuerra Colonialpor
dc.subjectsignificadopor
dc.subjectsuperaçãopor
dc.subjectnarrativa pessoalpor
dc.subjectconhecimentopor
dc.subjectColonial Wareng
dc.subjectmeaningeng
dc.subjectovercomingeng
dc.subjectpersonal narrativeeng
dc.subjectknowledgeeng
dc.titleA Escuta Ativa junto de ex-combatentes da Guerra Colonial Portuguesapor
dc.title.alternativeActive Listening among former combatants of the Portuguese Colonial Wareng
dc.typemasterThesis-
degois.publication.locationFPCEUC-
degois.publication.titleA Escuta Ativa junto de ex-combatentes da Guerra Colonial Portuguesapor
dc.peerreviewedyes-
dc.identifier.tid203128494-
thesis.degree.disciplinePsicologia-
thesis.degree.grantorUniversidade de Coimbra-
thesis.degree.level1-
thesis.degree.nameMestrado em Psicologia da Educação, Desenvolvimento e Aconselhamento-
uc.degree.grantorUnitFaculdade de Psicologia e de Ciências da Educação-
uc.degree.grantorID0500-
uc.contributor.authorRei, João dos Santos::0000-0002-7594-8803-
uc.degree.classification15-
uc.degree.presidentejuriAlmeida, Ana Cristina Ferreira-
uc.degree.elementojuriFerro, Maria Jorge Santos Almeida Rama-
uc.degree.elementojuriUrbano, Pedro Manuel Malaquias Pires-
uc.contributor.advisorFerro, Maria Jorge Santos Almeida Rama-
item.languageiso639-1pt-
item.openairetypemasterThesis-
item.grantfulltextopen-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.fulltextCom Texto completo-
item.cerifentitytypePublications-
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FPCEUC - Teses de Mestrado
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