O culto a S.ta Isabel, Rainha de Portugal. Da morte à beatificação

Abstract

O culto à Rainha Santa teve início logo após a sua morte. Os feitos miraculosos atribuídos à sua intercessão começaram a ocorrer ainda ela não havia sido tumulada. Só em 1516, com a sua beatificação, passou a ter culto público oficialmente reconhecido. Em 1556, D. João III obteve autorização pontifícia para que a sua santa avó pudesse ser excepcionalmente celebrada em todo o reino. Naquele século, o culto a S.ta Isabel conheceu um forte incremento em Coimbra, que culminou com a criação da Confraria da Rainha Santa Isabel. O culto a S.ta Isabel recrudesceu com a sua canonização, em1625, e conheceu algumas dificuldades durante a primeira metade do século XIX. Voltou a emergir com renovado fulgor na segunda metade deste século, para se consolidar no século XX, já em pleno período republicano, fruto da invocação como «Mãe da Paz e de Portugal» com que a Igreja e os portugueses a distinguiram, enquanto protectora dos soldados portugueses que lutaram na Flandres durante a Grande Guerra de 1914-1918 e, mais tarde, durante a Guerra do Ultramar.