Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/104017
Title: A ESCRITA NO QUOTIDIANO: UMA EXPLORAÇÃO DOS SEUS EFEITOS QUANDO O SEU FOCO RESIDE NO MUNDO INTERNO E NO MUNDO EXTERNO ASSIM COMO NA SUA AUSÊNCIA
Other Titles: WRITING IN DAILY LIFE: AN EXPLORATION OF ITS EFFECTS WHEN ITS FOCUS RESIDES IN THE INTERNAL WORLD AND IN THE EXTERNAL WORLD AS WELL AS IN ITS ABSENCE
Authors: Augusto, Hugo Guilherme
Orientador: Lima, Margarida Maria Batista Mendes Pedroso
Keywords: Escrita; Psicopatologia; Mundo Interno; Mundo Externo; Writing; Psychopathology; Internal World; External World
Issue Date: 13-Oct-2022
metadata.degois.publication.title: A ESCRITA NO QUOTIDIANO: UMA EXPLORAÇÃO DOS SEUS EFEITOS QUANDO O SEU FOCO RESIDE NO MUNDO INTERNO E NO MUNDO EXTERNO ASSIM COMO NA SUA AUSÊNCIA
metadata.degois.publication.location: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
Abstract: The motivation in approaching this theme resides in the little amount of studies relating to the possible effects that written expression could have in the presence or absence of psychosymptomatological markers. Due to the heavy presence os writing in daily life (be it work, academia ou artistic inspiration) and the fact that it’s a widespread ability with a low cot os application, it is prudent that we ask ourselves if it can be used as mitigating tool for symptoms in a self-managed context, away from the clinic, that sometimes repels the wary and the materially challenged. This dissertation aims to open way for future studies about the possible application of writing in a self-motivated and self-managed context, as a cheap and easy-to-use tool for reducing psychosymptomatology i. e. could written expression, per se, be a tool for reducing symptoms, due to it’s healthy effects observed in a clinical context? The investigator sought to find out if there were significant differences in psychological symptoms, through the application of instruments like the Brief Symptom Inventory (BSI-18) and the Toronto Alexithymia Scale (TAS-20), between subjects that didn’t regularly write and those that did, and in the latter group, between those that wrote with a focus in the internal world and those with a focus on the external world. Furthermore, the subjects answered the Defense Style Questionnaire (DSQ-40) so that we can find out if there are any kind of patterns or significant differences in defense styles between the aformentioned groups. These three instruments were applied to a sample composed of subjects that had, at least, completed a full year of university study so as to guarantee a base level of linguistic and symbolic capabilities (N=167). Little to no differences were found relative to the subscales of the BSI-18 and TAS-20 that evaluate psychopatological spheres. Above all, it was found a significant difference in the scores for Factor 3 of the TAS-20 (“Externally oriented thinking”), as those that write scored less than those that don’t, those that write about the internal world scored less than those that don’t write at all and those that make some form of art (including writing) scored less than those that don’t. Still, Factor 3 os the TAS-20 isn’t, necessarily, a symptomatic marker. It was also found a statistically significant difference in the scores for the Anxiety subscale, between subjects that make some form of art (including writing) and those that don’t, the former scored significantly less than the latter. Such a finding is surprising, but such a finding might, possibly, be due to the fact that, those that make art be more predisposed to be more anxious, searching latter for relief in artistic manifestation as a way to mitigate their already present anguishes. Despite this, we believe that the obtained results derive, mainly, from limitations regarding sample size and composition, as such, it seems, still important that futures studies on the matter be made as a way of iluminating that which can be a great boon in the future.
A motivação em abordar esta temática reside na reduzida existência de estudos relativos aos efeitos possíveis que a expressão escrita pode ter na presença, ou ausência de marcadores psicossiontomatológicos. Dada a forte presença da escrita na vida quotidiana (seja trabalho, academia ou inspiração artística) e o facto de se tratar de uma habilidade generalizada na população e de baixo custo de aplicação, é prudente que nos questionemos se esta poderá ser utilizada enquanto ferramenta de atenuação de sintomas em contexto auto-regimentado, separado do consultório, que por vezes, afasta os receosos e aqueles sem meios materiais. Esta dissertação pretende abrir caminho para futuros estudos acerca da possível utilização da escrita, num contexto não-regimentado, quotidiano e auto-motivado, enquanto uma ferramenta de uso fácil e económico para a redução de psicossintomatologia, i. e. poderá a manifestação escrita, per si, constituir uma ferramenta de redução sintomatológica, dada a sua natureza benéfica observada em contexto clínico? Procurou-se avaliar se existiam diferenças significativas em presença de sintomatologia, através de instrumentos como o Brief Symptom Inventory (BSI-18) e o Toronto Alexithymia Scale (TAS-20), entre sujeitos que praticam o ato de escrever regularmente e aqueles que não o fazem, ainda, dentro daqueles que escrevem, entre aqueles cuja escrita descreve um foco interno e aqueles cuja escrita descreve um foco externo. Foi ainda pedido aos inquiridos para responderem ao Defense Style Questionnaire (DSQ-40), de modo a se poder explorar possíveis padrões ou diferenças significativas entre os estilos de defesa empregues pelos diferentes grupos mencionados acima. Estes três instrumentos foram aplicados a uma amostra composta por sujeitos que tivessem completado, no mínimo, um ano letivo de ensino universitário de modo a garantir um nível mínimo de capacidade linguística e simbólica (N=167). Foram encontradas poucas diferenças significativas quanto às subescalas do BSI-18 e TAS-20 que avaliam esferas psicopatológicas. Acima de tudo, verificou-se uma diferença significativa nas pontuações do Factor 3 do TAS-20 (“Pensamento orientado externamente”), sendo que, aqueles que escrevem pontuaram menos do que aqueles que não escrevem, aqueles que escrevem sobre o mundo interno pontuaram menos que aqueles que não escrevem e aqueles que praticam algum tipo de arte (incluindo escrita) pontuaram menos que aqueles que não praticam qualquer tipo de arte. No entanto, o Factor 3 do TAS-20 não é, necessariamente, um marcador sintomático. Observou-se ainda uma diferença, estatisticamente significativa, nas pontuações da subescala Ansiedade do BSI-18 entre os sujeitos que praticam algum tipo de arte e aqueles que não praticam qualquer tipo de arte, os primeiros pontuaram significativamente mais do que os segundos. Tal achado é surpreendente, no entanto, pode dever-se, talvez, ao facto de os sujeitos praticantes de arte serem, à partida, mais ansiosos, buscando a manifestação artística como forma de atenuar as angústias já presentes. Apesar disto, creio que os resultados obtidos derivam, principalmente, das limitações relativas ao tamanho e composição da amostra, pelo que, parece ainda importante que futuros estudo acerca do tema sejam criados de modo a iluminar mais claramente aquela que pode ser uma grande bonança no futuro.
Description: Dissertação de Mestrado Integrado em Psicologia apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
URI: https://hdl.handle.net/10316/104017
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FPCEUC - Teses de Mestrado

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